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Sabáudia diz não ao fracking e aos testes sísmicos e pesquisas para exploração do subsolo

Vereadoras e Vereadores de Sabáudia após aprovação do PL: Milady Trava, autora do projeto, André Luiz da Silva, Vera Helena Pereira Mendes, Neide Quirino Zampieri, Agnaldo Valderrama, Edvaldo Calisto Dias, Aparecido José de Brito, Mauro João Schiavo e Javam de Castro Rodrigues. Foto: CMSVereadoras e Vereadores de Sabáudia após aprovação do PL: Javam de Castro Rodrigues, Aparecido José de Brito, Edvaldo Calisto Dias, Vera Helena Pereira Mendes, Milady Trava, autora do projeto, Neide Quirino Zampieri, Agnaldo Valderrama, André Luiz da Silva e Mauro João Schiavo. Foto: CMS

Cidade do Norte do Paraná aprova projeto de Lei que proíbe operações para extração do gás de xisto e se junta a outras que baniram o fraturamento hidráulico

A passagem por Sabáudia do comboio de caminhões vibradores da Global Services, empresa americana contratada pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) para realizar testes de aquisição sísmica e pesquisas para exploração do subsolo por fraturamento hidráulico (fracking), causou grande alvoroço na pequena cidade do Norte do Paraná.

Com pouco mais de 6 mil habitantes e localizada próxima à Apucarana, os moradores de Sabáudia já tinham conhecimento dos impactos que os testes sísmicos provocados pelos caminhões nas cidades da região de Londrina. Ao provocar terremotos induzidos, os testes deixaram um rastro de medo e prejuízos em Rolândia, Cambé, Arapongas e a própria Londrina, que registrou abalos de 1,8 graus da Escala Richter.

“Quando os caminhões chegaram em meados de agosto, poucas pessoas na cidade tinham conhecimento das pesquisas e da intenção da ANP. Eu já sabia do potencial destruidor e contaminante do fracking e começamos a promover discussões sobre o tema”, relembra a vereadora Milady Trava, autora do projeto de Lei que proibiu operações de fracking na cidade e foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal. Na semana passada, a Lei 416/2016 foi sancionada pelo Executivo e já está valendo, inclusive para os testes de aquisição sísmica e pesquisas.

captura-de-tela-2015-10-13-as-15-15-32Encontro da Pastoral da Juventude teve palestra sobre fracking. Foto: COESUS/350Brasil

Ligada à Pastoral da Juventude da Igreja Católica, Milady conta que participou do acampamento que marcou os 40 anos da PJ da Diocese de Apucarana onde a tecnologia altamente poluente para a exploração do gás de xisto foi tema de uma palestra da campanha Não Fracking Brasil. “O encontro foi realizado em outubro de 2015 em Santo Inácio e desde então eu tenho me informado, fomentado a discussão e envolvido lideranças políticas, religiosas e do setor produtivo para falar dos riscos e perigos do fracking”, disse.

A partir de discussões com jovens, com a Emater, pequenos agricultores rurais, lideranças da Igreja Católica, do Executivo, Legislativo e movimentos sociais e ambientais foi possível construir um consenso na cidade contra o fraturamento hidráulico: “Aprovamos o projeto proibindo essa tecnologia e reforçamos a proteção das reservas de água, do solo e da saúde das pessoas, junto com outras cidades da região”.

Cidade com um perfil agrícola, com produção e café, soja e milho, Sabáudia está protegida do perigo de contaminação do fracking, junto com Londrina, Cambé, Arapongas, Cornélio Procópio e Maringá, entre outras 200 que também já aprovaram a legislação.

A partir do ano que vem, Milady pretende continuar a articulação regional para que outras cidades também votem e aprovem a legislação que proíbe o fracking, organizada pela COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida.

Fonte – Silvia Calciolari, Não Fracking Brasil de 22 de dezembro de 2016

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