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Sul tem melhor Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana

O Islu nos municípios. Melhores índices em verde escuro: 0,744 a 0,661; índices medianos em verde claro: de 0,660 a 0,573; índices baixos (abaixo de 0,573) e cidades sem dados no Snis em vermelho

O sul do país mantém a melhor média –0,697– no Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (Islu). A cidade de Maringá (PR), obteve a melhor pontuação e 70% dos municípios da região Sul estão entre os 50 mais bem colocados na análise elaborada pelo Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana) e pela PwC.

Os municípios da região Norte ocupam as 20 piores posições do Islu entre os municípios com mais de 250 mil habitantes. Capitais como Belém (PA), Manaus (AM), Rio Branco (AC), Porto Velho (RR) e Teresina (PI), obtiveram alguns dos piores índices.

Os dados fazem parte de uma prévia da segunda edição do Islu, que será lançado integralmente no segundo semestre. O índice avaliou 3.049 municípios que disponibilizam seus dados de 2015 no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis). Segundo essa base de dados, 17 milhões de brasileiros não têm acesso aos serviços de coleta de lixo.

O Islu foi criado em 2016 para ser um termômetro do grau de atingimento da gestão municipal em relação às diretrizes contidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, PNRS, aprovada em agosto de 2010.

Cada cidade é avaliada em quatro dimensões: engajamento (dimensão E), sustentabilidade financeira (dimensão S), impacto ambiental (dimensão I) e recuperação de recursos coletados (dimensão R).

As dez melhores

Cidades no Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana*

*Municípios acima de 250 mil habitantes. Fonte: PwC para Selur, com informações disponibilizadas pelo SNIS Confira mais infográficos da Folha

O engajamento contabiliza a parcela da população atendida pela coleta municipal. A sustentabilidade financeira aponta a arrecadação específica para despesas com serviços e gestão de limpeza urbana. O impacto ambiental relaciona a quantidade de resíduos dispostos inadequadamente à população municipal e a recuperação de recursos coletados é a quantidade de material reciclável recuperado pelo total de massa coletada.

Todas essas dimensões são correlacionadas através da metodologia de Análise Fatorial, a mesma usada para medir o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que avalia renda, longevidade e educação.Tanto no IDH como no Islu, os resultados vão de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior é a aderência do município à PNRS.

Plano de gestão e recursos dedicados têm grande peso no índice. Segundo o levantamento, as cidades que têm orçamento e planejamento de limpeza urbana têm melhor desempenho: 75% dos munícipios com plano e arrecadação específicos dispõem os resíduos urbanos em aterros sanitários. Nas cidades sem arrecadação específica, o índice é de 28%. Nos municípios que dispõem de orçamento específico, o índice de reciclagem de lixo é o dobro (6%) do índice daqueles onde não há a cobrança para a gestão de resíduos.

Comparativamente à edição passada do índice, que cobriu 1.729 cidades, aquelas com arrecadação específica apresentaram melhorias na destinação dos resíduos, enquanto as cidades que não dispõem de orçamento para esse fim não avançaram.

Para Marcio Matheus, presidente do Selur, o levantamento comprova a importância de mecanismos específicos para gerar recursos para o descarte correto dos resíduos. Num contexto de carência de dados e dificuldade de atualização de informações municipais, Matheus defende a importância do índice para fornecer parâmetros que possam orientar gestores públicos e privados de limpeza urbana no sentido de tornar o ambiente das cidades “mais adequado e sustentável”.

As dez piores

Cidades no Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana*

*Municípios acima de 250 mil habitantes. Fonte: PwC para Selur, com informações disponibilizadas pelo SNIS Confira mais infográficos da Folha

Fonte – Mara Gama, Folha de S. Paulo de 04 de agosto de 2017

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