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O ano mais quente da história, de novo

Nesta semana ocorrem dois eventos importantes para a agenda climática.

Em Bonn, na Alemanha, acontece a última reunião – antes da COP20, em Lima, no Peru – do Grupo de Trabalho que elabora as versões preliminares das bases para o novo acordo climático global a ser aprovado em 2015. O desafio do momento é apresentar uma proposta de decisão a ser tomada na próxima COP, em dezembro, que indique o formato e o mínimo de informações que devem ser apresentadas pelos países quando submeterem suas contribuições para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), pós 2020, que são a base essencial do novo acordo.

Em Copenhague, na Dinamarca, o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da ONU) se reúne para os últimos ajustes da 4ª é ultima parte do seu 5º Relatório de Avaliação das Mudanças Climáticas, o chamado Relatório Síntese a ser publicado na última semana de outubro.

As reuniões acontecem no momento em que as agências climáticas ao redor do mundo confirmaram o mês de setembro como o mais quente desde 1880, quando começaram a ser feitos esses registros. Não é um fato isolado. Abril, maio, junho e agosto já haviam batido recordes históricos de alta temperatura. É a primeira vez que o mês de setembro apresenta tão altas temperaturas sem a influência de um forte El Nino (que ainda não se faz presente e deve vir ainda no final do ano). No ritmo atual, 2014 terminará como o ano mais quente da história desde 1880.

Os 10 anos mais quentes já registrados (média de temperatura global) aconteceram nos últimos 15 anos, sendo 7 nos últimos 10 anos. Não há dúvida, a temperatura média do planeta está subindo e acelerando.

São Paulo teve, neste mês de outubro, a maior temperatura registrada desde 1934 (quando se iniciou a série histórica). Todas as 10 maiores temperaturas registradas em São Paulo aconteceram nos últimos 15 anos e 7 foram nos últimos três anos (2012-2014).

Em algumas regiões do continente antártico, as temperaturas estão 10oC acima da média histórica, provocando degelos permanentes em glaciais antes considerados perenes.

A seca nas regiões sudeste, nordeste e centro oeste do Brasil ou na Califórnia e boa parte da costa oeste americana têm sido marcantes e colocam em risco a produção de alimentos, a segurança energética e a saúde das pessoas.

Abaixo, o gráfico do NOAA mostra a temperatura média global na terra e nos oceanos desde 1880. A linha azul refere-se à média de tendência:

Fonte – Tasso Azevedo, Planeta Sustentável de 23 de outubro de 2013

Imagem – Matthias Rhomberg/Creative Commons/Flickr

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