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Reservas que podem ser reduzidas pelo Congresso são as que mais sofrem desmatamento

A Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará, uma das unidades de conservação com maior índice de desmatamento na Amazônia (Foto: Divulgação/ICMBio)A Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará, uma das unidades de conservação com maior índice de desmatamento na Amazônia (Foto: Divulgação/ICMBio)

Estudo mostra quais são as áreas protegidas da Amazônia que enfrentam desmatamento dentro de seus limites ou no entorno. A Jamanxim e as UCs do Amazonas estão na lista, mas as reservas estaduais são as mais vulneráveis

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulga nesta terça-feira (12) uma análise sobre o desmatamento nos limites e no entorno das unidades de conservação na Amazônia. O estudo mostra que as áreas protegidas mais ameaçadas estão na fronteira agrícola da Amazônia, nas proximidades de estradas e hidrelétricas – e muitas delas estão na mira do Congresso para ser reduzidas ou extintas.

O estudo avalia as unidades de conservação e Terras Indígenas (TI) em dois critérios. Um deles é o da “pressão” – é quando ocorre desmatamento dentro dos limites da área protegida, o que leva a desestabilização legal e ambiental da reserva.

Estas são as áreas protegidas com maior pressão na Amazônia:

1. APA Triunfo do Xingu (PA)
2. Florex Rio Preto-Jacundá (RO)
3. APA do Tapajós (PA)
4. Resex Jaci-Paraná (RO)
5. Flona do Amapá (AP)
6. Flona do Jamanxim (PA)
7. PES de Guajará-Mirim (PA)
8. ESEC da Terra do Meio (PA)
9. Parna Rio Novo (PA)
10. APA de Preseidente Figueiredo – Caverna do Moranga (AM)

A campeã de pressão por desmatamento é a Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, no Pará. Administrada pelo governo estadual, sofre pressão da pecuária extensiva. Outras unidades da mesma região, chamada Terra do Meio, próximas da BR-163 e da usina de Belo Monte, também estão na lista. Uma das unidade de conservação federais com mais pressão por desmatamento é a Floresta Nacional do Jamanxim, que o governo tentou reduzir por medida provisória e recuou posteriormente. Um projeto de lei no Congresso propõe diminuir a área da Jamanxim em mais de 300.000 hectares.

O outro critério é sobre as áreas protegidas ameaçadas. O Imazon definiu “ameaça” como as áreas protegidas com risco iminente de ter desmatamento dentro de deus limites. Esse risco é baseado no desmatamento que ocorre fora dos limites da reserva, em um raio de até 10 quilômetros. A mais ameaçada é a Floresta Nacional do Aripunã, o sul do Amazonas. Não por acaso, essa é uma das florestas que está na mira da bancada do Amazonas, que apresentou texto ao governo pedindo a redução ou extinção de sete reservas na região.

Estas são as áreas protegidas mais ameaçadas, segundo o estudo:

1. Flona do Aripunã (AM)
2. Flona do Iquiri (AM)
3. Parna Mapinguari (AM)
4. Parna dos Campos Amazônicos (AM)
5. TI Trincheira Bacajá (PA)
6. Flona de Itaituba (PA)
7. Florex Rio Preto-Jacundá (RO)
8. Flona do Trairão (PA)
9. Resex Guariba-Roosevelt (MT)
10. TI Karipuna (RO)

O desmatamento dentro de unidades de conservação e terras indígenas é ilegal. Muitas das áreas protegidas que constam nas listas foram criadas justamente para frear o desmatamento na área da fronteira agrícola ou no entorno de estradas.

Fonte – Bruno Calixto, Blog do Planeta de 12 de setembro de 2017

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