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No mês do Dia Mundial da Água precisamos falar sobre um vilão chamado plástico

No dia 22 de março comemora-se o Dia Mundial da Água. Criado pelas Nações Unidas em 1993, esse dia especial é um convite aos Estados para a realização de atividades em prol da conscientização pública e debates sobre nossos recursos hídricos e sua preservação. O abastecimento de água potável e a importância da conservação das fontes de água são pautas essenciais desse dia, ainda assim, esse é um tema importante para ser tratado o ano todo.

Hoje é impossível falar sobre a água sem lembrar de um problema fatal que tem sido peça chave na poluição de nossos oceanos e rios: o plástico. Além das milhões de garrafas que compõem boa parte da poluição que destrói nossas praias, a superfície dos mares está de fato coberta também por microplásticos.

Apesar de ser um fenômeno recente, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza, desde 1950 foram fabricados cerca de 8,3 bilhões de toneladas de plástico no mundo – destes, apenas 30% permanecem em uso. Consome-se hoje uma média de 60 quilos de plástico por pessoa anualmente pelo planeta – e esse consumo se baseia principalmente em quatro produtos:

1) Garrafas PET

O impacto do uso das garrafas PET não vem somente da imensa quantidade consumida – cerca de um milhão de embalagens plásticas são vendidas por minuto no mundo – mas também pelos males que ela provoca para nossa saúde por meio dos compostos químicos liberados na bebida. Feitas de um plástico derivado do petróleo altamente poluente, elas quase sempre são utilizadas somente uma vez e depois descartadas. Depois de descartada na natureza, contudo, uma garrafa plástica pode atravessar séculos contaminando as águas, animais e ecossistemas, em especial os costeiros, restingas, manguezais e oceânicos. Quando a garrafa pet vai para o oceano, ela se fragmenta em microplásticos, que funcionam como esponjas no mar, absorvendo toxinas. Quando os peixes ingerem estas partículas, eles adquirem também todas essas toxinas, que além de comprometerem seu metabolismo – podendo levar a morte – acabam prejudicando também os seres humanos ou outros animais maiores da ingestão de sua carne. Esse vídeo explica isso tudo de uma forma super didática.

2) Sacos plásticos

Diversos países já proíbem o uso de sacos plásticos em lojas e supermercados e, ainda que possam ser reutilizados, seu consumo é imenso, e eles invariavelmente acabam em lixões, ruas, mares e rios. Assim como o PET, também levam séculos para desaparecerem – ameaçando a vida de diversos animais silvestres, seja pela ingestão, seja pelo sufocamento. Há alternativas sustentáveis para evitar o uso desse produto como sacolas retornáveis ou modelos que podem ser feitos de produtos orgânicos como milho e cana. (Essas sacolas ditas ecologicamente corretas de amido podem produzidas a partir de milho, mandioca, arroz, trigo, batata… e utilizam água fértil e água potável, recursos naturais cada vez mais preciosos, para plantar o alimento e depois roubar este alimento do prato dos humanos e transformar uma sacola de uso único que será usada por meia hora. Insanidade, ganância, crime contra a humanidade e o planeta! A outra, fabricada a partir do milho ou cana demora os mesmos 500 anos para sumir da face da terra, por isso as denominamos I’m NOT green!)

3) Canudos

O estado da Califórnia, nos EUA, já proibiu o uso de canudos, e outras partes do mundo tem tomado a mesma medida para evitá-los. Além de também ser um produto altamente consumido como os outros citados, ele pode ser facilmente substituído por opções mais ambientalmente corretas como os canudos reutilizáveis de bambu e até de palha.

Ou pode ser substituído por nada! Você é um ser humano dotado de uma boca que é maleável, e não de um bico que é duro. Se você tomar sua bebida direto do copo ou garrafa, não irá derramar porque sua boca se molda ao recipiente. Cada invenção mais sem sentido, credo!

