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Caciopar pede cumprimento da lei que impede o fracking

Entidade que representa 46 associações comerciais e mais de 15 mil empresas formais do Oeste do Paraná, a Caciopar enviou correspondência ao governador Beto Richa com uma preocupação séria. A Coordenadoria pede a Beto que acione órgãos competentes ligados à esfera estadual a fim de que as determinações contidas na lei 18.947/2016 sejam efetivamente cumpridas.

A lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná e sancionada pelo governador impede estudos, diagnósticos e exploração do subsolo paranaense pelo período de dez anos. Associações comerciais, coordenadorias empresariais e entidades dos mais diversos setores organizados se mobilizaram para que a matéria fosse aprovada e pudesse proteger o território estadual da exploração do subsolo e de potenciais riscos à agricultura, à pecuária, à fauna e até mesmo às pessoas.

Entretanto, mesmo com a lei, a Global, uma empresa contratada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), segue com seu calendário de estudos em várias cidades paranaenses. Os relatos mais recentes vêm de Lindoeste, no Oeste, com a presença da estrutura da empresa há poucos quilômetros do Parque Nacional do Iguaçu. O PNI, que abriga as Cataratas do Iguaçu, é uma das reservas brasileiras mais conhecidas e importantes. Ela pertence inclusive ao patrimônio da Unesco, um dos braços da Organização das Nações Unidas.

Riscos

No documento que a Caciopar envia a Beto Richa, a entidade, com o suporte de associações da região, faz alertas sobre os riscos que os diagnósticos e o fracking representam. Há relatos, inclusive no Paraná, de imóveis com rachadura nas paredes e de fontes de água que secaram coincidentemente depois que as equipes, caminhões e equipamentos da Global passaram pelo local.

Além de ignorar a lei estadual, funcionários da empresa falam pouco sobre os testes e afirmam que não há qualquer risco e que o gás de xisto é uma viável e uma segura alternativa energética. Além de alertas ao governador, a Caciopar pede às associações comerciais da região que, em parceria com prefeitura e câmara, aprovem leis municipais que impeçam estudos, testes e a exploração do gás de xisto em seus territórios.

Fonte – Aqui Agora de 01 de fevereiro de 2017

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