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Produção de alimentos acelera perda de biodiversidade em escala global

As atividades não sustentáveis de agricultura, principalmente a produção de soja e a carne, assim como a queima da vegetação para a produção de carvão, permanecem como uma grande ameaça à biodiversidade do Cerrado, bioma brasileiro localizado entre a Amazônia, a Mata Atlântica e o Pantanal. O uso inadequado do solo coloca o Cerrado entre as regiões mais ameaçadas e sobreexplotação do mundo.

A constatação está no Relatório Planeta Vivo 2016, divulgado internacionalmente hoje pelo WWF, que traça um panorama mundial, mas destaca o Cerrado como um epicentro da perda acelerada de biodiversidade no mundo.

Desde o final da década de 1950, cerca da metade das savanas e das florestas naturais do Cerrado foi convertida para a agricultura. Como esses ecossistemas foram extintos, desapareceu a vida silvestre que eles sustentavam e os serviços ambientais essenciais por eles providos, como água limpa, sequestro de carbono e solos saudáveis.

As espécies ameaçadas de extinção incluem a onça, o lobo-guará e o tamanduá-bandeira, além de muitas outras plantas e animais que só existem no Cerrado. Não são apenas os ecossistemas e as espécies frágeis que sentem o estresse.

A destruição de habitat ameaça, também, a forma de vida de muitas populações indígenas e outras comunidades que dependem das florestas, das pastagens naturais e das savanas para seu meio de vida.

Colcha de retalhos

Na colcha de retalhos planetária, o caso do Cerrado é mais um agravante ao acelerado declínio de espécies que pode levar a um colapso dos ecossistemas ao redor do mundo.

Em escala global, a produção de alimentos para atender às exigências de uma população crescente segue como o principal fator para a destruição de habitat e o desaparecimento de populações inteiras de animais selvagens.

Se não mudarmos a forma como produzimos alimentos e buscamos na natureza os recursos para sustentar nosso modo de vida no planeta, a vida selvagem global pode sofrer 67% de declínio, em intervalo de apenas 50 anos, como resultado desstas e outras atividades humanas, alerta o relatório.

O documento do WWF é elaborado a partir do Índice Planeta Vivo (IPV), fornecido pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL).

Fonte – WWF da 27 de outubro de 2016

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