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Cientistas pedem ao governo que ampliem sua atuação para salvar nossos oceanos

POR LAUREN PORTER, UNIVERSIDADE DE PLYMOUTH

Na última década, houve uma rápida expansão na área do oceano designada como Área de Proteção Marinha (AMP).

Apesar desse progresso, a biodiversidade marinha continua em declínio, colocando em risco a saúde de nossos oceanos e todos sabemos o papel importante que os oceanos têm ao bem-estar do ser humano.

Uma equipe de cientistas marinhos do Reino Unido, liderada pelo Grupo de Pesquisa de Conservação Marinha da Universidade de Plymouth, pediu ao governo que aumente sua ambição de salvar os oceanos, revisando sua abordagem ao quanto ao gerenciamento da conservação marinha.

Os pesquisadores trabalham com o foco na conservação e no gerenciamento das pescas há várias décadas e usam suas pesquisas e conhecimentos adquiridos para fazer quatro recomendações importantes aos responsáveis dentro do governo. Eles são:

  • Permitir a recomposição e a renovação de habitats marinhos, em vez de somente gerenciar estes habitats já degradados;
  • Unir política de conservação e gestão da pesca, pois os dois são criticamente dependentes um do outro, e nem sempre estão juntos;
  • Estabelecer processos avançados para entender os benefícios da proteção oceânica sem esquecer do vínculo que existe entre a proteção oceânica, a vida e a subsistência dos seres humanos;
  • Desenvolva uma abordagem mais inteligente para gerenciar a saúde de todo o oceano, que vá além das Unidades de Proteção e permita a criação de links entre os setores em direção à sustentabilidade.

As recomendações são publicadas na revista Marine Policy, e os cientistas dizem que abordar essas questões permitiria ao Reino Unido atingir seu objetivo de se tornar um líder global em gerenciamento de pesca e conservação marinha.

Dr. Sian Rees, pesquisador sênior da Escola de Ciências Biológicas e Marinhas da Universidade e principal autor do artigo, disse: “2020 é um ano crítico para a proteção dos oceanos, à medida que avançamos para a Década das Nações Unidas para a Ciência dos Oceanos e um ano em que os governos foi convidado a intensificar e apoiar ações para deter o declínio global da biodiversidade marinha. Neste “super ano” para o oceano, é de responsabilidade do governo do Reino Unido estabelecer uma ambição maior para a conservação do oceano, o que apoiaria seu objetivo em ser ‘a primeira geração que deixa o meio ambiente em um estado melhor do que aquele em que o herdamos’ e estabelecer o Reino Unido como líder global em gerenciamento de pesca e conservação marinha”.

Bryce Beukers-Stewart, do Departamento de Meio Ambiente e Geografia da Universidade de York, acrescentou: “Atualmente, existem evidências substanciais de que as áreas marinhas protegidas (AMPs) bem gerenciadas e estrategicamente colocadas podem oferecer benefícios não apenas para a conservação, mas também para a pesca. Infelizmente, muitas das AMPs no Reino Unido atualmente não são gerenciadas de maneira a oferecer todo o seu potencial. Também é importante que as AMPs se integrem melhor a outras medidas de gestão marinha, se realmente quisermos garantir a futuro a longo prazo de todos os benefícios que o oceano nos oferece”.

Jean-Luc Solandt, Especialista Principal em AMPs da Marine Conservation Society, disse: “Houve um bom progresso entre muitas pessoas e organizações para trazer uma gestão eficaz para os nossos mares, mas isso não é suficiente. Mais recursos e o foco na recuperação de todo ecossistemas ainda não estão disponíveis e estamos defendendo uma gestão mais rigorosa em áreas mais amplas de nossas AMPs.”

 

 

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