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Sacolas plásticas, da praticidade a um problema gigantesco

As sacolas plásticas surgiram no fim da década de 1950, e eram motivo de orgulho das redes de supermercados e símbolo de status entre as donas-de-casa. Hoje, 60 anos depois, a sacola se tornou um problema muito sério. Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por minuto. No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente, o que dá 66 sacolas por brasileiro ao mês. E o tempo que uma sacola leva para se decompor na natureza é de mais ou menos 300 anos.

No Brasil são distribuídas anualmente mais de 20 bilhões de sacolas plásticas de uso único que ficam emporcalhando o planeta por 5 séculos.

No total, são 210 mil toneladas de plástico, a matéria-prima das sacolas, ou seja, 10% de todo o detrito do país. É muito lixo. Algumas alternativas estão sendo adotadas. Uma delas, muito popular na Europa e nos Estados Unidos, é o uso de sacolas de pano. Em Nova York, as que levam a inscrição “Eu não sou uma sacola de plástico” viraram febre.

Em São Francisco, as sacolas de plástico foram banidas. Somente as feitas de produtos derivados do milho ou de papel reciclado podem ser usadas. Outra solução adotada é a cobrança de uma taxa por sacola, como acontece na Irlanda desde 2002. O dinheiro é revertido para projetos ambientais.

Sacola de comida – milho, mandioca, cana de açúcar … – não!

No Brasil, a principal alternativa são as sacolas de plástico oxibiodegradáveis. Elas vêm com um aditivo químico que acelera a decomposição em contato com a terra, a luz ou a água. O prazo de degradação é até 100 vezes menor, ou seja, uma sacola leva apenas três anos para desaparecer. O governo do Paraná distribui gratuitamente essas sacolas.

Mas, há controvérsias. Recente pesquisa concluída por um brasileiro mostra que não é bem assim. O engenheiro de materiais Guilherme José Macedo Fechine, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, realizou uma bateria de testes com um tipo de plástico oxibiodegradável vendido no mercado nacional e constatou que, apesar de ele se fragmentar e virar pó, não é consumido por fungos, bactérias, protozoários e outros microorganismos – condição necessária para ser considerado biodegradável e desaparecer do solo ou da água.

Peloamordamãeterra, de novo a balela de que uma pesquisa de um brasileiro, uma única pesquisa conduzida por um sujeito de má fé que criou seu aditivo e criou seu plástico e inventou resultados a mando da máfia do plástico e que depois teve que desmentir tudo o que disse … até quando iremos ouvir estas besteiras, a respeito de uma pesquisa furada, quando temos dezenas de pesquisas nacionais e internacionais, conduzidas por pesquisadores sérios, instituições sérias, até quando? Por que será que ouvem as mentiras da máfia e não ouvem a voz da ciência? Plástico oxibiodegradável é biodegradável, é reciclável, é o plástico ideal por ter seu tempo de vida útil programado para aproximar o ciclo de vida da embalagem ao ciclo de vida do produto contido na embalagem, tudo comprovado cientificamente por dezenas de laudos, dezenas de pesquisas, dezenas de pesquisadores nacionais e internacionais, por dezenas de institutos de pesquisa renomados!!! Gravaremos esta resposta para não ter que escrever tudo de novo a cada vez que alguém escreve besteiras a respeito da melhor solução encontrada atualmente – nossa matriz energética mundial é petróleo, a cada barril refinado sobra até 7% de nafta, que se não for transformado em plástico será queimada nas próprias refinarias. O único problema é que esse plástico dura 500 anos, ou melhor, durava, até a invenção do plástico com ciclo de vida programado – para o problema do plástico de uso único!!!

 No início do ano, o governador José Serra vetou um projeto de lei da Assembleia Legislativa paulista que tornava obrigatório o uso de sacolas plásticas com o aditivo oxibiodegradável porque havia dúvidas sobre o real benefício ao meio ambiente. “Meu estudo comprovou que não são biodegradáveis”, afirma Fechine, que acaba de retornar da Bélgica, onde participou de um congresso internacional sobre modificação e degradação de polímeros, o Modest 2008.

