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Anvisa finalmente proíbe mamadeira com bisfenol A

Decisão se apoia em vários estudos internacionais que apontaram possíveis problemas de saúde causados pela substância

O bisfenol A é utilizado na fabricação de policarbonato, um tipo de resina usada na produção da maioria dos plásticos

Após vetos do Canadá, da União Europeia e do estado de Nova York, o Brasil decidiu também proibir o uso do bisfenol A (BPA) nas mamadeiras – fabricadas no país ou importadas. A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começa a valer a partir de janeiro.

Várias pesquisas já haviam apontado o potencial danoso do bisfenol A, uma substância tóxica presente no plástico, especialmente em crianças de até um ano de idade. Segundo estudos anteriores, a substância aumenta os riscos de problemas endócrinos em crianças pequenas. Nos adultos, potencializa as chances de câncer de mama e problemas cardíacos. Um estudo americano divulgado em junho deste ano afirma que a substância se acumula no corpo com maior facilidade do que se pensava anteriormente.

A Anvisa também estuda a regulamentação do uso do bisfenol A em embalagens de alimentos. Segundo a agência “até o momento, não há justificativa para adoção de outras restrições de uso para a substância.”

Indústria – Segundo comunicado do Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, que representa algumas das maiores fabricantes de plástico do Brasil, “os fabricantes de mamadeiras se anteciparam buscando alternativas ao bisfenol A, mesmo não havendo estudos conclusivos sobre riscos a saúde no uso dessa substância (…), e as produzem desde o ano passado em polipropileno, plástico que não emprega Bisfenol A em sua composição.”

Como assim baianense? Com mais de três mil estudos comprovando o perigo para a saúde humana e você ainda diz que não existem estudos conclusivos? Você só deve estar de brincadeira, porque certamente não acreditamos que você esteja querendo desinformar o consumidor, não podemos crer que você esteja deliberadamente querendo expor fetos, bebês e crianças a uma fonte de comprovada de câncer. Que coisa feia baianense! Defenda o que pode ser defendido, mas nunca, jamais minta, porque isso é muito feio e neste caso a mentira pode trazer consequências  à saúde de humanos.

O que é – O bisfenol A (BPA) é a matéria-prima do policarbonato, um plástico resistente que é utilizado em vários produtos, como mamadeiras ou no revestimento interno de latas.

O que provoca – A substância é similar a um hormônio feminino, o estrogênio. Ao entrar em contato com o organismo, ela pode alterar o funcionamento das glândulas, aumentando ou diminuindo a ação de hormônios naturalmente produzidos pelo corpo, essenciais para o funcionamento correto do organismo.

Riscos – A partir de estudos realizados com camundongos, os pesquisadores detectaram problemas como câncer de mama, distúrbios no coração, obesidade e hiperatividade. Além disso, a substância pode provocar danos aos fetos, afetados durante a gestação, e a crianças pequenas, que podem ter suas funções endócrinas prejudicadas.

Bisfenol – Substância encontrada em plásticos pode ser prejudicial à saúde. Veja abaixo dicas para evitar a substância

Mamadeiras – Prefira mamadeiras de vidro ou livre de bisfenol A para os bebês

Microondas – Evite esquentar no microondas bebidas e alimentos armazenados em recipientes de plástico. O bisfenol A é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido.

Geladeira e freezer – Vasilhas de plástico não devem ser levadas ao congelador. A liberação do composto é acelerada quando há resfriamento.

Enlatados – Atenção ao consumo de alimentos e bebidas enlatadas. O bisfenol A é utilizado no revestimento interno das latas.

No lugar de pratos e copos de plástico, opte por vidro, porcelana ou aço inoxidável.

Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Lavá-los com detergentes fortes e utilizar a parte grossa das esponjas são atitudes contraindicadas.

É possível identificar embalagens plásticas com bisfenol A. Evite aquelas que tenham os símbolos de reciclagem com os números 3 e 7 no interior do triângulo.

Fonte – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SP (Sbem) e Elaine Costa, endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo e membro do grupo de trabalho dos desreguladores endócrinos da Sbem-SP / Revista Veja de 16 de setembro de 2011

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