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Como separar o lixo no Japão

timtak

www.Sankyo-br.com

Claudia Higa

A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia, do destino em aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser reciclados.

Com isso alguns objetivos importantes são alcançados:

A vida útil dos aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado.

Além disso o uso de matéria prima reciclável diminui a extração dos nossos tesouros naturais.

Uma lata velha que se transforma em uma lata nova é muito melhor que uma lata a mais. E de lata em lata o planeta vai virando um lixão…

O método de separação, data, local e horário para jogar o lixo varia de acordo com cada cidade.

Os lixos domésticos são coletados e processados pela Prefeitura. O método de separação, data, local e horário para jogar o lixo varia de acordo com cada cidade. Se não encontrar as informações indicadas próximo à residência, informe-se na Prefeitura.

É importante colaborar na separação do lixo.

Algumas cidades têm regras mais rígidas que outras, mas, no geral, segue-se a seguinte classificação:

Lixo incinerável

Sobras de comida (remova o excesso de água); óleo de cozinha (mergulhe em papel ou tecido, ou solidifique com agente coagulante); papéis não recicláveis (remova antes clipes ou grampos); roupas e fraldas descartáveis; pequenas plantas e arbustos (estes devem ser cortados em pedaços de até 50 cm e amarrados).

Lixo não-incinerável

Produtos de plástico, vinil, borracha ou couro (como sapatos e bolsas)vidro ( no caso de garrafas quebradas, deve-se colocar aviso de “perigo”); aerossol (não faça buracos e só jogue depois de esvaziar totalmente o vasilhame); pequenos aparelhos elétricos; lâmpadas fluorescentes (coloque-as em caixas de papelão); peças de metal e cerâmica; embalagens de alumínio; saquinhos para aquecimento (kairo).

Lixo reciclável (papel)

Jornais e panfletos (dobre os jornais em quatro e amarre-os); papelão e sacolas (dobre as caixas e amarre-as); revistas, cadernos, papel de embrulho, envelope, catálogos, livros e cartões-postais (amarre-os de acordo com a categoria).

Lixo reciclável

Normalmente são recolhidas duas vezes ao mês. Ao separá-los, é necessário lavar as garrafas e latas.

Garrafas quebradas e latas que não sejam de bebida, remédio e alimentos não são recicláveis e devem ser jogadas como lixo não-incinerável.

Garrafas de saquê de 1,8 litro e de cerveja podem ser levadas diretamente às lojas de bebidas.

Lixo nocivo

Produtos venenosos ou perigosos, como botijão de gás, derivados do petróleo (gasolina, querosene, tíner), tinta, remédio, pilha, fogos de artifício, fósforo, extintor de incêndio, isqueiro.

Para jogá-los, deve-se contactar o centro de coleta de lixo local.

Lixo de grande porte

Móveis, bicicletas, acolchoados e outros itens domésticos (com exceção de geladeira, televisão, máquina de lavar roupa e ar-condiciona-do) que tenham um dos lados maior que 30 cm.

Para jogar esse tipo de lixo é necessário fazer reserva junto ao centro de coleta, que informa a taxa a ser paga e o dia de coleta.

Garrafas plásticas (pet bottle)

Garrafas plásticas de refrigerante, bebida alcoólica ou shooyu (molho de soja) que levam a marca “PET” são coletadas em supermercados que tenham contêineres próprios com a marca de reciclagem.

Para que as garrafas sejam recolhidas, é necessário remover a tampa e o rótulo, lavar a parte interna e amassá-las.

Utensílios de papelão

Embalagens de leite ou bandejas feitas de papelão também são coletadas por supermercados ou centros de coleta públicos.

Antes de jogá-las, é necessário lavá-las e, no caso das embalagens e leite, dobrá-las.

Reciclagem de eletrodomésticos

São recolhidos, por ano, cerca de 600 mil toneladas de eletrodomésticos. Antes, eram recolhidos pela Prefeitura como lixo de grande porte (sodai gomi) e enterrados.