Esse fechine continua mentindo, mesmo tendo que se retratar anteriormente sobre o assunto. Fazer o que, ele deve ter interesses que não conhecemos para falar estas besteiras mesmo sem ter provas do que fala.

Em 2009 o então Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criou no Rio de janeiro a Campanha “Saco é um saco”, que consistiu, entre outras coisas, a criação do “dia sem sacola”. O desafio, para todos os brasileiros foi o de recusar, durante, no mínimo, 24 horas, as sacolas plásticas.

O ministro defendeu a utilização de sacolas retornáveis e condenou o uso abusivo das sacolinhas plásticas, que acabam indo parar no lixo, ajudando a aumentar os níveis de poluição nos rios, córregos, mares, praças e parques, entupindo bueiros e causando todo tipo de dano.

E os supermercados, o que pensam disso?

Na guerra contra as sacolas plásticas, os supermercados foram um dos mais criticados, pois são os maiores provedores da sacolinhas para o lar.

O presidente da APAS – Associação Paulista de Supermercados, João Sanzovo Neto assinou, em Jundiaí, projeto-piloto para abolir a sacola plástica do comércio da cidade a partir de agosto de 2010. O projeto, que surgiu na Câmara Municipal, imediatamente recebeu o apoio dos supermercados locais. Os meses de junho e julho serão dedicados à campanha para conscientizar a população sobre a necessidade de usar sacolas retornáveis, sensibilizar o comércio e treinar as equipes do varejo. A partir de agosto nenhum estabelecimento comercial de Jundiaí oferecerá sacolas plásticas aos consumidores.

Mais uma cidade com políticos conscientes, preocupados com o planeta e a humanidade. Parabéns Jundiaí e se precisarem, contem com nosso apoio.

O Walmart Brasil lançou dia 12/03/10 o programa “Cliente Consciente Merece Desconto” em São Paulo. O programa começou em 3 lojas (Osasco, Tamboré e Morumbi), como um projeto-piloto. Em 60 dias atingiu todas as unidades do Walmart no país, ou seja, suas 436 lojas em 18 Estados Brasileiros, além do Distrito Federal, e consiste em dar desconto para quem recusar as sacolas plásticas. Além do programa, também em 60 dias todas as lojas terão um caixa preferencial para quem não usa os sacos plásticos.

Infelizmente o desconto não é o suficiente para mudar o comportamento do consumidor preguiçoso. Enquanto houver sacola sendo distribuida gratuitamente – sim, sabemos que o custo está embutido em cada produto, mas o consumidor parece não saber – você verá só os ecochatos trazendo suas sacolas retornáveis para embalar as compras. Nós fazemos parte desse time de ecochatos, biodesagradáveis, porque desde 2005 ninguém da FUNVERDE utiliza sacolas plásticas de uso único para as compras no varejo, seja no supermercado ou na farmácia.

Xanxerê, uma cidade de 42.000 habitantes, em Santa Catarina também conseguiu cortar 91% do uso de sacolinhas desde abril de 2009, quando os supermercados passaram a cobrar pelas sacolas plásticas. Xanxerê não tem lei que proíba o uso de sacos plásticos, a iniciativa partiu da sociedade civil e tomou proporções maiores. Anteriormente eram usadas 1 milhão de sacolas por mês na cidade.

Xanxerê não tem lei que proíba o uso de sacos plásticos. A iniciativa para reduzir o consumo partiu da sociedade civil e começou com uma campanha da prefeitura local, informa o Ministério do Meio Ambiente. Anteriormente, eram usadas 1 milhão de sacolas por mês na cidade.

Xanxerê é modelo para o país e sempre que vamos a eventos sobre o fim das sacolas plásticas de uso único convidamos os supermercadistas de lá para darem seu depoimento de como é fácil desplastificar o mundo. Xanxerê completou 1 ano sem sacolas em primeiro de abril de 2010.

