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“Um insulto para a nossa vida selvagem nacional”: Trump reverte banimento à OGMs e pesticidas que matam abelhas

Créditos da foto: Amy Whitehead/Flickr/cc

Enquanto autoridades reguladoras em outras regiões do mundo têm trabalhado recentemente para banir pesticidas que envenenam abelhas chamados neonicotinoides, que os cientistas têm, há tempos, alertado que poderia causar um “armagedom ecológico”, a administração Trump acabou de reverter uma política da era Obama que tinha proibido o uso de neonicotinoides e plantações geneticamente modificadas nos abrigos de vida selvagem da nação.

CEO e presidente do Defenders of Wildlife, Jamie Roppaport Clark, que trabalhou como diretora do Serviço de Peixes e Vida Selvagem dos EUA (FWS) durante a administração Clinton, chamou a ação de “um insulto aos nossos abrigos de vida selvagem nacional e à vida selvagem que depende deles”.

“A agricultura industrial não deve se meter com as terras públicas dedicadas à conservação da diversidade biológica e à proteção das nossas espécies mais vulneráveis, incluindo polinizadores como abelhas da espécie Bombus e borboletas-monarcas”, ela adicionou.

A reversão foi revelada no memorando de 2 de agosto do FWS assinado pelo diretor da agência, Gregory Sheehan, e postado online pelo grupo de Clark. Sheehan retirou o memorando de 2014 que estabelecia o banimento universal – o qual foi louvado como “uma vitória nacional de quase dez anos de produção”- e introduziu uma nova política: gerentes de abrigos e representantes oficiais irão, a partir de agora, considerar o uso de plantações geneticamente modificadas e neonicotinoides”.

Sheehan alegou que mesmo que “em alguns casos a defasagem dessas práticas era apropriada e vantajosa”, o banimento “não fornece a extensão para os gerentes dos abrigos trabalharem e tomarem decisões sobre o melhor jeito de cumprir as propostas do abrigo”.

Divulgada pouco depois dessa mudança de política, uma nova análise do Departamento da Califórnia de Regulação de Pesticidas reforçou uma crescente montanha de pesquisas que determinaram que os neonicotinoides comuns são prejudiciais às abelhas e outros polinizadores.

“Quanto mais aprendemos sobre a toxicidade dos neonicotinoides, mais aparente fica que quase todas as plantas com néctar ou pólen e que recebam esse veneno são inseguras para as abelhas”, respondeu Nathan Donley, cientista sênior do Centro de Diversidade Biológica. “Essa análise importante é mais uma prova de que é hora de banir todo o uso desses pesticidas prejudiciais nas plantações.”

Fontes – Jessica Corbett, Common Dreams / Tradução Isabela Palhares, Carta Maior de 09 de agosto de 2018

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