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Falta de saneamento básico compromete saúde do mundo

Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde 41% dos seres humanos não têm acesso a privadas ou a banhos com água encanada e tratada. São quase três bilhões de pessoas no mundo, assim, expostas a bactérias, vírus e parasitas encontrados em dejetos humanos. A cada ano, no mundo, morrem mais de 15 milhões de pessoas vítimas de doenças infecciosas. O dado é alarmante e vale ser repetido: 15 milhões de pessoas, todo ano, morrem no mundo por falta de saneamento básico!!!

A falta de saneamento básico é, assim, um fator que compromete a própria saúde pública mundial, promovendo óbitos e doenças gastrointestinais de toda ordem.

Os governantes, em grande maioria, enquanto assistem a morte e o sofrimento de muitos dos seus governados, reclamam, às vezes até com razão: não dispõem de recursos para tratar a água fornecida à população e fazer redes de esgotos. No Brasil, infelizmente, são milhões as famílias que não dispõem de água tratada, de instalações sanitárias adequadas ou de rede de esgoto nas ruas. Em muitas cidades, o esgoto coletado – quando ainda existe essa coleta – é jogado in natura em córregos e rios pela falta de uma estação de tratamento para livrá-lo das naturais impurezas..

Dizem: os recursos públicos são pequenos! Logicamente o poder público precisa de mais dinheiro mas, lamentavelmente, falta critério na aplicação do dinheiro existente. Só isso para explicar os bilhões de reais dirigidos pelos nossos governantes para obras secundárias como, por exemplo, em construção e reformas de estádios de futebol.

O BNDES, banco do governo federal, liberou bilhões de reais para a construção ou reforma de estádios que foram utilizados na última Copa do Mundo (no qual nossa seleção passou pelo vexame de ser goleada pela Alemanha por 7X1) e atualmente, em grande parte deles, estão ociosos e ainda dando prejuízos para o seus gestores Para onde foi esse dinheiro? Belo Horizonte, R$ 400 milhões; Cuiabá, R$ 393 milhões; Fortaleza, R$ 352 milhões; Manaus: R$ 400 milhões; Natal, R$ 400 milhões ; Salvador, R$ 324 milhões; Recife:R$ 400 milhões; Rio de Janeiro: R$400 milhões . Estou citando apenas os estádios mas muito mais dinheiro foi aplicado nessa Copa do Mundo ora tendo sua própria lisura contestada pelo MP.

Para futebol, não falta dinheiro. Onde estaria o dinheiro para saneamento básico das cidades do Brasil sem estações de tratamento de esgoto e que jogam esgoto sem tratamento em córregos e rios, provocando a poluição dessas águas e comprometendo a saúde de seus moradores? Lamentavelmente, esse dinheiro falta e, ainda agora, os governantes de todos os níveis estão fazendo os chamados “contingenciamentos.” Como há uma crise econômica no País, todos eles cortam verbas indiscriminadamente, atingindo e comprometendo o direito que todo o cidadão brasileiro deveria ter de dispor do seu esgoto e de sua água tratadas como fatores de higiene, saúde e bem estar

Welson Gasparini – deputado estadual (PSDB), advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto

Fonte – Brasil Agro de 30 de junho de 2015

Por isso é que nós queremos nossos impostos investidos em educação, saúde, saneamento básico, transporte público… e exigimos menos políticos e que eles tenham salários compatíveis aos da iniciativa privada. Chega de pagarmos impostos para mantermos políticos.

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