O grupo Carrefour tem a meta mundial de zerar o uso de sacolas plásticas até 2015. O diretor de sustentabilidade do Carrefour Brasil, Paulo Pianez, diz que eliminou o uso das sacolas plásticas na sua unidade de Piracicaba, interior de São Paulo e a meta no país é reduzir 50% o uso das sacolinhas, inicialmente, e em 2015, zerar o consumo.

Pianez cita que a grande dificuldade do projeto é driblar a “relação afetiva” que o brasileiro tem com a sacola e que, por isso, é preciso dar ao consumidor outras alternativas e mostrar a ele os danos da embalagem. “O brasileiro usa sacola para lixo em casa, para guardar roupa molhada da academia, leva para praia. Não podemos retirar tudo e não mostrar opções. Temos que investir no consumo racional das sacolinhas, na reutilização delas”, afirma Pianez.

Vixi, isso é mau, muito mau. Antes era 2014, agora mudaram a data do banimento para 2015. We smell rats! Se a cada mês o Carrefour joga no Brasil 150 milhões de sacolas, mais um ano corresponde a quase 2 bilhões de sacolas a mais para ficar poluindo o planeta por 500 anos. Não dá para confiar nesses varejistas de jeito nenhum.

Oba, chegando a copa do mundo todo mundo usa o futebolês para ilustrar qualquer frase. Então vamos aderir. Pianez, drible a relação afetiva do consumidor com as sacolas simplesmente parando de distribuir estas porcarias inúteis em dezembro de 2010 e assim, marque um gol para a humanidade e o planeta.

“O brasileiro usa sacola para lixo em casa, para guardar roupa molhada da academia, leva para praia”. Hmmm, esquisito, o Pianez está usando o discurso “o plástico é fantástico” da plastivida. Muito esquisito …

Pianez, lixo se embala em saco de lixo com tempo de vida útil programado e feito de plástico reciclado para incentivar a cadeia da reciclagem, ninguém recicla sacola plástica jamais é reciclada e você sabe muito bem disso, pois são necessárias 800 delas para o catador conseguir alguns centavos, o mesmo que conseguiria coletando pouco mais de 50 latas de alumínio. O saco plástico de uso único quando usado para acondicionar lixo fica sujo e por isso não pode ser reciclado. Mude o discurso fútil e faça algo útil. Ordene o fim da distribuição das sacolas plásticas de uso único em sua rede em dezembro de 2010. Mais ação e menos discurso, é disso que o planeta precisa, Pianez.

Já os Supermercados Comper, em Mato Grosso do Sul e toda a rede, realizam campanhas para reduzir o consumo de sacos plásticos. Visando a sustentabilidade, começaram a vender sacolas retornáveis para incentivar a mudança de hábito dos consumidores, e as sacolas plásticas estão com mensagens do tipo “Recicle, use menos e diminua o consumo de plástico. Colabore com o meio ambiente usando sacolas retornáveis.”

De acordo com a gerente de Operações da empresa, Izilda Maria da Silva, a venda deste produto faz parte da campanha Economia da Sacola Plástica que já tem 2 anos. Mesmo com o trabalho de conscientização ela aponta que ainda são poucas as pessoas que fazem uso do acessório. Izilda diz que apenas 2% dos clientes vão às compras com a sacola reutilizável.

Repetindo: ninguém, além dos chaatos e chiitas, irá usar sacola retornável enquanto houver distribuição de sacola plástica de uso único.

A rede Econômica, maior rede varejista do MS, que possui 56 lojas, apóia o projeto de eliminar as sacolinhas dos supemercados. “É verdade que não é uma prática muito funcional, mas é de extrema importância não só para o setor varejista, mas a população como um todo deve se preocupar com a questão ambiental, todos colaboram para a melhoria ou problemas existentes no planeta”, afirma o presidente da Rede Econômica de Supermercados, Edson Veratti.

A indústria de plástico rebate

Assim que o Ministério do Meio Ambiente lançou em junho de 2009 a campanha “Saco é um Saco” alertando a população para o problema, convidou cada cidadão para usar seu poder de consumidor e fazer uso consciente das sacolinhas plásticas; a indústria do plástico reagiu imediatamente: colocou na televisão uma campanha simpática para dizer que “plástico é legal”, que a sua adoção significou um inegável progresso, que não podemos viver sem ele.