Mas diante do excesso desse tipo de lixo, o governo introduziu, em abril de 2001, a Lei de Reciclagem de Eletrodomésticos. Quem quer se desfazer de um eletrodoméstico deve entrar em contato com a loja onde comprou o produto ou onde irá comprar o novo artigo. A lei atual inclui quatro artigos: geladeira, televisão, ar-condicionado e máquina de lavar.

O consumidor arca com a taxa de coleta/transporte e reciclagem. A loja, por sua vez, repassa o produto para a fabricante efetuar a reciclagem.

As taxas de coleta e transporte variam conforme a empresa e a distância de transporte, além da tarifa de reciclagem, que fica entre de ¥ 2.400 e ¥ 4.600, de acordo com cada fabricante.

Vocabulário básico:

Japonês Português
moeru gomi lixo incinerável
moenai gomi lixo não incinerável
sodai gomi lixo de grande porte
shigen gomi lixo reciclável
yuugai gomi lixo nocivo

Fonte: IPC e www.lixo.com.br

E depois vocês reclamam quando pedimos para separar o lixo em 3 sacos, reciclável, compostável e rejeito.

Imaginem se vocês morassem no Japão …

Esse é um ensaio para o futuro, o que colocamos na postagem é o que o Brasil num futuro muito próximo será obrigado a fazer, porque os recursos naturais são finitos.

Vamos conspirar agora, no Japão eles não tem quase recursos naturais, mas quando importam suas mercadorias, as embalagens ficam no país e se tornam seus recursos naturais sem terem que extrair do planeta.

Isso é lucro líquido, porque eles importam coca cola em lata de alumínio ou pet – por exemplo – e ao reciclar o alumínio a tampa da pet, o rótulo e a própria PET eles estão enriquecendo seu país com recursos naturais que antes não possuiam.

Ou seja, além de eles importarem os produtos que consomem, importam indiretamente todas as embalagens que podem ser recicladas diversas vezes.

Orientais espertos.

Vejam que tudo é lavado, higienizado, para não perder o valor do produto, ao contrário daqui que é tudo jogado no lixo comum onde exige muito mais água e produtos químicos para a reciclagem.

É muito melhor ser correto na fonte, na sua casa, mas aqui, com a abundância – por enquanto – de recursos naturais, todos pensam que moram no paraíso, que tem escravos mágicos para limpar sua sujeira e que nunca faltará recursos naturais para serem explorados.

Não conseguimos entender essa recusa do brasileiro em reciclar, eles ficam esperando uma lei para os obrigar a reciclar e mesmo assim temos certeza de que o farão pela metade, quando tiver alguma embalagem meio grudenta – como embalagem de leite condensado – enfiarão escondido no meio do compostável ou rejeito só para não terem que lavar, o típico jeitinho brasileiro.

Por isso já estamos falando há anos que temos que fazer reciclagem e compostagem 100%, para evitar a construção de mais aterros que tomam terra fértil, para fazer a vida útil destes aterros aumentar em 95%, para poupar recursos naturais para o futuro, para nossos descendentes.

Pensem brasileiros, pensem, antes que o tempo acabe.

Este Post tem 3 Comentários

  1. Ola Ana eu sou aluno ou formado no curso técnico em Meio Ambiente do JK e trabalho nos fundos de vales com a funverde.

    Ana eu achei ótima essa matéria, separação do lixo no Japão. Se todos fizessem essa separação nosso país não estava essa bagunça como está hoje, com lixo para todo lado.

  2. Sou estudante, achei muito interessante sua matéria, porém nosso país, “BRASIL”, precisa muito pensar melhor sobre isso…

    Pelo menos pra não pasarmos tanta vergonha assim…

    Xauzinhuhuuuu

  3. este texto me ajudou muito em um trabalho de geografia . e coloca em destaque oque os brasileios deveriam faser … eee devem parar de reclamar pois estao de boca cheia … bom obrigada pela ajudaa .

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