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Uma nova ética, um novo homem

westcountrysean

Só à espécie humana é dada a opção de destruir ou preservar.

Portanto, preservar ou destruir é uma opção.

Quanto maior a diversidade de espécies, mais estável e produtivo é um ambiente. Assim, manter biodiversidade é o único modelo sustentável possível. Por isso, destruir é menos inteligente que preservar.

O capital, em sua lógica predatória do lucro imediato, vê a natureza apenas como mercadoria. Todavia, como ela é finita e esgotável, com o tempo, subtrair mais que adicionar, a dilapidará de forma irreversível.

Nós, humanos, nos consideramos à parte do mundo natural. Aprendemos que ele existe para nos servir. Que, por isso, necessita ser controlado, transformado, vencido.

Ao nos considerar donos absolutos do mundo natural, confundimos o valor ético que tem a vida humana sobre as demais espécies. Esta confusão, contudo, é mais que oportuna pois, só dessa forma podemos explorá-lo sem nenhuma culpa.

No entanto, a exploração de outra espécie, pela espécie humana, é a mesma que chancela a exploração de um homem por outro homem. E a visão segregacionista da natureza (ela de um lado, nós de outro) é a mesma que justifica um mundo de oportunidades desiguais.

Por isso, os desequilíbrios ambientais são quase sempre a tradução de desajustes sociais.

E o mundo natural desequilibra-se entre aquele que nunca tem e aquele que quer sempre mais.

Ao tentar subjugar a natureza entramos em litígio com ela. A degradação é mera consequência.

Assim, do ponto de vista ambiental, a conduta humana é imoral.

Todas as espécies que conseguiram estabilizar-se na Terra, o fizeram seguindo estratégias de cooperação e solidariedade. As que se utilizaram de meios contrários, não sobreviveram.

Por tudo isso, uma nova ética na relação homem natureza nunca foi tão necessária. Não fosse por inúmeras razões, apenas por uma questão de sobrevivência. Nossa sobrevivência.

Luiz Eduardo Cheida

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