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Chuvas revertem situação dos reservatórios

Por Redação do portal  Além da Energia de 04 de Maio de 2022 – Período chuvoso ocorreu como programado e tem mantido o crescimento dos reservatórios neste ano.

Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil devem chegar em agosto em seu melhor nível desde 2013.

Estratégicos, esses reservatórios funcionam como uma espécie de “caixa d’água” do país e indicam uma reversão do cenário de crise hídrica observado no ano passado.

A avaliação – feita na segunda quinzena de março pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) – mostra ainda que por trás da estimativa positiva estão as chuvas de 2021.

Diferentemente de 2020 – cujo período chuvoso começou em novembro, ou seja, atrasado – as chuvas do ano passado vieram como o esperado, iniciando-se em outubro e, desde então, têm escalado positivamente.

Com isso, o preenchimento dos reservatórios tem acontecido de forma contínua.

Em janeiro de 2022, o ONS tinha comprovado essa tendência ao analisar as chuvas de dezembro de 2021, responsáveis pelos bons resultados de três dos quatro subsistemas hídricos do país.

Apenas os reservatórios do Sul ficaram com o volume abaixo do projetado.

O ONS já tinha previsto o alto volume de chuvas em dezembro nos três subsistemas e vem fazendo outras avaliações positivas, com estimativas a respeito do volume dos reservatórios.

Mesmo considerando o pior cenário de chuvas, a previsão é de que os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, terminem o mês de agosto deste ano com 53% de armazenamento.

Esse subsistema concentra 70% da carga energética do Brasil.

As avaliações mais recentes do ONS dão um posicionamento ainda mais positivo.

No final de abril (28.04), o boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) indicou que os reservatórios tinham 66,48% de sua capacidade, algo bem próximo do que o ONS havia projetado anteriormente (67,3%).

O documento traz, ainda, os prospectivos para a carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) comparada a abril do ano passado. No SIN, a variação esperada é de 0,1%, atingindo o montante de 68.952 MW médios.

A região Sudeste/Centro-Oeste terá alta de 2,7% e 40.782 MW médios.

O subsistema Nordeste indica um crescimento de 1%, chegando a 11.303 MW médios.

O Norte permanece com uma variação negativa de 3,7 e 5.812 MW médios, ainda devido aos efeitos de uma redução parcial de um contrato de um consumidor do mercado livre de energia da região. Já o Sul terá um recuo de 7,6% e 11.054 MW médios.

Segundo o documento, a Média de Longo Termo (MLT), ou seja, a quantidade de chuvas que alimenta a vazão dos rios que chegam nos reservatórios das hidrelétricas, será de 133% no Norte e de 97% no Sul neste ano.

Já no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, ela chegará a 75% e, no Nordeste, deve ser de 43%.

Todos os indicadores consideram como referência o dia 30 de abril.

Estimativas confirmam tendência positiva dos reservatórios

Os números estimados para o quarto mês de 2022 confirmam uma tendência observada desde o começo do ano.

Entre os destaques da operação eletroenergética do SIN em fevereiro estão a melhora nas afluências, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste.

Dados do ONS mostram ainda que, ao longo do mês de fevereiro e dos 21 primeiros dias de março, foi possível obter um aumento do armazenamento no SIN de 18,6%, sobre o índice de 49,6% constatado no final de janeiro.

A expectativa para o armazenamento do SIN, no final de março, está entre 67,4% e 70,3%, a depender do cenário, conforme a revisão 3 do PMO de março.

Em fevereiro, a carga do SIN apresentou uma variação positiva de 2,1% em relação ao mês anterior.

Comparada a fevereiro de 2021, houve aumento de 1,1%.

A política de operação energética em março, por sua vez, foi focada por regiões, como é comum no ONS.

No caso do Sudeste/Centro-Oeste, o destaque foi a geração de acordo com os condicionantes hidráulicos e a maximização de exportação para o Sul.

Nesse último subsistema, o destaque foi a geração hidráulica, visando a preservação dos armazenamentos.

No Nordeste, o foco foi a manutenção da exploração das disponibilidades energéticas, maximização da exportação para SE/CO e Sul, respeitando-se as restrições hidráulicas e os limites elétricos vigentes.

No Norte, a operação envolveu a exploração das disponibilidades energéticas e maximização da exportação para SE/CO e Sul, considerando também os limites elétricos vigentes.

 

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