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Fumaça das queimadas no Amazonas muda o aspecto do céu no Rio Grande do Sul

Por MetSul

A presença de fumaça (material particulado) altera a coloração do nascer e do pôr do sol. Foi o que se viu nos últimos dias no Uruguai e na Argentina, e neste sábado se testemunhou em diversas
Entardecer deste sábado em Novo Hamburgo (Daniel Fleck)
Os últimos dias têm registrado muita fumaça no Centro da Argentina e no Uruguai pelas queimadas no Centro e Norte da Argentina, e ainda da vinda de incêndios no Paraguai, no Pantanal e região amazônica.
Fim de tarde deste sábado em Venâncio Aires (Douglas Becker)

As correntes de vento de Norte que trazem o ar quente transportam junto a fumaça para as latitudes médias da América do Sul. No Rio Grande do Sul, a fumaça tem sido perceptível com cores mais alaranjadas e avermelhadas do sol ao fim da tarde e da lua à noite, especialmente no Oeste e no Sul gaúcho que estão mais próximos da área de maior concentração de fumaça, localizada na Argentina e Uruguai nesta semana. Na imagem de satélite de hoje à tarde era visível um corredor de fumaça do Centro-Oeste até o Centro da Argentina, Uruguai e o Rio Grande do Sul.

NOAA

Nos vales e na Grande Porto Alegre, há mais uma origem da fumaça que se soma às das demais regiões fora do Rio Grande do Sul: as queimadas na própria Serra Gaúcha e principalmente nos Aparados e Planalto Sul Catarinense. A imagem de satélite de hoje à tarde mostrou muita fumaça e focos de calor (pontos vermelhos) na região serrana.

NASA

Seguidores da Serra Gaúcha enviaram relatos de suas cidades, como Caxias do Sul e Nova Petrópolis, sobre a presença visível e o odor de fumaça no ar.

O modelo de aerossóis do Centro Europeu Copernicus mostra que neste fim de semana a fumaça seguirá mais concentrada na Argentina, Uruguai, Oeste e Sul gaúcho, mas que na segunda-feira por uma condição pré-frontal, haveria grande quantidade de fumaça sobre o Rio Grande do Sul.


Fumaça resultante de queimadas cobria mais de 2,6 milhões de quilômetros quadrados da América do Sul na manhã deste sábado (8). A estimativa com base em imagens de satélite foi feita pelo pesquisador Santiago Gassó do Goddard Space Flight Center (GSFC) da NASA, a agência espacial norte-americana.

 

Santiago Gassó/NASA

As duas principais áreas com fumaça se concentravam no estado do Amazonas e uma segunda no Centro e Norte da Argentina, parte da Bolívia, Paraguai, e partes do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul. Gassó observou que a área com fumaça pode ser ainda maior, uma vez que existem regiões cobertas por nuvens. 

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