Publicou também um informe nos jornais brasileiros, dizendo: “O plástico faz parte da vida contemporânea, é 100% reciclável e está em milhares de produtos. Sem ele, não haveria computadores, seringas descartáveis, bolsas de soro e de sangue para salvar vidas. O plástico tornou os automóveis mais leves, reduzindo a emissão de CO2, causador do efeito estufa. As sacolas plásticas são reutilizáveis, práticas, higiênicas e têm múltiplos usos. São particularmente importantes para 80% dos consumidores que fazem compras a pé ou de ônibus”.

Se o consumidor conhecesse o conforto da alça de uma sacola retornável, que não estrangula os dedos, que dá para carregar na mão ou no ombro, que em uma única sacola retornável cabe o que seria necessária usar 5 sacolas plásticas de uso único, que jamais irá arrebentar, que é só lavar às vezes e pode ser utilizada por muitos anos … enfim, a sacola retornável só traz benefícios para o consumidor e se ele soubesse disso, jamais iria tocar em uma sacola plástica de uso único novamente. Principalmente o consumidor que faz compra a pé ou de ônibus, que ao invés de carregar 50 sacolas plásticas de uso único pode carregar 10 sacolas retornáveis, sem aquela lambança que faz uma sacola plástica de uso único. Imagine o consumidor em um ônibus com um monte de sacolas plásticas de uso único, que não tem uma base e portanto tudo se espalha no chão do ônibus, na hora de descer do ônibus o consumidor tem que achar a alça de cada uma delas e encaixar nos dedos, uma bagunça. Não adianta, é ridículo usar a palavra conforto e sacola plástica de uso único em uma mesma frase.

E a indústria plástica tem que parar de dizer que nós demonizamos o plástico de uso único. Eles fazem isso para nos desacreditar, mesmo sabendo que nossa luta é contra a sacola plástica de uso único e todos os plásticos que nós iremos conseguir transformar em plásticos com ciclo de vida controlado para aproximar o ciclo de vida do da embalagem ao ciclo de vida do produto. Eles falam de bolsas de soro e seguingas, que devem e podem ser fabricados com plástico com ciclo de vida útil programado e tantos outros plásticos, que tem utilização por minutos e depois ficam séculos e séculos poluindo o planeta.

Os fabricantes se comprometeram, também, a produzir sacolas mais resistentes (para evitar uso em excesso e, com isso, reduzir o volume em 30%), estimular a utilização de sacolas plásticas de uso contínuo e desenvolver ações de educação sobre consumo responsável, coleta seletiva, reciclagem e utilização dos plásticos para a geração de energia.

Quanto às ações de educação até agora a máfia do plástico não fez nada, mesmo tendo uma verba de 18 milhões e 600 mil só para o ano de 2010 para desenvolver estas ações. Quanto a reduzir o volume das sacolas em 30%, do que adianta, se eles estão fazendo as sacolas com 30% a mais de plástico? Isso é de uma safadeza sem tamanho, uma ação para posarem de heróis, enquanto não perdem um centavo e continuam a poluir o planeta como antes.

A Plastivida, Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos chama a sociedade para a reflexão sobre o papel de cada cidadão na preservação ambiental. Ela analisou a questão das sacolas plásticas, através de pesquisa Ibope (2009), para verificar a importância das sacolas no cotidiano das pessoas. O resultado mostrou que 73% das entrevistadas utilizam as sacolas para acondicionar o lixo doméstico, 69% consideram as sacolas a embalagem ideal para carregar suas compras e 75% dizem que é função do varejo fornecer as sacolas.

Uma vez que a sacola plástica representa comodidade e economia para a dona de casa, a Plastivida acredita que o consumo responsável é a melhor opção para que este tipo de embalagem possa continuar a ser usado.

