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Camiseta feita de plantas e algas vira “comida de minhoca” após descarte

Por Marcia Sousa – CicloVivo – 16 de fevereiro de 2021

Tudo que você precisa fazer é lembrar de compostá-la no final de sua vida útil.

Uma camisa feita de plantas e algas que vira “comida de minhoca” 12 semanas após o descarte na natureza.

Assim é o novo modelo criado pela marca Vollebak.

Basta enterrá-la em seu jardim ou colocá-la junto ao composto.

A companhia Vollebak, que tem sede em Londres, ficou famosa no ano passado ao fabricar uma calça resistente à água, fogo e abrasões.

Um modelo que promete durar 100 anos.

Também lançou a primeira jaqueta de grafeno do mundo. Indo agora na direção contrária, lança um camiseta leve, macia e biodegradável como alternativa às camisetas de algodão.

“O futuro das roupas sustentáveis ​​provavelmente se baseará nos mesmos princípios que essa camiseta. Precisa ser ‘cultivada’ com o menor impacto ambiental possível. Quanto mais fácil de entender, melhor. E não deve exigir muito esforço. A única coisa diferente dessa camiseta é que ela cresce no solo e na água, e é aí que ela foi projetada para terminar também. Tudo que você precisa fazer é lembrar de compostá-la no final de sua vida útil”, explica a marca.

Processo

A camiseta é feita da polpa de madeira extraída de Manejo Florestal, ou seja, por meio de técnicas com menor impacto ambiental.

Eucalipto, Fagus e pinho-alemão são alguns dos gêneros usados na produção.

A polpa da árvore é transformada em fibra, depois em fios e finalmente em tecido.

Segundo a companhia, toda a madeira é extraída de plantações florestais sustentáveis e certificadas com os selos FSC e PEFC. 

As algas, usadas como pigmento natural, são cultivadas em biorreatores.

Com luz, dióxido de carbono e água, elas crescem rapidamente e são super adaptáveis.

Agora, para transformar as algas em uma tinta imprimível, a marca passa a água do biorreator através de um filtro que resulta em uma pasta de algas.

Tal pasta é então seca ao sol para criar um pó fino que, posteriormente, será misturado com um aglutinante à base de água para produzir tinta de algas.

“Enquanto procuramos alternativas para o tingimento químico, os pigmentos naturais produzidos pelas algas na forma de carotenóides e clorofilas parecem um dos substitutos mais sustentáveis”, explica a companhia. 

Fotos: Vollebak | Divulgação

Uma das grandes diferenças de um tecido comum para o modelo ecológico é que as cores podem mudar ao longo do tempo.

Isso porque assim que entra em contato com o ar, a cor começa a oxidar.

De qualquer forma, as instruções de cuidados são as mesmas. A única recomendação é lavar em água fria com o mínimo de sabão possível.

Totalmente biodegradável

Como é feita inteiramente de plantas e algas, a camiseta é totalmente biodegradável e compostável.

A velocidade com que a biodegradação ocorre depende do ambiente em que é exposto.

Quanto mais bactérias, fungos e calor da terra, mais rápido a camiseta desaparece.

Segundo a marca, enterrando no solo, a compostagem pode ocorrer em cerca de 12 semanas. “A camiseta que inicia sua vida na natureza é literalmente projetada para terminar lá também”, diz a companhia.

Mas, atenção, o fato dela ser facilmente biodegradável não significa que ela irá se desfazer durante o uso cotidiano.

Apenas quando enterrada no solo, em condições adequadas, as fibras passam a se decompor.

 

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