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Guterres diz que humanidade enfrenta ameaça existencial devido à mudança climática

Chefe da ONU visita zona em Antigua e Barbuda arrasada por furacão. , by ONU/Rick Bajornas

Secretário-geral fez discurso na sede da ONU, em Nova Iorque, para avisar que mundo está numa encruzilhada; chefe das Nações Unidas afirmou que maior problema é falta de liderança.

O chefe da ONU avisou esta segunda-feira que, se o mundo não mudar de rumo até 2020, a mudança climática pode chegar a um ponto sem retorno.

Num discurso em Nova Iorque, António Guterres afirmou que “as consequências serão desastrosas para as pessoas e para os sistemas naturais que as suportam”.

Aviso

Guterres disse que “os cientistas avisam há décadas” para estes problemas, mas que muitas autoridades se recusaram a ouvir.

O chefe da ONU lembrou que, que quando os líderes mundiais assinaram o Acordo do Clima de Paris, há três anos, prometeram parar o aumento de temperatura em 2º Celsius acima dos níveis pré-industriais, e tentar que o aumento ficasse nos 1,5º Celsius.

Estes objetivos eram o valor mínimo para evitar os piores impactos da mudança climática, mas os cientistas dizem que mesmo assim estão longe de ser cumpridos.

Guterres citou um estudo da ONU afirmando que os compromissos já realizados pelos Estados representam apenas um terço dos esforços necessários.

Economia

Segundo o chefe da ONU, “a ação climática e o progresso socioeconômico apoiam-se um ao outro, com ganhos previstos de US$ 26 triliões até 2030”.

O representante acredita que “uma mudança para energias renováveis pouparia dinheiro, criaria novos postos de trabalho, gastaria menos água, aumentaria a produção de comida e limparia o ar poluído” que está matando.

Dever moral

António Guterres disse que existe outro motivo para agir, um dever moral.

Segundo ele, “as nações mais ricas do mundo são as maiores responsáveis pela crise climática, mas os seus efeitos serão sentidos primeiro, e de forma pior, pelas nações mais pobres e pelas pessoas e comunidades mais vulneráveis”.

O chefe da ONU acredita que “já se vê essa injustiça no ciclo incessante e cada vez maior de secas severas e cheias”.

Guterres explicou que mulheres e meninas, em particular, vão pagar o preço, não apenas porque as suas vidas se vão tornar mais difíceis, mas também porque sofrem, de forma desproporcional, com desastres naturais.

Liderança

O secretário-geral afirmou que “o mundo tem os incentivos morais e financeiros para agir agora”. Segundo ele, “o que ainda falta é um sentimento de urgência e um compromisso verdadeiro com uma resposta multilateral decisiva”.

Para ele, “chegou a hora dos líderes mostrarem que se preocupam com o futuro das pessoas que têm nas suas mãos”.

Guterres apelou “a todos os que têm responsabilidade de liderança para que percebam que a mudança climática é um problema de todos e que o mundo conta com eles para estar à altura do desafio antes que seja tarde demais”.

O chefe da ONU terminou dizendo que o mundo “está caminhando para a beira do precipício”, mas que ainda existe tempo de atuar. Segundo ele, “cada dia sem agir é um dia mais próximo de um destino que ninguém deseja”.

Cimeira

Guterres falou também sobre a próxima Cimeira do Clima, que acontece em setembro de 2019 em Nova Iorque. Ele anunciou a nomeação do diplomata mexicano Luis Alfonso de Alba como seu enviado especial para preparar o encontro.

Fonte – ONU News de 10 de setembro de 2018

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