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Belo Horizonte – lei tira sacolas plásticas dos supermercados

Christo Doherty

A última lei de oxi-biodegradável aprovada no ano.

Correio dos lagos de 23 de dezembro de 2008

Antes de sair de casa para fazer compras no supermercado, a médica Irene Adams nunca esquece de levar sacolas recicláveis para carregar os produtos. Ela adotou o costume nos últimos anos em visita à filha, Annemarie Hanlon, e aos netos, que moram na Bélgica e a ensinaram o hábito ecologicamente correto. Agora, em Belo Horizonte, a prática de Irene se tornou lei.

A partir de 28 de fevereiro, os moradores da capital também devem repensar o modo como tratam o meio ambiente. BH é a primeira cidade do país a obrigar estabelecimentos comerciais a substituirem as sacolas plásticas por outras feitas de material biodegradável ou reciclado.

O decreto que regulamenta a Lei Municipal 9.529, de autoria do vereador Arnaldo Godoy (PT), foi publicado na edição de sábado do Diário Oficial do Município (DOM). De acordo com as disposições preliminares, farmácias, supermercados, açougues, lojas de roupa e outros centros de venda têm prazo de três anos para fazer a modificação.

Três anos é muito tempo, é falta de vontade política.

Segundo a secretária Municipal de Meio Ambiente, Flávia Mourão, a nova legislação deve contribuir para a conscientização da população e a mudança de comportamento em favor da causa verde. “Uma simples sacola de supermercado pode demorar até 400 anos para se decompor e em toda compra se leva pelo menos uma. É preciso criatividade e participação da população para serem criados novos costumes, inclusive com relação à produção de lixo”, afirma. Diariamente, equipes da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) recolhem cerca de 4 mil toneladas de lixo, entre domicílios e comércio.

Nascida na Holanda e morando no Brasil há 32 anos, a médica Irene carrega duas sacolas recicladas: uma para as compras e outra exclusiva para garrafas. As medidas foram praticamente todas aprendidas na Europa. “Lá, em cada casa são quatro lixeiras, uma para cada tipo de material. Minha filha paga pelo lixo produzido e alguns produtos têm data certa para ser entregues. Por exemplo, camarão ela só pode comer dois dias antes de ser feito o recolhimento, senão ninguém suporta o cheiro.” Segundo ela, o efeito é notado anualmente. “Cada vez se produzem menos dejetos na Bélgica. Custa pouco e a diferença é enorme”, afirma.

Também no exterior, a bancária aposentada Anizia Wanderley, de 56, adotou novas práticas ambientais. A sobrinha mora na Alemanha e, segundo ela, cada um leva sua própria sacola de pano ao supermercado. “Preciso salvar o planeta para minha neta”, diz, pensando no futuro de Liliane, de 2, moradora da Califórnia, nos Estados Unidos. Na segunda-feira, porém, ela esqueceu a embalagem em casa e carregou mais de 30 novas. “Sinto culpa. Mas até deixei a cerveja fora para não gastar mais”.

Selos

Com a regulamentação do novo texto, ficam também criados dois comprovantes que atestam a adoção de medidas favoráveis ao meio ambiente: Selo Atitude Ambiental e o Socioambiental. Todos os órgãos públicos e estabelecimentos comerciais que aderirem à prática podem requisitá-los. A rede Verdemar Supermercado e Padaria deve reivindicar o título. Antes da elaboração da nova lei, três medidas foram tomadas para troca das sacolas de plástico por outras de produtos que afetam em menor proporção o ecossistema.

Desde junho do ano passado, as três lojas da rede usam sacolas feitas de material oxi-biodegradável, que demora até 18 meses para esfarelar. Além disso, por meio de parcerias com fabricantes, na compra de produtos da marca o cliente recebe um saco de material reciclado, produzido com banner por moradores de aglomerados da capital. Ao todo, foram feitas 5 mil unidades e restam apenas 600. Segundo a analista de marketing do grupo, Maria Fernanda Fonseca, a campanha tem incentivado muitas pessoas a mudarem o costume. “Mensalmente, compramos mais de 2 milhões de sacolas. Mas, a melhor opção é o consumidor trazer de casa”, afirma. O material oxi-biodegradável ainda não tem efeito confirmado. Apesar de o tempo de decomposição ser muito menor, a destinação dos produtos químicos ainda não é confirmada e estudos podem comprová-la, já que o preço é somente 10% mais caro que as usadas atualmente.

Confirmado está em dezenas de laudos, o repórter está muitísso mal informado.

Este Post tem 3 Comentários

  1. Fiquei sabendo que sacolas biodegradáveis quando se decompõe liberam um produto que atinge o lençol freático causando um impacto maior ainda que as sacolas plásticas para a natureza .Gostaria que alguém confirma-se .
    Xanxerê S.C desde o dia 01/11/09 lançou uma campanha de sacolas retonáveis com todos os supermercados da cidade e a partir do dia 01/04/09 não serão mais distribuídas sacolas plásticas gratuitas . Maiores detalhes posteriormente neste mesmo site .

    ***
    RESPOSTA DA FUNVERDE

    Você está totalmente enganado, pois temos diversos laudos, nacionais e internacionais que comprovam a eficácia e a segurança da tecnologia do plástico oxi-biodegradável.

    De outro modo não teríamos criado, em 2005, após um ano de pesquisa, o projeto de substituição de sacolas de plástico convencional por plástico oxi-biodegradável.

    Se a tecnologia não funcionasse, o governo do Paraná, Goiás, Espírito Santo e tantos outros estados e cidades não teriam feito lei obrigando a substituição, afinal, o que é melhor, 18 meses ou 500 anos contaminando o planeta?

    Maravilhoso o projeto de xanxerê, se puder, por favor, nos envie.

    Nosso objetivo final é banir as sacolas de boca de caixa de plástico, mesmo que oxi-biodegradável e deixar o oxi-biodegradável para sacos de lixo e embalagens de produtos para aproximar o ciclo de vida da embalagem ao ciclo de vida do produto, pois lembre-se de que apenas 87% dos locais de depósito de lixo no país são aterros, recicla-se menos de 3% de tudo o que poderia ser reciclado no país e as embalagens ficam no ambiente, como presente de grego para nossos descendentes.

    É um projeto complexo e o início dele é substituir o plástico convencional para o plástico oxi-biodegradável primeiramente em supermercados e depois no comércio em geral – no Paraná e outros estados já conseguimos – e posteriormente nada de sacolas de uso único , que é a coisa mais inútil que inventaram, afinal, você demora 1 segundo para produzir uma sacola, meia hora usando e 500 anos plastificando o planeta.

  2. Da discussão vem a luz…
    O tema ainda é polemico, existe informações contrarias.
    Investi muito no uso racional das sacolinhas por acrediter que a sociedade não vai abandonar confortos comquisdtados. Essa discusão vai protelar a ação ambiental da sociedade…

  3. A cidade de Xanxerê inicia campanha para substituir sacolas plásticas por sacolas retornáveis em 01/04/2009.
    A iniciativa é uma parceria da sociedade civil e da prefeitura.

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