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Concentração de plásticos nos oceanos é alarmante, dizem especialistas

TEIA – 台灣環境資訊協會

Nessa semana, a ONU realiza a Conferência sobre os Oceanos. Coincidindo com o Dia Mundial do Meio Ambiente (5) e o Dia Mundial dos Oceanos (8), o evento promove parcerias e ações para apoiar a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14, que trata da conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos.

O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) ouviu especialistas e ativistas, que alertaram para problemas como a alta concentração de plásticos e a acidificação dos oceanos. Confira nesse vídeo especial.

Nessa semana, a ONU realiza a Conferência sobre os Oceanos – de 5 a 9 de junho. Coincidindo com o Dia Mundial do Meio Ambiente (5) e o Dia Mundial dos Oceanos (8), o evento promove parcerias e ações para apoiar a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14, que trata da conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos.

O professor de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio Janeiro (UERJ) José Lailson Brito Jr vê a situação dos oceanos como preocupante. Ele lembra que o aquecimento global afeta não só o aumento do nível do mar, mas também altera as correntes marítimas e afeta o clima de vários locais.

Ao mesmo tempo, alerta, a acidificação oceânica interfere na habilidade dos organismos calcificadores – como algas, corais e moluscos, por exemplo – de criarem seu esqueleto ou exoesqueleto.

Outro grande problema enfrentado pelos oceanos é a poluição do mar, principalmente por resíduos plásticos. Ele lembra a situação das tartarugas marinhas entregues ao Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da UERJ; na hora de analisá-las, a equipe constatou que todas tinham ingerido plástico.

“Todas as tartarugas marinhas que foram entregues ao nosso laboratório tinham resíduos plásticos no trato digestório”, afirmou José, que explicou que as tartarugas confundem sacolas plásticas, por exemplo, com algas, e acabam se alimentando de algo que não é digerido pelo organismo e não oferece valor nutricional, podendo morrer por inanição.

Para Ricardo Gomes, documentarista e biólogo marinho, é preciso fazer mais pelos oceanos. Ricardo é diretor do documentário “Baía Urbana”, que será lançado no dia 9 da Conferência, em Nova Iorque. Ele já havia filmado a vida submarina do Rio de Janeiro no documentário “Mar Urbano”, lançado em 2014.

A inspiração para o novo filme veio quando a cidade estava se preparando para receber as Olimpíadas, com a análise de matérias publicadas sobre a poluição na Baía de Guanabara.

“Falavam sempre como se ela estivesse morta, e eu sabia que ainda tinha muita vida na Baía”, lembrou Ricardo, que destaca a importância da população conhecer a situação dos mares e oceanos. “O primeiro passo para a gente mudar a realidade é conhecer a vida que tem ali. A gente tem que conhecer para preservar”, afirmou.

Durante as filmagens, Ricardo percebeu que era preciso mudar não só a situação da Baía, mas dos oceanos como um todo, que sofrem com despejo de esgoto, o aquecimento global, a acidificação oceânica e a poluição.

Reverter esta situação dos mares e oceanos globalmente é, para ele, uma questão de direitos humanos, pois envolve a qualidade de vida da população, que muitas vezes depende do mar como fonte de renda ou para segurança alimentar. Para isso, ele aponta mudanças no consumo como essenciais.

“É hora de começar a pensar em parar de consumir sacola de plástico, mas parar também com várias outras coisas. Parar de consumir espécies de peixe que estão exploradas acima do seu limite, por exemplo. Parar com hábitos que gerem danos ao meio ambiente”, indicou.

Foi pensando nesta necessidade de mudança de hábitos e consumo consciente que a empresária Fernanda Cortez lançou o movimento ‘Menos 1 Lixo’. Fernanda percebeu que precisava alterar o seu estilo de vida quando assistiu a um documentário que mostrava o impacto do lixo nos oceanos.

“Uma grande parte das coisas que a gente usa no dia a dia é de plástico descartável. E como a gente ainda joga muito lixo no mar e nos rios, acaba que a concentração de plástico nos oceanos hoje é uma coisa alarmante”, disse Fernanda.

Pensando em como poderia gerar menos lixo, ela percebeu que o copo descartável de plástico que usava quase diariamente poderia ser facilmente substituído por uma alternativa mais sustentável. Desenvolveu, então, o copo retrátil do movimento: feito de silicone, é durável e funcional, podendo ser levado para todos os lugares.

Em um ano utilizando o copo retrátil, Fernanda economizou 1.618 copos descartáveis de plástico. Para ela, as pessoas têm que tomar mais consciência da própria responsabilidade em relação ao meio ambiente e repensar seus hábitos para diminuir a poluição.

“Às vezes a gente acha que é um pequeno gesto, mas um pequeno gesto de formiguinha de muita gente junta muda o mundo”, afirma Fernanda.

Acompanhe a Conferência sobre os Oceanos e o tema em https://nacoesunidas.org/tema/ods14 ou pela hashtag #SaveOurOcean.

Fonte – ONU de 05 de junho de 2017

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