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Mudanças climáticas: Estado de Nova Iorque processa Exxon Mobil

Foto: REUTERS / Rick Wilking

O Procurador Geral do Estado de Nova Iorque colocou a Exxon Mobil em tribunal, alegando que a empresa enganou os seus investidores no que toca aos perigos das mudanças climáticas. A ação judicial estava a ser preparada desde, pelo menos, 2015.

No entanto, e como muitas outras ações em tribunal nos EUA, esta está mais relacionada com perdas financeiras para os investidores da empresa do que propriamente com as perdas para o planeta e para a humanidade.

A queixa apresentada em tribunal prende-se com o facto de a Exxon Mobil ter dito aos seus investidores que estava a aplicar um custo de proxy ao dióxido de carbono, de modo a estimar quanto se perderia caso um país decidisse impor limites às emissões de CO2. Todavia, alega a ação agora apresentada, a empresa mentiu dado que não aplicou estes custos, que teriam um impacto negativo significativo nas suas finanças e nas suas projeções financeiras.

A ação judicial alega também que a Exxon apresentou uma análise de risco altamente enganadora, para criar a sensação nos seus investidores de que a empresa não corria quaisquer riscos caso as mudanças climáticas dessem origem a um aumento global de temperatura na ordem dos 2ºC.

Nada de novo

Já em 2015, um conjunto de documentos mostrava que há pelo menos 40 anos que Exxon Mobil sabia do perigo de continuarmos a emitir CO2 para a atmosfera mas decidiu enganar o público sobre estes perigos. A investigação interna da empresa mostrava, já em 1977, as consequências catastróficas para o clima e para o planeta se continuássemos a emitir CO2 sem quaisquer regras. A empresa também sabia que o seu negócio não iria continuar a ser rentável caso a verdade se soubesse. O resto é, assim, história. A Exxon Mobil passou as quatro décadas seguintes a ignorar relatórios sobre mudanças climáticas e a espalhar desinformação sobre os perigos das emissões de gases com efeitos de estufa.

Relativamente a esta ação em tribunal, a Exxon Mobile diz que são alegações infundadas.

Fonte – Greensavers de 26 de outubro de 2018

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