Claro que a plastimorte vai defender o plástico, ela foi criada pela indústria do plástico para defender o seu produto. Claro que a dona de casa não quer mudar e eles usam este argumento para também não mudarem. Depende de nós, ambientalistas e políticos acabarmos com a farra do plástico no país, pois se depender do consumidor, da plastimorte e da máfia do plástico, estaremos vivendo sobre montanhas de plásticos, logo, logo.

E como se posiciona o consumidor nesse contexto?

“Novamente, não é simples, pois sabemos que no nosso país é bastante comum a utilização da sacolinha plástica para acondicionar o lixo, sobretudo doméstico. É prático, confortável. Para quem, perguntamos? Como repetir diariamente esse comportamento sem nenhum questionamento? Tomamos, por acaso, remédio sem ligar para seus efeitos colaterais?” provoca Samyra Crespo, Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.

“Sou totalmente a favor da diminuição do uso de sacolas plásticas. Isso já virou um hábito irracional. Muitas vezes, vamos à farmácia, compramos um comprimido que cabe na bolsa e levamos pra casa dentro de uma sacolinha de plástico. Carrego sempre comigo uma sacola de pano, caso eu precise transportar alguma coisa. São pequenas atitudes que fazem toda a diferença! Aprendi isso quando morei na Alemanha. Lá também as sacolas são banidas dos supermercados. Se você quiser, tem que comprar. E as sacolas disponíveis são sempre de plástico mais resistente, como aquelas sacolas de feira, pra que possam ser reutilizadas”, afirma a consumidora Camila Pessoa.

Já Lisandra Alves acredita que o problema é a falta de educação das pessoas, que joga não somente sacolas, mas muito lixo em qualquer lugar. “Acho que os supermercados devem manter as sacolas, pois facilita para todos: quem vai de carro, e tem que levar as compras do carro para a residência, quem vai a pé depois do trabalho e tem que pegar ônibus, quem vai de bicicleta e tem que levar no guidão, dos trabalhadores deste setor… A sacolinha só tem a acrescentar”, afirma Alves.

Ahãm Camila, a sacolinha so tém a acrescentar, a acrescentar lixo no planeta.

Marcelos Bastos, Auditor Ambiental, também acredita que o problema não é sacola, e sim a educação da população. “Além de não ser tão efetivo no campo ambiental, a proibição do uso das sacolas plásticas, criaríamos um outro impacto que é o social pois centenas de pequenas e médias empresas e milhares de empregos seriam reduzidos senão eliminados caso da troca radical e para “ambientalistas” profissionais sabemos que impacto social é um dos principais fatores do impacto ambiental. O que devemos é incentivar como sociedade e governo o desenvolvimento de novas tecnologias e repassá-las ás empresas para se adaptarem ao novos mercados de forma gradual.

Criticar as sacolinhas e por a culpa nelas é tirarmos a responsabilidade de cada um e também do Estado que tem sua política de tratamento de lixo e coleta ridícula além de não levar a educação ambiental para as escolas de forma efetiva”, afirma Bastos.

Mato Grosso do Sul, como fica?

Um projeto de lei foi apresentado pelo deputado estadual Paulo Duarte (PT) , regulamentando o uso de sacolas plásticas em Mato Grosso do Sul, mas foi vetado pelo governador do Estado, André Pucinelli (PMDB). O projeto previa a possibilidade de os estabelecimentos comerciais oferecerem gratuitamente aos seus clientes sacolas de material biodegradável ou reutilizável para embalagens de mercadorias. O veto ainda será analisado pela Assembleia.

A argumentação do governador na mensagem de veto, é que se as sacolas não forem distribuídas gratuitamente, os consumidores acabarão comprando e os prejuízos ao meio ambiente ocorrerão da mesma forma, com o agravante de onerar o consumidor.

Paulo Duarte defende seu projeto de lei, informando que as sacolas já são pagas pelo consumidor, mas a diferença é que o preço está embutido nas mercadorias, passando a falsa impressão de que é gratuita. “O projeto visa estimular o uso consciente das sacolas. Quando o consumidor souber efetivamente pelo que está pagando, vai fazer o uso racional das sacolas, comprando apenas o que vai precisar”, afirmou Duarte.

