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Os diversos tipos de plástico existentes hoje.

O plástico, hoje, está em quase tudo o que conhecemos, em quase todos os produtos que usamos diariamente, da cadeira ao automóvel, do computador ao calçado, ou ainda, protegendo, mantendo os produtos frescos e limpos, e levando informação impressa ao consumidor, ao embalar nossos alimentos.

Estamos tão acostumados com ele, que parece que sempre convivemos com os plásticos, mas faz pouco mais de 50 anos que ele apareceu em nossas vidas, para ficar. Hoje nossos rios, lagos, fundo de vales, nossos mares, estão tão poluídos com o plástico, que talvez esteja na hora de repensar o custo x benefício desta praticidade.

O plástico, como uma sacola plástica, não sai voando sozinha para poluir qualquer parte de nosso planeta.

Sempre tem um humano atrás desta ação. Precisamos começar a conscientizar nossa população a descartar corretamente o plástico – e todos os outros resíduos gerados – e em seguida, multar quem der a destinação incorreta, tanto ao plástico como a qualquer outro resíduo. Sabemos que somente pela dor ou pelo amor as coisas mudam.

Quando o plástico foi criado, sua matéria prima era o etanol, mas por motivos econômicos, foi trocada pela nafta, um subproduto do petróleo ou pelo gás natural.

Depois que o petróleo é extraído, passa por um processo de refino que produz uma série de subprodutos, como a gasolina, diesel, gás e nafta.

A nafta é a principal matéria-prima da cadeia produtiva da petroquímica e do plástico no Brasil, seguida do gás natural. A nafta passa inicialmente por um processo chamado craqueamento, que resulta nos petroquímicos básicos, tais como eteno, propeno e aromáticos.

A proporção da nafta em relação ao petróleo bruto é de 3 a 5% do volume processado. O restante são outros subprodutos.

O plástico, desde que foi inventado, foi uma grande ferramenta para a evolução humana, em especial na área de saúde.

Com o crescente aumento do preço do barril de petróleo, a indústria do plástico vem procurando uma nova matéria prima, e recentemente, a Braskem inventou o pseudo plástico verde como é chamado por eles, o qual é produzido a partir de etanol da cana de açúcar.

A diferença entre o plástico convencional feito a partir da nafta / gás natural e o plástico feito a partir do etanol da cana de açúcar é nenhuma.

O tempo para decomposição dos dois plásticos é idêntico.

A única vantagem que existe sobre o plástico convencional é sua fonte renovável, enquanto o petróleo não é.

Em contrapartida, temos que utilizar dois recursos naturais cada vez mais escassos – terra fértil e água limpa – para plantar a cana de açúcar, processar e finalmente, fazer o plástico para, em muitos casos, utilizar em sacolas plásticas por meia hora e deixar para nossos descendentes resolver o problema causado por este resíduo.

A terra fértil e a água potável deste planeta estão sendo exauridos pela grande quantidade de seres para alimentar e saciar a sede.

Lembre-se de que existem hoje, mais de um bilhão de pessoas passando fome e sede no planeta.

Outro problema deste tipo de plástico é que quando é descartado em local impróprio, como em cima de árvores, nos lagos, rios, mares, ele continuará por centenas de anos nestes locais, visto que seu ciclo de vida é tão longo quanto o plástico originado do petróleo.

Outro tipo de plástico que muitos falam mas nem sempre conhecem, é o plástico biodegradável ou como tecnicamente é chamado: hidro-biodegradavel.

Ele deve ser compostado junto com resíduos orgânicos, por exemplo, restos de alimentos e vai ser digerido pelos microorganismos.

Alguns destes plásticos podem ser de origem renovável, não renovável, ou mistos.

Alguns produtos fabricados com este tipo de plástico recebem certificações de aprovação para uso em compostagem industrial controlada.

Plásticos hidro-biodegradáveis não podem ser reciclados junto com o plástico convencional.

A vantagem deste tipo de plástico é que terá uma vida curta no meio ambiente, desde que esteja em ambiente de compostagem ou biologicamente ativo.

O seu maior problema é o preço elevado da matéria prima para sua confecção. Além disto, requer modificação de máquinas e processos para ser produzido.

Embalagens plásticas produzidas com os hidro-biodegradáveis são mais espessas, consumem mais matéria prima e energia tanto na produção, quanto no transporte.

E se forem degradados por microorganismos anaeróbicos – sem a presença do ar -, o resultado será metano, gás 23 vezes mais potente como efeito estufa, além de ser explosivo.

O terceiro tipo de plástico, o qual a FUNVERDE dá total apoio e é a base do nosso projeto de sacolas ecológicas, é o plástico convencional feito a partir do petróleo, mas com tempo de vida útil controlado, tecnicamente chamado de plástico oxi-biodegradável.

Para transformar o plástico convencional em um plástico menos agressivo ao meio ambiente, é adicionado 1% de um aditivo que é chamado D2W (representado pela RES Brasil) da Empresa Symphony do Reino Unido.

Ele que faz com que a cadeia molecular do plástico, que é enorme, comece a oxidar e finalmente, quando se torna pequeno, os microorganismos entram em ação, começando a biodegradação.

Exatamente o que vai acontecer com os plásticos convencionais em 500 anos ou mais, só que, neste caso, em período de tempo muito menor – aproximadamente 18 meses -. O plástico oxi-biodegradável pode ser reciclado junto com o plástico convencional.

Mesmo o plástico verde da Braskem, pode receber este aditivo e ser tornar um plástico menos agressivo ao meio ambiente, podendo ter seu ciclo de vida útil controlado, degradar e posteriormente se biodegradar caso não tenha sido reutilizado, coletado e reciclado, evitando-se assim os danos ambientais causados pelos plásticos convencionais abandonados no meio ambiente e que lá ficam por séculos.

Hoje ainda não é o momento certo para a utilização do plástico verde, visto que o petróleo é a nossa matriz energética global e continuará sendo por mais alguns anos.

Caso plásticos deixem de ser produzidos a partir do etanol, a nafta – sub-produto do refino do petróleo – será queimada nas refinarias, o que é um contra-senso, destruir um produto, aumentando a temperatura do planeta sem ter uma utilidade para a humanidade.

Plantar cana e queimar a nafta é no mínimo ilógico.

Daqui a alguns anos, quando a matriz mundial de energia for deslocada do petróleo para outro produto, poderemos dizer se o “plástico verde” tem sua utilidade, apesar de que plantar plástico é um crime contra a humanidade.

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