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Shoppings serão vistoriados para substituição de sacolas pela SEMA

Meffi

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos começa nesta segunda-feira (14) a vistoriar as lojas do interior do Paraná para orientá-las quanto à substituição das sacolas feitas com plástico convencional.

A primeira cidade visitada será Londrina, onde a equipe irá aos shoppings Catuaí e Royal Plaza nesta segunda-feira.

Em Maringá a vistoria será na terça-feira a partir das 10:00.

Às 09:30, no fórum de Maringá, acontecerá a assinatura pela secretaria estadual do meio ambiente pelo Senhor Laerty Dudas responsável pelo programa resíduo zero e o promotor do meio ambiente de Maringá, Doutor Manoel Ilecir Heckert do informativo que será entregue aos lojistas.

A ação faz parte do trabalho realizado pela Secretaria em conjunto com o Ministério Público Estadual buscando a alternativa ou substituição das sacolas plásticas em estabelecimentos que as utilizam em grande quantidade. Estima-se que no Paraná sejam utilizadas cerca de 500 milhões de sacolas a cada mês.

Durante a vistoria, será entregue aos lojistas um informativo sobre o trabalho que a Secretaria, por meio do Programa Desperdício Zero, vem desenvolvendo e também um ofício requisitando a apresentação de alternativas às sacolas plásticas em um prazo de 11 dias.

Estamos a caminho do final do projeto sacolas ecológicas – retornáveis e de plástico oxi-biodegradáveis, pelo menos no Paraná, depois de 3 anos desenvolvendo este projeto, indicando leis, assessorando deputados, vereadores e prefeitos, lutando contra a plastivida e as petroquímicas que não se interessam pelo planeta, apenas pelo lucro desenfreado.

Não foi fácil, foram 3 anos de audiências públicas, calúnias, mentiras, mas, finalmente, a verdade aparece, com seus inúmeros laudos internacionais e agora nacionais, atestando que, se não é o ideal, é muitíssimo melhor usar plástico oxi-biodegradável que em 18 meses terá se decomposto do que plástico convencional que demora 500 anos para se decompor.

Isto é a prova de que a união do terceiro setor com o primeiro setor pode dar certo.

Em 2004, no início do projeto mata ciliar, descobrimos um enorme problema, que era a plástificação dos fundos de vales e rios.

Durante o plantio das margens dos rios também fazemos limpeza e não adiantava limpar nada, porque a cada chuva as maditas sacolas voltavam a poluir os cursos de água.

Resolvemos que isso tinha que acabar e de 2004 a 2005 procuramos uma tecnologia ambientalmente correta que pudesse substituir o plástico de uso único convencional, um projeto paralelo à solução final, que é a sacola retornável, a solução ideal para sacolas de compra.

Primeiro nós cogitamos a tecnologia de biodegradabilidade, a qual não foi possível aplicar devido primeiro ao custo altíssimo para os comerciantes e mais importante, pelo custo ambiental, porque é uma sandice desperdiçar terra fértil e água para plantar sacolas, seja de papel ou de plástico biodegradável. O plástico biodegradável tem ainda outra desvantagem, precisa ser colocado em ambiente biologicamente ativo para se decompor, ou seja, em cima de uma árvore vai demorar séculos para se decompor, então, nao aprovamos.

A tecnologia que era aplicável no momento era a de oxi-biodegradabilidade, que não alterava nada a matriz, que é o petróleo, o custo para o comércio era aceitável e sabíamos que se fosse consumido em grande quantidade o preço seria quase o mesmo, não alterava o maquinário para ser produzido, evitando desemprego, já éra utilizado em muitos países, haviam laudos internacionais que atestavam sua segurança, inclusive no contato com alimentos e sua eficácia, resumindo, era a tecnologia ideal no momento.

Então, escolhemos essa tecnologia para iniciar o projeto em 2005 e iniciamos com a apresentação para o ministério público e para o governo do Paraná.

Era um projeto para acabar com a plastificação do Paraná e depois do Brasil.

Nós tivemos um grande apoio do ministério público através do Doutor Saint Clair Honorato e do governo do Paraná, que viram nesta tecnologia a solução para as mais de 1 bilhão e 200 milhões de sacolas distribuidas mensalmente no estado somente nos supermercados.

Foram solicitados os laudos internacionais para os representantes das 3 tecnologias internacionais, uma do Reino Unido, outra da Austrália e a terceira do Canadá.

Apenas o representante da tecnologia inglesa nos forneceu todos os laudos internacionais e providenciou todos os laudos nacionais solicitados, o que nos deixou mais confiantes ainda na tecnologia.

Primeiro foram os supermercados, que neste mes, representados pela APRAS – associação paranaense de supermercados, aceitaram ou utilizar sacolas retornáveis de qualquer material que não seja plástico convencional, ou não distribuir mais sacolas ou ainda, se forem distribuir sacolas de uso único, que seja de plástico oxi-biodegradável.

Agora com esta visita aos shoppings, que são grandes geradores de sacolas plásticas, temos dois setores que deixam de plastificar o Paraná.

Claro, que depois vem as videolocadoras, farmácias, padarias e comércio em geral, mas isso é o passo seguinte.

Então Parabéns ao ministério público do Paraná, ao governo do Paraná e finalmente – sem nenhuma modéstia – parabéns para nós da FUNVERDE, que não ficamos reclamando quando nos deparamos com um problema, vamos atrás da solução e ainda aplicamos esta solução.

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