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Carvão e petróleo devem ficar no passado

Relatório da Agência Internacional de Energia mostra que metas para redução de emissões de carbono apresentadas por países são insuficientes para manter aumento da temperatura global em até 2ºC

A Agência Internacional de Energia (AIE) publicou hoje um relatório especial focado em energia e nas mudanças climáticas. O “Energy and Climate Change” (Energia e Mudanças Climáticas) é parte da famosa série de relatórios “World Energy Outlook”, referência na área de energia no mundo todo, e apresenta três cenários energéticos possíveis.

Um dos cenários considera as metas para redução das emissões de carbono já apresentadas pelos países e mostra que apenas com elas não será possível manter o aumento da temperatura global em até 2º C, limite considerado seguro para conservar a vida na Terra segundo cientistas. “Estamos muito aquém do compromisso que precisamos. O que está prometido até o momento deve ser o patamar mínimo do compromisso e não o máximo”, afirma o coordenador político internacional do Greenpeace para mudanças climáticas.

O segundo cenário, proposto pela AIE como uma alternativa, considera frear o aumento do uso de petróleo e de carvão nos próximos cinco anos e também incentivar as energias renováveis e adotar medidas de eficiência energética. Há também um terceiro cenário que considera o desenvolvimento de novas tecnologias.

Atualmente, a produção e o uso de energia são responsáveis por dois terços das emissões de gases de efeito estufa no mundo e este relatório especial representa a contribuição da AIE para a próxima Conferência do Clima que será realizada em dezembro, em Paris, e na qual espera-se ser assinado um novo acordo que substituirá o Protocolo de Kyoto.

“O relatório é positivo já que demanda metas mais ambiciosas dos países para diminuir as emissões de carbono”, continua Kaiser. Além disso, reconhece-se a necessidade de descontinuar o uso do carvão, de retirar os subsídios para os combustíveis fósseis e, ainda, que as energias renováveis tem um papel muito importante no futuro energético do planeta.

“Estamos à beira de uma nova era energética e a Agência Internacional de Energia reconhece isso. Em breve, o uso do carvão já será passado e o petróleo seguirá o mesmo caminho”, continua Kaiser.

No ano passado, as emissões de carbono na China diminuíram devido a uma redução no uso do carvão e o aumento da demanda por energia foi atendido por fontes renováveis. O caso chinês mostra que mesmo em um curto espaço de tempo é possível adotar fontes renováveis e que estas já podem atender a demanda de energia pelo mundo, ao contrário de tecnologias arriscadas como o a energia nuclear e a captura e armazenamento de carbono (CCS, em inglês), que apesar de ser mencionada no relatório da AIE ainda é incerta e pode causar graves riscos ao meio ambiente. “Nós temos que olhar para um futuro de energia 100% renovável”, diz Kaiser.

Fonte – Greenpeace de 15 de junho de 2015

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