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Em defesa dos plásticos, a favor do meio ambiente

Jornal  O Debate de 14 de junho de 2009

No dia 5 de junho, comemoramos o Dia do Meio Ambiente. Diversas entidades, corporações e escolas fizeram manifestações a favor do meio ambiente e das boas práticas.

Mas o que também vale ser lembrado é a iniciativa da indústria plástica, no Brasil e no mundo, que trabalham para o desenvolvimento e que não abrem mão das tecnologias que não agridam o meio ambiente e a saúde pública. Há alguns anos os plásticos têm sido alvo de ataques. Apontado como vilão do meio ambiente e causador de poluição, notícias negativas sobre os plásticos são manchetes de jornais, revistas e páginas da Internet. Fato inegável, os plásticos, assim como outros materiais, têm sido descartados de forma irresponsável no meio ambiente. O plástico virou um dos bandidos do planeta. Com a mesma facilidade e rapidez que embalamos nossas compras em sacos e sacolas plásticas, descartamos as embalagens sem pensar no impacto que isso trará à natureza. Mas por que tratar tão mal algo que só nos traz benefícios?

Devido à sua praticidade, resistência, custo baixo, higiene, leveza e aplicações da vida moderna, não é possível viver sem ele. Plásticos embalam, protegem, mantém limpas e transportam nossas compras, nossos sonhos de consumo, nossos alimentos, medicamentos e ao final, embalam os resíduos que geramos. Simplesmente banir os plásticos para evitar o incorreto descarte no meio ambiente seria o mesmo que proibir automóveis e motocicletas para diminuir as mortes no trânsito. Ou, quem sabe, eliminar o dinheiro para acabar com a corrupção. Não faz sentido. Vemos que muitas pessoas passaram a adotar sacolas retornáveis, independente do material, lembrando o que nossos avós faziam. Uma atitude totalmente louvável! Entretanto, esquecemos que eles faziam isto porque não existiam sacolas plásticas ou não eram acessíveis.

É de bom senso o uso e o reuso de sacolas retornáveis, seja de pano, papel, de plástico. Pouco importa o material. Todo cidadão deve apoiar a redução, o reuso e a reciclagem, o que prefiro chamar de bom senso e responsabilidade, ao invés da palavra da moda – sustentabilidade. Mas como impedir o uso de embalagens plásticas por pessoas que vão às compras sem as sacolas retornáveis ou que não as usam ou não desejam comprar essas sacolas? Vão virar equilibristas transportando nas mãos diversos itens comprados nas lojas e supermercados? Onde vão embalar as frutas, verduras e legumes que compram? A indústria plástica tem se empenhado e desenvolvido plásticos mais finos e leves, que consomem menos matéria prima e energia em sua produção, sem abrir mão de sua resistência e robustez. Investem no apoio e desenvolvimento da reciclagem e em projetos de reciclagem para geração de energia.

O setor de transformação gera milhares de empregos, impostos, riqueza e desenvolvimento. Não é aceitável, nem razoável, pensar que estas pessoas são “bandidas da natureza”. A ciência e a tecnologia já têm as respostas e soluções para diminuir os impactos causados pelos resíduos que tem seu destino final muito provavelmente nas ruas, campos, rios e mares. Destaque especial para as embalagens plásticas de rápido uso e descarte, que por não serem de interesse econômico para a coleta e reciclagem, ficam abandonados no meio ambiente. Exemplos não faltam, um deles é o plástico que leva a tecnologia d2w em sua produção, que mantém todas as características, a possibilidade do reuso e de reciclagem de um plástico convencional. A única diferença é que vai levar muito menos tempo para se degradar completamente.

Outros exemplos, são o desenvolvimento de plásticos biodegradáveis e compostáveis, além dos hidrossolúveis (que se dissolvem em contato com a água). A indústria brasileira e internacional já tem as respostas e soluções efetivas aos desafios apresentados. Cabe ao consumidor adotar as soluções e incentivar a indústria que já está produzindo essas embalagens plásticas no Brasil. As alternativas existem, e elas ainda beneficiam o meio ambiente e as indústrias do plástico.

*Eduardo Van Roost é diretor da Res Brasil, empresa especializada em produtos naturalmente degradáveis.

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