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Empresários e ONGs lançam coalizão por clima e florestas

Objetivo é influenciar metas do Brasil para Conferência de Paris.

Um grupo de mais de 50 empresas e entidades, da Sociedade Rural Brasileira à organização não governamental WWF, lançou nesta quarta-feira (24) a Coalizão Brasil pelo clima, pelas florestas e pela agricultura.

Mais de 200 pessoas compareceram ao evento na capital de São Paulo. Eram representantes de setores como papel e celulose, cana, química, madeira e construção, entre outros. E muitas ONGs.

Entre os objetivos www.coalizaobr.com.br está influenciar o compromisso que o governo brasileiro precisa apresentar até outubro para a conferência do clima em Paris (dezembro). É a chamada INDC, sigla em inglês para contribuição pretendida nacionalmente determinada.

Como o desmatamento ainda é a maior fonte isolada de emissões de gases de efeito estufa no país (cerca de 35%), a maioria das 17 propostas do manifesto se relaciona com ele. Várias giram em torno da implementação do novo Código Florestal, que avança lentamente.

Empresas e organizações que assinam o documento apresentaram o compromisso voluntário de eliminar o desmatamento ilegal em suas cadeias de fornecimento.

Apoiam ainda o desmatamento líquido zero, conceito caro ao governo federal. Significa que sempre haverá um resíduo de derrubada de florestas e que será preciso compensá-lo com sequestro de carbono por meio de plantio, recuperação e regeneração natural das matas.

Entre as recomendações para a INDC brasileira figura o compromisso de manter as emissões per capita abaixo da média global após 2020. Em 2013, segundo o Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa, o país lançou na atmosfera o equivalente a 1,6 bilhão de toneladas de CO2, ou quase oito toneladas por pessoa. A média mundial é cerca de sete.

Dado que a tendência é de aumento das emissões noutros setores, como agropecuária e energia, seria difícil concretizar aquele objetivo sem reduzir ainda mais o desmatamento, que em 2014, na Amazônia, foi de 4.848 km2.

O grande desafio agora está no cerrado. Ali a devastação continua alta e, com taxas da ordem de 7 mil km2 anuais, já ultrapassou a da floresta amazônica

Fonte – Folha de S.Paulo de 25 de junho de 2015

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