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Apenas 3% do lixo seco gerado no Brasil é reciclado

Por Jovem Pan – 10 de outubro de 2022 – Dados apontam que 74,4% dos municípios brasileiros conta com sistema de reciclagem, mas de forma inicial, o que acaba sobrecarregando a destinação final.  Foto: Lixão da cidade de Ribeirão Preto, interditado pela CETESB, obriga a Prefeitura Municipal a exportar as 500 toneladas de lixo produzido pela população por dia, para o aterro sanitário de Guatapará.

Apenas 3% do lixo seco gerado no Brasil é reciclado.

O número parece baixo, mas segundo Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o dado é considerável quando se leva em conta o volume de lixo do país:

“Desse total que é gerado, pouco mais de 33% são materiais recicláveis secos. Então nós temos algo entorno de 27 milhões de toneladas por ano desses materiais recicláveis sendo gerados. Para que esses materiais descartados e resíduos recicláveis possam ser reaproveitados, nós precisamos de todo um processo de logística, separação e aproveitamento de forma a transformar esse resíduo em um recurso. Atualmente, o percentual de aproveitamento gira no entorno de 3%. Que se formos analisar, no todo o resíduo gerado no Brasil, dá mais de 2 milhões de toneladas por ano. É um volume bastante considerável que já está sendo aproveitado”.

Esse número pode aumentar com o desenvolvimento de uma estrutura necessária para reciclagem e coleta.

Dados da Abrelpe mostram que 1 em cada 4 cidades brasileiras ainda não contam com iniciativas de coleta seletiva.

O levantamento também aponta que 74,4% dos municípios brasileiros conta com o método, mas de forma inicial, o que acaba sobrecarregando o sistema de destinação final.

Cerca de um terço dos resíduos gerados no Brasil são materiais recicláveis secos, que somam 28 milhões de toneladas por ano.

A maior quantidade produzida é a de plástico, que totaliza 13,8 milhões de toneladas, seguido de papel e papelão, com mais de 8,5 milhões de toneladas.

Vidros, metais e embalagens multicamadas somam 5,2 toneladas anuais.

Esses materiais podem ser pedidos devido à falta de coleta seletiva.

“Se nós não tivemos um sistema de coleta seletiva, não adianta separar dentro de casa que esse material não vai chegar onde precisa. E se a indústria não estiver capacitada, habilitada e estruturada para receber o material, ele acaba se perdendo no meio do caminho”, explicou o diretor-presidente da Abrelpe.

A região Sul tem o maior percentual de municípios com iniciativa de coleta seletiva, com 91,2%.

Seguida pelo Sudeste com 90,6% e Norte com 65,3.

As regiões Centro-Oeste e Nordeste estão abaixo de 50%, com 49,5% e 43,3%, respectivamente.

  • Nota da FUNVERDE: Dizer que “não adianta separar dentro de casa que esse material não vai chegar onde precisa é errado. Precisamos separar em casa sempre. Isso faz parte do costume da família. Se o poder público não está fazendo a parte dele, é outra coisa. Nós cidadão precisamos fazer nossa parte que é separar o resíduo que reciclável. Em nossas casas é que definimos o que irá ficar eternamente em um aterro sanitário, irá para os rios em forma de esgoto ou irá voltar a ser reciclado.

 

 

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