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A Arca de Noé da extinção

A Arca de Noé da extinção: fotógrafo faz arquivo digital de animais ameaçados de desaparecer

A Terra já passou por cinco grandes cinco grandes períodos de extinção. Foram momentos da história em que milhares de animais e plantas desapareceram. No último deles, o choque de um meteoro gigante teria provocado a morte dos dinossauros, afirmam historiadores.

E novamente, acredita-se que estamos vivendo uma nova era de extinção no planeta. Só que desta vez, ela é provocada pelo ser humano. E vem sendo agravada pelos efeitos das mudanças climáticas. O alerta vem de cientistas, que afirmam que milhares de plantas, insetos, aves e anfíbios estão sendo extintos. Mamíferos gigantes, os chamados grandes predadores, podem deixar de existir. Baleias, tubarões, rinocerontes, elefantes, gorilas, tigres e leões simplesmente desaparecerão de nossos mares, florestas e savanas.

Há onze anos, o renomado fotojornalista Joel Sartore iniciou o projeto Photo Ark, em parceria com a National Geographic Society. Sua paixão pelo mundo animal e seu ativismo foram os motores deste desafio. O fotógrafo tem registrado espécies consideradas em risco de extinção. Até agora, ele já viajou para mais de 40 países para criar um arquivo global de imagens da biodiversidade na Terra.

Todos os animais fotografados estão em cativeiro, onde ambientalistas trabalham para tentar salvar estes últimos indivíduos e poder garantir que tenham alguma chance para se reproduzir e desta maneira, aumentar o número de animais da própria espécie. Só nos Estados Unidos, Sartore esteve em mais de 200 zoológicos e aquários. Até o momento, ele fotografou 6.200 animais, entre eles, estes dois lindos macaquinhos Golden Stub-nosed, do Ocean Park Aquarim de Hong Kong, na imagem que abre este post.

Recentemente, Toughie, a última rã da espécie Rabbs’ fringe-limbed tree, que faz parte do Photo Ark, morreu no Jardim Botânico de Atlanta. Ela era a última de sua espécie. Na lista de prioridades de Joel Sartore estão sempre os animais mais vulneráveis.

As fotos são simplesmente lindas. Mostram a beleza e a fragilidade destes animais. Os registros são sempre feitos contra um fundo branco ou preto, o que torna o momento ainda mais íntimo e faz com que seja possível perceber todos os detalhes de cada um destes bichos. É uma maneira de trazer para mais perto das pessoas, um tema que, muitas vezes, parece tão distante e de difícil entendimento. “Eu quero que as pessoas se importem, se apaixonem e façam alguma coisa”, diz Joel Sartore.

Além do alerta e da conscientização, o projeto Ark tem como objetivo arrecadar recursos através de doações para iniciativas locais, apoiadas pela National Geographic Society, para a proteção dos animais (mais detalhes aqui no site, em inglês).

O que Joel Sartore tenta mostrar com seus registros é que a interação entre animais e meio ambientegarante o equilíbrio e o funcionamento perfeito do planeta onde vivemos. Mas o desmatamento, a poluição e uma série de outras interferências do homem na natureza, como por exemplo, o uso de agrotóxicos e pesticidas, contaminando solo e rios, têm feito com que milhares de espécies percam seus habitats naturais e sejam dizimadas.

Autor de diversos livros, palestrante, professor e ambientalista, o fotógrafo americano Joel Sartore é colaborador de revistas como TimeLife, NewsweekSports Illustrated e National Geographic. A intenção dele é fotografar mais 6 mil espécies nos próximos 15 anos.

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Os primatas estão entre os animais mais ameaçados de extinção

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A última rã da espécie Rabbs’ fringe-limbed tree, que morreu recentemente 
no Jardim Botânico de Atlanta

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Um dos últimos quatro rinocerontes brancos do Norte

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Joel Sartore já fotografou mais de 6 mil animais

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Red wolf: só restam 75 indivíduos

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A última lebre Columbia Basin Pigmy está no zoológico de Portland

Fotos – Joel Sartore/National Geographic National Ark

Fonte – Suzana Camargo, Conexão Planeta de 19 de outubro de 2016

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