Burro esse esse governador. Em qualquer lugar onde as sacolas pararam de ser distribuídas gratuitamente – vide Xanxerê e em outros países – o seu consumo praticamente deixou de existir. Ele deveria ler mais, se informar, antes de falar besteiras. Parabéns ao Deputado, esperamos que vocês derrubem o veto do governador mal informado para o bem do estado de Mato Grosso do Sul.

A população toma a frente

Enquanto algumas pessoas culpam o poder público, outras estão se mobilizando e tomando frente nesta “briga”, como é o caso de um grupo de pessoas da Capital, encabeçados por Geraldo Tomas, Val Reis, Liziane Berrocal e Cássio José, que se conheceram através do twitter, e com idéias parecidas resolveram criar uma mobilização para o uso consciente das sacolas plásticas. Para isso fizeram o dia100sacola, inspirado na campanha do Ministério do Meio Ambiente, “saco é um saco” e em 28 de novembro de 2009 foram para a praça Ary Coelho, juntamente com diversos twitteiros simpatizantes com a causa, trocar sacolinhas plásticas por sacolas reutilizáveis de tecido e uma muda de árvore nativa. A iniciativa superou as expectativas, foram arrecadados mais de 6km de plástico e distribuídas 650 sacolas reutilizáveis.

“Acreditamos que esta luta é de todos. Se cada um fizesse a sua parte, a mudança certamente viria. Não somos radicais em querer que as sacolas plásticas desapareçam do dia para a noite, o que queremos é conscientizar a população de que o uso em excesso destas sacolas estão causando diversas catástrofes ambientais. É muito lixo, se você andar pela cidade, vai encontrar diversas sacolinhas voando por todo lado”, afirma Cássio José, consultor financeiro.

Nova iniciativa acontecerá em 26 de junho, novamente em um espaço público. “O problema das sacolas plásticas apareceu nos comentário do pessoal que participa da rede social. Muita gente falou sobre as margens dos rios do Estado, que estão poluídos com inúmeras sacolinhas”, afirma Liziane Berrocal, jornalista. “E como o saco plástico é leve, acaba chegando ao pantanal, na beira dos córregos e em áreas de preservação, o que é muito prejudicial”.

“A perspectiva é que neste segundo evento, a promoção ultrapasse a marca dos 30 km arrecadados (As sacolinhas são amarradas uma na outra, formando uma grande corrente) e a distribuição será de 3.000 sacolas de tecido e cerca de 2.000 mudas de plantas nativas. Além disso, está programado um seminário para discussão do assunto e faremos algumas ações em escolas, pois a criançada é a maior multiplicadora da campanha.”, afirma Geraldo Tomas, consultor de seguros.

O grupo de pessoas que está se mobilizando para fazer parte do evento é grande. São pessoas que simpatizam com o meio ambiente, na sua maioria composta de twiteiros, da capital, e com o mote da campanha: “faça parte desta corrente”, o grupo parte em busca de patrocínio para viabilizar todos os eventos, e com isso, conscientizar o maior número de pessoas possível e atingir o objetivo, que é o de consumo consciente de sacolas plásticas.

Fonte – Midiamax News de 01 de junho de 2010

Foto –  tradeshowmall

This Post Has One Comment

  1. Não faz sentido esta campanha, não adianta jogar nas costas do consumidor esta responsabilidade. De que adianta eu usar sacolas de tecido para colocar dentro dela um montão de embalagem plásticas como: coca-cola, amaciante, iogurte, arroz, feijão, a tapoer; aquela usado para guardar alimentos também de plástico e finalmente aquele saco preto onde nós, todos nós jogamos o lixo domiciliar.
    Acho que esse campanha deve começar lá nas indústrias, lá em Brasilia com projétos para mudar as embalagens dos produtos comercializados.
    Jogar uma responsabilidade dessas nas costa dos consumidores é covardia. Há os carros também tem muitas partes de pláticos!Recusar sacolas pláticas só vai deixar mais ricos os donos de supormercados e os vendedores de sacolas de tecido.
    As sacolas são uma gota no oceano de plático no mundo

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