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Quer proteger os oceanos e a vida marinha? Deixe de usar estes 10 produtos de plástico

Se quer substituir artigos do quotidiano por alternativas mais sustentáveis, a lista que se segue é para si. Quantos destes artigos ainda usa?

Os artigos descartáveis de plástico que usamos quase todos os dias não desaparecem quando acabamos de os usar e nos livramos deles. Uma garrafa de plástico pode demorar 450 anos a decompor-se, o que quer dizer que a garrafa que comprou ontem pode permanecer no planeta até 2468.

Todos os anos, despejamos mais de oito milhões de toneladas de resíduos plásticos nos oceanos. Estes resíduos são perigosos para a vida marinha: os animais ficam presos neles ou ingerem-nos, morrendo estrangulados, com lesões ou de fome.

Podemos ajudar a prevenir que o lixo vá parar às praias e aos oceanos, reduzindo a nossa dependência deste material, procurando e desenvolvendo materiais sustentáveis alternativos.

“Trata-se de fazer mudanças na nossa vida profissional e pessoal”, disse Cyrill Gutsch, fundador da organização Parley for the Ocean. “Seja persistente. Seja exigente e peça alternativas [no supermercado]. Peça e peça e peça e nem vai acreditar na rapidez com que as coisas começam a mudar.”
Foto: Vaidehi Shah/Flickr

No entanto, a luta contra a poluição por resíduos plásticos não se pode ganhar apenas com ações individuais. Os governos e as empresas precisam de ter um papel mais ativo quando se trata de salvaguardar o futuro dos nossos oceanos.

Se quiser substituir artigos do seu quotidiano por alternativas mais sustentáveis, a lista que se segue é para si. Quantos destes artigos ainda usa?

1 Escova de dentes de plástico

Pode trocar a sua escova de dentes de plástico por uma alternativa mais sustentável feita de bambu. Já existem várias marcas no mercado – por exemplo, a The Bam & Boo Toothbrush, a Babu, a Hydrophil, entre outras.


Foto: Greenpeace 

2 Palhinhas ou canudos de plástico

Segundo o Serviço Nacional de Parques dos EUA, podiam encher-se 125 autocarros escolares só com as palhinhas que os norte-americanos usam num dia (500 milhões). As palhinhas são um dos detritos mais frequentemente encontrados nas praias em todo o mundo e representam uma ameaça para a vida marinha. Felizmente, são fáceis de recusar.

Se, por razões de saúde, necessitar de usar palhinhas, escolha alternativas de papel, inox, vidro ou bambu, como as da ECO Brotbox, Sorbos, Bambu e U-Konserve.

3 Talheres e pratos descartáveis de plástico

As imagens de talheres à deriva no mar das Caraíbas deviam fazer-nos pensar duas vezes antes de usarmos estes artigos. Opte por usar pratos e talheres tradicionais, mas se precisar mesmo de artigos de mesa descartáveis, escolha uns feitos de materiais compostáveis, como o farelo de trigo ou o bambu. Também pode levar consigo na sua carteira uma colher-garfo (“spork”).

Biotrem é uma marca que fabrica pratos e talheres descartáveis e biodegradáveis de farelo de trigo e a Evoware tem copos descartáveis e comestíveis feitos de algas e ingredientes naturais.


Foto: Caroline Power 

4 Copos take-away

Estes copos são feitos de papel mas são revestidos com plástico, o que os impermeabiliza mas também torna difíceis de reciclar. Só na Austrália são usados mil milhões de copos descartáveis de café por ano.
Leve consigo um copo reutilizável. Algumas cadeias de cafetarias e de fast food, como a Pret a Manger e a Starbucks, já oferecem descontos aos clientes que levam consigo copos reutilizáveis.

5 Garrafas de água de plástico

No mundo, produzem-se quase 20 mil garrafas de plástico por segundo, usam-se um milhão por minuto e não nos devemos esquecer que 91% do plástico que usamos não é reciclado.
As garrafas de plástico e as suas tampas costumam estar no top 10 dos detritos encontrados durante as limpezas de praias e são frequentemente descobertas nos estômagos de aves e até peixes.

Beba água da torneira ou leve consigo uma garrafa reutilizável. Encha-a em bebedouros públicos, cafés ou no trabalho.

6 Sacos de compras de plástico

Estes produtos são uma grande ameaça para a vida selvagem: são responsáveis por estrangular tartarugas, asfixiar leões-marinhos e fazer com que golfinhos e baleias morram de fome. Precisa de mais razões para deixar de os usar? Veja o vídeo abaixo.

Leve consigo um saco reutilizável feito, por exemplo, de tecido. Tenha vários sacos no carro. Para pesar os legumes ou frutas, use sacos de rede.

7 Embalagens para comida take-away

Em Portugal, usam-se 40 milhões de embalagens de take-away por ano.
Tenha, no seu carro, um kit com um termos reutilizável, recipientes e talheres (sem serem de plástico) e guardanapos de pano prontos para quando quiser comprar comida take-away ou para quando quiser levar sobras de uma refeição no restaurante para casa.

8 “Tupperwares” de plástico

Em vez de optar por guardar a sua comida em recipientes de plástico, use uns de vidro ou inox.

9 Detergentes e produtos de cuidado pessoal embalados em plástico

Opte por comprar sabonetes e “champôs sólidos”, em vez de produtos líquidos de cuidado pessoal que vêm embalados em plástico. Pode consultar esta lista de champôs sólidos.
Para as máquinas de lavar, compre detergentes com caixas de cartão em vez de cápsulas embaladas em plástico.

10 Cotonetes com haste de plástico

De acordo com a Sociedade para a Conservação Marinha do Reino Unido, as cotonetes perfazem 60% do lixo proveniente das águas residuais encontrado nas praias. A Escócia vai proibir o fabrico e venda de cotonetes com haste de plástico, o que, segundo os ativistas, reduzirá para metade a poluição marinha por resíduos plásticos gerada pelo país.
Escolha cotonetes com haste de papel ou de bambu. Algumas marcas que fabricam estes produtos são a Douce Nature e a Hydrophil, entre outras.

Lembre-se de reduzir e recusar primeiro. A reciclagem deve ser encarada como uma última opção.

“[Quando se recicla] não se está a fazer algo de positivo pelo ambiente. Só se está a fazer algo que é menos mau”, explica Adam Minter, escritor e ativista. “Se queremos mesmo lidar com o problema dos resíduos que estamos a enfrentar, precisamos de pensar melhor sobre a natureza do próprio consumo.”

Fonte – The UniPlanet de 06 de maio de 2018

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