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Sacola tradicional substitui a de plástico

BeanBlossom

Cosmo online de 13 de dezembro de 2007

O que era apenas uma forma de contribuir com o meio ambiente se tornou uma tendência de comportamento. As sacolas de plástico, que durante pelo menos duas décadas foram sinônimo de praticidade em supermercados e feiras, perdem espaço para uma antiga tradição. As sacolas de fibras vegetais ou tecido utilizadas no tempo das avós para ir à feira ou ao supermercado estão em alta, com novidades de tamanho, preços e modelos. Esse crescimento é tão visível que é possível encontrar exemplos que vão desde estabelecimentos distribuindo sacolas de ráfia gratuitamente a clientes a lojas de grife, que apresentam opções de acordo com a moda.

No último domingo, o Varejão Andorinhas, no Jardim Nova Europa, entregou uma sacola de ráfia a cada freguês. “Trabalhamos com produtos da natureza e nada mais coerente do que usar embalagens ecologicamente corretas”, afirma a proprietária Rosane Henrique dos Santos. O próximo passo da comerciante é aposentar as bobinas de sacos plásticos que ficam ao lado das bancas de frutas e, para isso, já se prepara para o retorno de outro velho hábito, o uso de bacias para pesar os alimentos.

Requinte

Do pequeno comércio ao shopping. A loja de acessórios New Order, com franquias em 14 cidades brasileiras, instalada em Campinas no Galleria Shopping, tem em sua coleção de Verão uma maxibolsa. Pelo tamanho e modelo, a peça pode ser usada tanto na praia quanto no supermercado. “É uma opção fashion para as mulheres preocupadas com o meio ambiente”, explica a sócia-proprietária da franquia de Campinas, Andréa Trivelato. Nas cores amarela, branca, rosa e preta, custa R$ 227,00 é feita em náilon ou poliéster e tem 40 centímetros de largura por 50 de altura. “O produto foi criado a partir da tendência das imensas bolsas femininas. Apesar de a maioria das pessoas comprá-lo para ir à praia, temos enfatizado essa outra possibilidade de uso”, diz.

Antes de fazer a distribuição aos clientes, Rosane pesquisou durante três meses o material mais viável economicamente. O resultado foi a descoberta a ráfia, produzida com fio de palmeira. As sacolas são artesanais e, só no fim de semana, foram distribuídas mil peças, produzidas por Sebastião Brunete, de Jundiaí, que também espera uma retomada em suas atividades, iniciadas há quatro décadas. “Até me assustei quando o pessoal do varejão me ligou e fez a encomenda, mas depois comecei a receber contatos de outros lugares”, conta. Durante os últimos 15 anos, Brunete teve suas vendas restritas a poucos feirantes e vendedores nos velhos mercados municipais.

Para motivar a garotada a diminuir o uso do plástico, a professora Vera Silva Oliveira, do Liceu Nossa Senhora Auxiliadora, promoveu a produção de sacolas de algodão cru com 120 alunos de turmas de 7ª série. Uma funcionária da escola fez a costura e os estudantes, as estampas. Pode até parecer absurdo que a garotada decida usar uma sacola de tecido, mas o colorido garante o sucesso. A aluna Júlia Castro decorou a sua com lantejoulas. “Ficou chique e deu vontade de usar”, diz. Colega de turma, Tamara Cury decidiu fazer um apelo. De um lado, pintou palavras como “poluição”. Do outro, as soluções e as belezas do meio ambiente. “Assim, são duas contribuições. Deixo de usar o plástico e chamo a atenção para o problema ambiental”, conta a garota.

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