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Milho transgênico, quebra de safra

Safa Daneshvar

Veja de 24 de junho de 2009

O Brasil só começou a colher milho transgênico neste ano, e a nova cultura já corre risco de extinção. Alguns dos maiores compradores do grão não querem saber de transgênicos.

É o caso da Kellogg´s e da PepsiCo, que pediram ao presidente da associação dos produtores de grãos convencionais, César Borges de Souza, garantia de suprimentos anuais de 200.000 toneladas.

As empresas não querem ser obrigadas a aplicar em seus produtos o selo T, que discrimina os produtos transgênicos.

A população ainda não entendeu a extensão de seus poderes, naquilo que pode ser chamado de O CONSUMIDOR É O REI.

Se nós, consumidores, rejeitarmos qualquer produto, ele será remodelado, serão trocados ingredientes indesejados, as embalagens serão modificadas, as sobreembalagens deixarão de existir, enfim, nós determinamos o que a indústria deve produzir, mas, infelizmente, no Brasil, as pessoas são extremamente passivas e não conseguem enxergar a extensão de seu poder.

Nós podemos mudar o mundo, mas temos que nos engajar em causas relevantes para o futuro da humanidade, mostrar para o governo, para a indústria, para o varejo, o que realmente queremos. Infelizmente as pessoas engajadas não correspondem nem a 1% da população e por isso as mudanças são tão lentas.

É só ver este caso do milho transgênico. Contra todas as regras de segurança, contra o princípio da precaução, contra o conselho dos ambientalistas e pesquisadores, apenas para embolsar os milhões que as empresas frankenstein distribuem para o país que aceitar seu produto maléfico, o governo bêbado da lula lelé, após negociatas a portas fechadas que envolveram cifras astronômicas, liberou o plantio deste milho, que após poucas colheitas usa muito mais veneno que o milho convencional por causa do aumento da resistência das pragas ao defensivo, que após a terceira colheita já rende muito menos que a cultura convencional, que destroi a biodiversidade, que contamina o solo com seu veneno letal.

Neste caso eles ganharam os milhões das empresas frankenstein mas o consumidor internacional, que não aceita esta aberração que é o transgênico, mudou o rumo da indústria, que também não aceita este milho e agora o agricultor vai ter que também voltar atrás e plantar o milho tradicional. Só não sabemos em quanto tempo ele conseguirá fazer isso, porque as sementes de uma safra ficam no chão, brotando no meio da próxima safra e contaminando a cultura convencional com os grãos da morte. Imagine o prejuizo causado ao agricultor pelo governo, ao incentivar o plantio deste grão transgênico? Quem irá pagar a conta? O agricultor, claro, porque o governo está com o bolso cheio e agora o problema não é mais eles.

Erga sua voz, exprima suas opiniões, cada habitante deste planeta tem direito a ser ouvido e cada voz dá mais força a cada movimento que quer mudar este planeta, assegurando um mundo melhor para nós e nossos descendentes.

Só não fique calado, na sua zona de conforto, porque seu silêncio pode significar diferença entre um futuro melhor para todos e a extinção.

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