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Parabéns à prefeitura de Maringá

No mês de fevereiro de 2008, numa das reuniões do COMDEMA – conselho de defesa do meio ambiente de Maringá, fizemos uma apresentação dos problemas de ecologia urbana da cidade.

As fotos usadas foram de Maringá, mas poderiam ser de qualquer lugar do país.

Num país em que quase 80% da população reside em cidades, está na hora de ordenar este espaço, para que todos se sintam bem e não se sintam morando no paraguai.

Veja o post abaixo, que resume os problemas encontrados para se morar na nossa cidade, inclusive na reunião do COMDEMA mostrei as fotos da nipocred e sua enorme placa na calçada.

http://funverde.wordpress.com/2008/02/03/porque-tenho-a-sensacao-de-morar-no-paraguai-parte-i/

Depois disso, fiz um post sobre a nipocred, que se apoderou da calçada, que é do cidadão e transformou a calçada em um anexo de seu terreno, colocando um picolé de abacate – uma enorme placa – na calçada, no lugar em que deveria haver uma árvore.

http://funverde.wordpress.com/2008/02/24/nipocred-ocupa-calcada-indevidamente/

A FUNVERDE não postou sobre a nipocred como forma de denúncia, porque em paralelo contatamos o setor responsável na prefeitura para que tomasse as providências cabíveis.

Como sempre, fomos muitíssimos bem atendidos e a prefeitura enviou imediatamente um fiscal para averiguar o problema.

Não deu outra, tanto estavam usurpando a calçada que tiraram o sorvetão depois da fiscalização, estavam errados e foi a fiscalização que os obrigou a tirar a placa, não foi de boa vontade que tiraram, não.

Então, parabéns prefeitura de Maringá, que fez seu trabalho de coibir os excessos dos empresários, que se pudessem ocupariam até a rua com seu comércio, sua propaganda, só não o fazem porque seriam atropelados.

Primeiro as fotos da NIPOCRED com a placa e depois com a calçada liberada para os contribuintes transitarem  no local que é nosso.

Viu como a calçada ficou mais bonita, mais espaçosa, mais de primeiro mundo?

Agora só falta a árvore, que eles deveriam, por dor na consciência, plantarem rapidinho, e é claro, uma de no mínimo 4 metros.

Então gente, sejam cidadãos, não fiquem só com raiva quando virem alguma coisa errada, vão até o órgão responsável e cobrem uma solução para o problema e só pare de cobrar quando eles fizerem seu dever.

Porque normalmente o brasileiro gosta de reclamar mas fica nisso mesmo, porque é claro que dá trabalho resolver qualquer problema, obriga você a sair da sua zona de conforto, do seu cotidiano, obriga você a agir, entrar em contato com coisas novas e o que é novo provoca medo.

Aqui neste país as pessoas ainda ficam achando que o governo é o paizão, que deve resolver todos os problemas.

NÃO, todos nós temos a obrigação de agir quando virmos alguma coisa errada.

É por isso que existe tanta roubalheira por aqui, porque ninguém cobra transparência, ninguém cobra nada de ninguém, só paga seus impostos e acha que já está bom, que seus impostos resolverão tudo.

NÃO de novo, não é assim que o mundo funciona, todos temos que ser fiscais para ver como nosso dinheiro suado está sendo aplicado, se algum político não está merecendo seu voto, se não estiver não vote nele da próxima vez.

Quando um político diz que não tem dinheiro para isso ou aquilo, se questione, porque, num país com uma das cargas de impostos mais altas do planeta não há dinheiro para nada?

Porque ninguém cobra seriedade deles.

Porque um comerciante se apodera da calçada para expor mercadorias, para colocar banners, pintar a calçada, jogar papel no chão, colocar balões, alto falantes?

Porque ninguém reclama.

Eu sei que sempre coloco este poema abaixo, mas lá vai de novo e vou continuar colocando até você entender que é isso mesmo, que nós somos culpados pela corrupção por ficarmos de cabeças baixas, por acharmos que nossa voz não será ouvida.

“[…]

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

[…]”

Reclamemos pois, denunciemos pois e toda a humanidade será recompensada. 

Acredite, nós podemos mudar o mundo. 

Se cada um de fizer sua parte, este país será um paraíso.

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