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Londrinos partem para a Grécia com carros movidos a óleo de cozinha

Taras Kalapun

BBC Brasil de 16 de agosto de 2008

Dez equipes irão fazer o trajeto de 3 mil quilômetros em duas semanas.

Um grupo de aventureiros parte Londres neste sábado para uma viagem a até a Grécia usando como combustível apenas óleo de cozinha usado em restaurantes e lanchonetes que encontrarem no trajeto.

O projeto Grease to Greece (Gordura para a Grécia, em tradução livre) faz parte de outro maior, o FatFinding (ou Caçadores de Gordura) e conta com 10 grupos de motoristas.

As equipes sairão do centro de Londres e seguirão até a Atenas em um percurso de 3 mil quilômetros a ser realizado durante duas semanas.

O idealizador do projeto, Andy Pag, já viajou de Londres a Timbuktu em um automóvel movido a base de chocolate e afirma que o objetivo é identificar se o uso de óleo vegetal reciclado é viável para ser utilizado como combustível em longa distância.

“A intenção é verificar se o uso do óleo é possível e praticável em viagens longas e rir um pouco no caminho”, afirmou Pag.

A chegada em Atenas está prevista para o dia 27 de agosto. O time que chegar primeiro a capital irá receber um troféu das mãos do embaixador britânico na Grécia.

Combustível

Pag explica que as equipes poderão, em emergências, recorrer ao biocombustível e comprar óleo de cozinha em supermercados, caso seja necessário. No entanto, o principal combustível da viagem deverá ser óleo reciclado de restaurantes e lanchonetes encontrados no trajeto.

Segundo Pag, o principal desafio será convencer os donos dos estabelecimentos a doarem a gordura usada, já que em alguns países, há um controle duro com relação aos resíduos comerciais.

“Será difícil explicar para um dono de uma lanchonete na Croácia que queremos a gordura do estabelecimento dele”, brinca um dos organizadores.

“Estamos nas mãos dos donos de lanchonetes na Europa”, disse.

De acordo com Pag, não é necessário converter os motores a diesel para usar biocombustíveis. Segundo ele, a maioria dos motores comportam a mistura de óleo vegetal com combustível comum.

“As equipes não precisam converter seus motores, mas se fizerem, será mais fácil evitar o uso de combustíveis fósseis completamente durante a viagem”, concluiu Pag.

Enquanto isso, no país da novela, do samba, do futebol e do Lula, todo mundo continua jogando óleo de cozinha usado na pia, contaminando milhões de litros de água por dia.

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