4) Microplásticos

Presentes majoritariamente em produtos de limpeza e produtos cosméticos, uma pesquisa publicada recentemente pela revista Frontiers in Marine Science revelou que hoje 3 em cada 4 peixes, mesmo em zonas remotas do oceano, possuem microplásticos em seus estômagos. Sua utilização em tais produtos na maior parte das vezes possui função meramente estética, com tamanhos que variam entre 1 e 5 milímetros. Essas pequenas partes alteram a composição de todo o oceano, ameaçando ecossistemas e, assim, a nossa saúde. Para se ter uma noção real do impacto, uma pesquisa realizada pelo Imperial College de Londres estima que até 2014, de 15 a 51 trilhões de partículas microplásticas flutuavam em nossos mares – equivalendo a um peso entre 93 e 236 mil toneladas.

Para combater todo esse mal é preciso oferecer alternativas– especialmente no que diz respeito às possibilidades de fabricação com menor impacto e reciclagem. Pois o problema das embalagens plásticas não se restringe ao seu descarte, mas também ao consumo de água, energia e a emissão de poluentes durante o processo de fabricação.

No Dia Mundial da Água, a utilização consciente desse recurso deve ser debatida em todas as esferas, e principalmente a industrial.

A diminuição do impacto que o descarte de tais embalagens pode provocar necessariamente passa pela reciclagem. Nesse ponto, o alumínio mais uma vez se confirma como uma das melhores alternativas, pois enquanto o plástico, por exemplo, possui um ciclo limitado de reutilização (podendo ser reciclado em torno de 20 vezes) o alumínio é infinitamente reciclável. Cerca de 75% de todo o alumínio produzido no mundo continua em uso até hoje.

As latas também trazem um rendimento maior para catadores de lixo e cooperativas de reciclagem, seu ciclo é especialmente veloz – uma latinha descartada hoje está de volta às prateleiras como uma nova embalagem em até 60 dias.

Por essas e outras que a lata de alumínio é hoje a embalagem mais reciclada do mundo. Um relatório recentemente realizado em 25 países pela consultoria internacional de sustentabilidade Resource Recycling Systems constatou que 69% das latas de alumínio do mundo são recicladas, contra 46% de garrafas de vidro e 43% de garrafas pet. E o Brasil possui um papel de ponta nesses números, como o país que mais recicla latas de alumínio em todo o planeta. Por aqui, segundo dados da Abal e da Abralatas,  98% das latas produzidas em 2016 foram recicladas, o. Para se ter uma ideia do significado de tais números, os EUA ficam em torno de 55% de reciclagem da embalagem, enquanto o Japão chega a 77%.

A reciclagem de uma lata de alumínio reduz, segundo estudo realizado pelo Centro de  Tecnologia de Embalagem (CETEA) (inserir link: http://www.cetea.ital.org.br/ ), em até 70% as emissões de CO2 e em 71% o consumo de energia, além de consumir apenas 5% de energia elétrica quando comparado à produção a partir do metal primário. O impacto anual é imenso: a reciclagem das 280 mil toneladas de latinhas em 2016 significou no Brasil uma economia equivalente ao consumo de energia anual de 6,7 milhões de pessoas em 2 milhões de residências, ainda de acordo com o CETEA.

O Dia Mundial da Água é também, portanto, um dia para se refletir sobre nossa melhor relação com esse recurso natural vital para nossa sobrevivência, mas também sobre o impacto da ação humana no meio ambiente de modo geral. Esses dados refletem não só o tamanho do problema no que diz respeito à poluição e ao descarte como um todo, mas também o quanto é possível minimizar tal impacto com alternativas que já existem e que comprovadamente funcionam, como as latas de alumínio.

*A matéria foi escrita com base em dados divulgados pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e por pela publicações científicas mencionadas acima.

Por isso, o Hypeness e a Ball, uma das maiores fabricantes de latinhas do mundo, uniram forças para criar um Canal especialmente dedicado a reverberar a campanha #vadelata. Vamos juntos consumir de forma mais consciente, pensando sempre no nosso conforto, mas também no melhor para o meio ambiente?

Fonte – Hypeness de março de 2018

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