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Cheida questiona interesses contra as sacolas oxi-biodegradáveis

Portal do deputado estadual Cheida

Leiam o texto abaixo, entendam como funciona o lobbie das petroquímicas e porque no Paraná, onde nasceu o projeto sacolas ecológicas em 2005, mais precisamente aqui em Maringá, na FUNVERDE, ainda não saiu uma lei de obrigatoriedade de uso delas.

Mas não faz mal não, a apras – associação de supermercadistas do estado do Paraná já disse que 100% dos supermercados estão usando, e quando iniciamos o projeto paralelamente iniciamos o projeto sacolas retornáveis que já está pegando, então, não vai ser um deputado babaca, sem vergonha, vendido, que irá parar o processo, só está ficando mais rico com o dinheiro de propina das petroquímicas.

Então né, fiquei sem palavras, não tinha mais nada a dizer depois que o Cheida matou a pau as petroquímicas e a plastimorte, e olhe que eu ficar sem palavras é quase um milagre.

Esse cheida é maravilhoso, não tem trava na língua.

Tem um deputado estadual pago pelas petroquímicas que já está desde maio deste ano emperrando a discussão das sacolas oxi-biodegradáveis, ele representa as indústrias, fez até uma audiência pública contra as sacolas oxi-biodegradáveis, um safado, sem vergonha e sem compromisso com seus eleitores e com seus próprios filhos e netos, visto que está destruindo o futuro deles por causa de algumas moedas – tá bom vai, um montão de moedas.

O SR. LUIZ EDUARDO CHEIDA – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, quero, a pretexto do que ontem discutimos aqui em relação às sacolas oxi-biodegradáveis – e a Deputada Rosane retirou o seu projeto, infelizmente, mas sem dúvida nenhuma não se retirou da discussão – quero lançar uma pergunta que não quer calar: a quem interessa de fato não ter no Paraná as sacolas oxi-biodegradáveis?

O plástico, como nós sabemos, está sendo produzido desde a década de 30 no mundo. Menos de 5% desse plástico até hoje foi incinerado, o que significa que mais de 95% do que foi produzido no Planeta ainda está aí, porque o plástico demora mais de 600 anos para se decompor.

Mas, curiosamente, a Assembléia Legislativa do Paraná, corre o risco hoje de ter que sair correndo atrás dos costumes para só então fazer uma lei sobre as sacolas oxi-biodegradáveis.

Eu digo isso porque há empresas no Paraná que já vendem, comercializam e aplicam essas sacolas. Vejam os senhores deputados: Curitiba, através da Arauplast, das Embalagens Viva; Cascavel, através da Polibeg, do Grupo Nova; Colombo, através da Luxplast; Maringá, através da Yop; Foz do Iguaçu, através da Polibeg Plásticos; Quatro Barras, através da Zivalplast; São José dos Pinhais, através da Dinaplast; Pinhais, através da Nekplast; Londrina, com a J.P. Embalagens, Royal Pack, Yop Tekpak e outras mais… o que significa que o Paraná já está comercializando a despeito de qualquer lei na Assembléia.

Muitas vezes as leis precedem os costumes, mas agora me parece que nós na Assembléia Legislativa ou tomamos essa questão nas mãos e a discutimos profundamente, ou vamos ter que sair correndo atrás dos costumes para só então fazer as leis.

Quero dizer aqui que não existe nenhum laudo científico no mundo produzido nem pela indústria petroquímica e nem por ninguém, dizendo que as sacolas oxi-biodegradáveis são danosas ao ambiente ou que não funcionem. Não existe em lugar nenhum, cientificamente dito. Fiz um rastreamento e uma procura, coloquei todos aqueles que poderiam me ajudar nesta tarefa há dois meses, não existe no mundo nenhum laudo científico que comprove um dano ao meio ambiente pelas sacolas oxibiodegradáveis.

Entretando, a indústria do plástico e a indústria petroquímica não querem a sacola. E eu arrisco aqui: não quer porque quando o povo disser ‘queremos a destruição de uma sacola plástica’, ele está admitindo que o plástico é danoso ao meio ambiente, e isto a indústria petroquímica não aceita.

Tanto que tenho nas mãos um documento que depois quero passar aos senhores e senhoras deputadas, e à imprensa também, da chamada Plastivida do Brasil, comunicando a indústria petroquímica de algumas vitórias, e dentre essas vitórias, apontando que a hoje sacolinha plástica é quase uma unanimidade, por sua praticidade. E que neste campo obtiveram vitórias expressivas em várias partes do país contra a chamada disseminação e obrigatoriedade do seu uso.

Mas o que me chama mais a atenção é esta Plastivida, que representa o setor petroquímico, estar comemorando o fato de estarem triturando sacolas de pano no Estado de São Paulo. Parece brincadeira. Mas dizem aqui, depois deixo às mãos dos senhores Deputados: ‘no sentido de neutralizar os impactos negativos das sacolas de pano, informamos que já tomamos as medidas necessárias para reverter esse quadro’.

Impactos  negativos de uma sacola de pano? É a Plastividade quem diz, que representa o setor petroquímico.

Pergunto novamente: a quem interessa, no Brasil, então, que não progrida esta discussão das sacolas oxi-biodegradáveis? Eu acredito que interessa ao setor de plástico, e não há dúvida nenhuma que a Assembléia Legislativa do Paraná deve discutir este assunto com maior profundidade.

Por isso vou propor, através da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente, o chamamento de um seminário com autoridades, se possível inclusive autoridades internacionais, se a Assembléia assim o entender, para que nós não sejamos aqui nenhuma instituição taxada depois como ‘Maria vai com as outras’, mas que também não sejamos os bois de piranha que, me parece, a indústria quer que sejamos.

É preciso meter a colher nessa conversa, por isso acho nefasto qualquer tipo de ‘deixa pra lá’ nesta discussão. Ela é importante, há setores de peso envolvidos nisso. Não quero ser manipulado, nem usado e nem tampouco os Deputados que apresentaram os seus projetos de lei – o Deputado Caíto, Deputado Reinold Stephanes Jr., Deputada Rosane Ferreira. Mas precisamos retomar essa discussão. A Plastivida, que representa o setor petroquímico, está delirantemente comemorando a destruição das sacolas de pano no Brasil. Alguma coisa deve estar errada.

Nestes segundos finais, concedo aparte à Deputada Rosane Ferreira.

A SENHORA ROSANE FERREIRA – Quero parabenizá-lo por sua colocação e quero realmente ratificar as suas palavras. Retirei o meu projeto, mas não saio da luta contra o dano que as sacolas plásticas estão causando ao meio ambiente.

O que senti é que o meu projeto de lei estava contemplado nos outros dois projetos e eu os sentia mais eficazes do que meu projeto, que visava apenas criar um programa.

Como falei, conte comigo. Estarei presente, enquanto vice-presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente. Tenha em mim uma auxiliar nessa sua proposta.

Muito obrigada.

O SR. LUIZ EDUARDO CHEIDA – Muito obrigado.

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