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Sacolinha plástica? R$ 0,12, por favor

Bom Dia Bauru de 05 de junho de 2008

No Dia Mundial do Meio Ambiente, simples ações mostram como é fácil – e prazeroso – andar lado a lado com o verde

A natureza agradece

Em uma iniciativa inédita na cidade de Jundiaí, um supermercado passou a cobrar R$ 0,12 por cada sacola plástica usada pelo consumidor no momento de levar as compras para a casa. O motivo: diminuir o impacto das tradicionais sacolinhas no meio ambiente.

A idéia partiu do atacadista Roldão, que começou, em agosto, a cobrar pelo produto com o objetivo preliminar de auxiliar uma entidade da cidade.

Porém, o trabalho passou a ser ainda mais amplo. “É um trabalho de reeducação ambiental com os nossos clientes. A meta é substituir as sacolas plásticas por retornáveis. Há uma lei tramitando que logo vai obrigar a substituição dessas sacolas plásticas – que levam, em média, cem anos para se degradar”, explica a gerente de marketing da rede, Ana Paula Hass. “E a idéia vem dando certo: muitos de nossos clientes levam sacolas para a loja a fim de evitar o custo extra”, completa.

Claro, óbvio, quem gosta de queimar dinheiro? Nem os loucos.

Fantástica ação.

Consumo

Levantamento feito pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) apontou que, mensalmente, são consumidas cerca de 60 milhões de sacolinhas plásticas nos supermercados paulistas.

Hahahahaha, quem acredita nesta lorota? Se no estado do Paraná inteiro, com menos de 9 milhões de habitantes são consumidas mensalmente 1 bilhão e 200 milhões de sacolas, este número no mínimo é criminoso de se divulgar, mas sabe porque eles dão este número ridiculamente pequeno? Para não atrair a atenção do ministério público que poderia, a exemplo do nosso maravilho Paraná, exigir que para cada sacola distribuída, os supermercadistas recolham o mesmo número de sacolas do ambiente.

Esses caras não tem vergonha na cara ou então pensam que o cidadãos são estúpidos.

“A conta está na média de 1,6 unidade por habitante do Estado [41,2 milhões de pessoas, segundo dados da Fundação Seade]”, afirma o presidente da Apas, João Sanzovo Neto.

Se temos que no Paraná – um certo passarinho nada verde do alto escalão do setor plástico nos contou sem querer em abril do ano passado – temos uma população de 9 milhões de pessoas e o consumo do plástico no estado passa de 1 bilhão e 200 milhões, extrapole este consumo para uma população de 41,2 milhões de pessoas no estado de São Paulo. Presidente da apas, por favor, não substime nossa inteligência, por favor.

Neste sentido, a entidade tem mostrado interesse em trabalhar na pesquisa de alternativas biodegradáveis para as embalagens e para a conscientização do uso das sacolas e carrinhos de feira.

Entre as iniciativas ecologicamente corretas, está a sacola feita de plástico oxi-biodegradável, material que se decompõe em até 18 meses em contato com o calor, o ar e a umidade.

Para o professor de engenharia ambiental da Escola Politécnica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Haroldo Mattos de Lemos, a alternativa pode não ser a melhor opção.

O professor afirma que a sacola feita com esse material se degrada mais rapidamente – porém, os resíduos não desaparecem. “É substituir uma poluição visível por uma invisível”, diz.

Incrível, mesmo com várias dezenas de laudos internacionais e nacionais comprovando a eficácia e a segurança do plástico oxi-biodegradável, sempre tem um ser invisível – para a mídia – querendo seus 15 minutos de fama dando palpite sem ter um laudo para sustentar esse palpite.

Aproveitadores do inferno. Se se considerassem mesmo pesquisadores sérios, iriam pesquisar uma solução perfeita, já que criticam tanto a solução oxi-biodegradável, mas não … é mais fácil tentar – veja bem que eu disse tentar, porque nunca conseguem – a fama instantânea, denegrindo o trabalho de centenas de pesquisadores sérios e competentes ao redor do globo.

Então né, esta é a alternativa encontrada por pessoas sem competência, tripudiar em cima da seriedade dos competentes.

Grandes redes, como Pão de Açúcar e Wal Mart, também passaram a adotar iniciativas para acabar com as sacolas plásticas. Entre elas, está o lançamento de sacolas de pano, como alternativa pró-meio ambiente.

Pano volta a ser a vedete da moda

As sacolas de pano utilizadas pelas gerações passadas nos momentos de compras, seja em feiras livres ou em supermercados, acenam como a grande vedete para substituir, de forma ecologicamente correta, a atual supremacia do plástico.

E esse espírito ecológico tem feito a cabeça dos paulistanos – prova disso é que a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo idealizou até uma mostra itinerante, batizada de “Eu Não Sou de Plástico”, para incentivar redução do uso de sacolas plásticas.

De olho no nicho fashion que se forma em torno do tema, centenas de estilistas propuseram modelos de todos os tipos para mobilizar o consumidor a abandonar o uso do plástico nas compras.

Esta é a solução ideal, a velha e boa sacola retornável, também chamada de embornal ou picuá aqui no sul.

Esta é a única solução aceitável dentro do prazo que estipulamos para a transição da sacola plástica de uso único após 2010.

Afinal estamos desde 2005 lutando para que esta troca ocorra e estipulamos o prazo máximo de 5 anos e sabemos que estamos no caminho certo, porque nosso projeto está se multiplicando, cidade a cidade, estado a estado a passos rápidos mesmo com a petromáfia tentando destruir nosso projeto.

Fazemos isso por puro egoísmo, porque queremos que nossos descendentes tenham  um planeta menos poluído para viverem.

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