skip to Main Content

Receita – Calda bordalesa

A Calda Bordalesa é uma das formulações mais antigas e mais eficazes que se conhece, tendo sido descoberta quase por acaso no final do século XIX na França, por um agricultor que estava aplicando água com cal para evitar que cachos de uva de um parreiral próximo de uma estrada fossem roubados. Logo, percebeu-se que as plantas tratadas estavam livres de antracnose.

Estudando o caso, um pesquisador chamado Millaradet descobriu que o efeito estava associado ao fato do leite de cal ter sido preparado em tachos de cobre. A partir daí, foram desenvolvidas pesquisas para chegar à formulação mais adequada da proporção entre cal e sulfato de cobre.

A formulação a seguir, é para o preparo de 10 litros; para obter outras medidas, é só manter as proporções entre os ingredientes.

Dissolução do sulfato de cobre – No dia anterior ou 4 horas antes do preparo da calda, dissolver o sulfato de cobre. Colocar 100 g de sulfato de cobre dentro de um pano de algodão, amarrar e mergulhar dentro de um vasilhame plástico com um litro de água morna.

Água e cal – Colocar 100 g de cal em um balde para capacidade para 10 litros. Em seguida adicionar 9 litros de água, aos poucos.

Mistura dos dois ingredientes – Adicionar, aos poucos, e mexendo sempre, o litro da solução de sulfato de cobre dentro do balde de água com cal.

Teste da faca – Para ver se a calda não ficou ácida, pode-se fazer um teste, mergulhando uma faca de aço comum bem limpa, por 3 minutos na calda. Se a lâmina da faca sujar, isto é, adquirir uma coloração marrom ao ser retirada da calda, indica que está ácida, devendo adicionar mais cal na mistura; se não sujar, a calda está pronta para uso.

Usos da calda bordalesa

A calda bordolesa é recomendada para o controle, entre outras doenças e parasitas, de míldio e alternaria da couve e do repolho, alternaria do chuchu, antracnose do feijoeiro, pinta preta e queima do tomate, murchadeira da batata, queima das folhas da cenoura, etc. Também é utilizada em frutíferas, como figueira, parreira, macieira etc.

Em mudas pequenas e em brotações novas, deve-se aplicar esta calda mais diluída, misturando-se 1 parte da calda bordalesa, para 1 parte de água.

Para mofos da cebola, do alho e mancha da folha da beterraba (cercosporiose), usa-se uma diluição de 3 partes de calda para 1 parte de água.

Convém lembrar que a calda bordalesa perde a eficácia com o passar do tempo, por isso deverá ser utilizada até, no máximo, 3 dias depois de pronta.

Evitar aplicar em épocas muito frias, sujeitas a ocorrência de geadas.

Fonte – Movimento Novos Rurais

Bibiografia: PAULUS, G. MÜLLER, A.M. BARCELLOS, L.A.R. Agroecologia aplicada: prática e métodos para uma agricultura de base ecológica. Porto Alegre:EMATER-RS, 2001.

Este Post tem 0 Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back To Top