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Poluição é responsável por uma em cada cinco mortes de crianças

Criança em um pequeno comércio na Índia (Foto: Jorge Royan/Wikimmedia Commons)Criança em um pequeno comércio na Índia (Foto: Jorge Royan/Wikimmedia Commons)

Um mundo em que a poluição é responsável por uma em cada cinco mortes de crianças. Essa não é uma realidade prevista para o futuro, mas uma estatística do presente, parte de um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre as principais causas para a morte anual de mais de 1,7 milhão de crianças com menos de cinco anos estão a poluição do ar, a água contaminada e a falta de saneamento. As principais doenças são diarreia, malária e pneumonia. O objetivo da agência da ONU é mostrar que essas mortes poderiam ser evitadas a partir de soluções já disponíveis.

“Um ambiente poluído é mortal, particularmente para jovens crianças”, afirmou Margaret Chan, diretora-geral da OMS, na ocasião do lançamento dos estudos “Herdando um Mundo Sustentável: Atlas sobre a Saúde das Crianças” e “Não polua o meu futuro! O impacto do Meio Ambiente na Saúde das Crianças”. “Seus órgãos e sistemas imunológicos em desenvolvimento, corpos menores e vias aéreas tornam as crianças especialmente vulneráveis ao ar e água sujos”, disse.

Segundo um dos relatórios, 570 mil crianças com menos de cinco anos morrem no mundo por infecções respiratórias, como a pneumonia. Diversas doenças são atribuídas à poluição do ar em ambientes fechados e abertos, bem como ao fumo passivo. Além de métodos de cocção poluentes, como a madeira e o carvão, por exemplo, essa população sofre com os gases emitidos pelos veículos, ainda restritos ao uso de combustíveis fósseis.

Ambientes urbanos têm alta relevância

Segundo a OMS, há soluções disponíveis para reduzir a perda de tantas crianças. Entre as sugestões, estão políticas de planejamento urbano e de transporte para criar espaços seguros de lazer e reduzir a poluição, melhorias nas condições de habitação, para garantir o uso de combustíveis limpos no preparo de alimentos, e combater a proliferação de mofos e pragas, além de outros investimentos em saneamento e higiene.

Com o planeta vivendo um crescimento constante na urbanização, as cidades têm papel cada vez mais relevante na saúde de crianças e jovens. Segundo a ONU, quase metade da população urbana do planeta tem menos de 30 anos, índice que chega a 66% na África. Mas a infraestrutura básica para garantir meios urbanos saudáveis ainda está distribuída de forma muito desigual. Cerca de 880 milhões de pessoas vivem em favelas e moradias informais.

Outro problema enfrentado por essa população é o desenho urbano. As mortes no trânsito têm alto impacto nos números: 135 mil crianças de até 15 anos morreram em 2012, por exemplo. Entre os jovens de 15 a 29 anos, trata-se da principal causa de morte.

O planejamento urbano tem papel importante na busca por ambientes mais seguros e meios de transporte sustentáveis, que contribuem para reduzir a poluição do ar, tão fatal para as crianças. Como destacado nas primeiras frases deste texto, todas essas mortes estão ocorrendo agora. É preciso agir.

Fonte – Bruno Felin, The City Fix Brasil de 09 de março de 2017

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