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Desastre de Fukushima, GE, e a contaminação

Desastre de Fukushima, imagem de barcos resfriando os reatores de fukushimaDesastre de Fukushima, resfriando os reatores. ( Foto: nikkeyweb)

Desastre de Fukushima contaminou o Pacífico

O desastre de Fukushima, Japão, em 2011 foi o pior acidente nuclear de todos os tempos. Superou o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Um tsunami causou o colapso na usina nuclear da TEPCO (subsidiária da General Electric) em Fukushima, derretendo três reatores que, por sua vez, liberaram radiação na água do mar.

Seis anos depois, Fukushima continua vazando

Passados seis anos do acidente a radiação continua vazando para o Pacífico. Por dia são mais de 300 toneladas que escapam para o mar. Não se sabe quando ela cessará, uma vez que é impossível chegar próximo aos reatores justamente em razão da radiação e calor. O relatório FUKUSHIMA WATER CONTAMINATION – IMPACTS ON THE U.S. WEST COAST diz que, em 2014 o FDA “não encontrou evidências de radiação na cadeia alimentar do USA em níveis que representem um problema de saúde pública”

Gráfico da radiação pelo ar

Desastre de Fukushima, ilustração de gráfico mostrando a radiação de Fukushima

Terríveis efeitos da radição, poucas horas depois do acidente, que até hoje vaza. Agora, com ameaça do reator ir pro mar…

E agora a radiação pelo mar…

Desastre de Fukushima, ilustração da radiação pelo pacífico

Entretanto, diz o relatório “Cientistas encontraram vestígios da contaminação de Fukushima a cerca de 100 milhas a oeste de Eureka, California. A quantidade de radioactividade relatada nestes dados são 1.000 vezes menores do que os padrões de água potável da EPA”.

É improvável cessar o vazamento antes de 2020

O jornal The Telegraph, de dezembro de 2016, diz que “Com o Japão se preparando para marcar o quinto aniversário do tsunami de 2011 e o conseqüente desastre nuclear, os problemas na usina atingida estão longe de acabar. O vazamento de água contaminada é improvável que cesse antes de 2020”.

Desastre de Fukushima: Césio 134, a impressão digital ficou…

Mas há outros relatórios alarmantes. O site environews. Tv de 12/12/16 diz que “O césio marítimo 134, a chamada “impressão digital de Fukushima”, foi detectado nas costas dos EUA pela primeira vez, por pesquisadores da Instituição Oceanográfica de Woods Hole (WHOI). As amostras de água do mar foram retiradas das margens de Tillamook Bay e Gold Beach, e foram realmente obtidas em janeiro e fevereiro de 2016 e testadas no final do ano.”

Fukushima, imagem de salmões num rioSalmões contaminados com Césio 134, resultado do desastre de Fukushima

A matéria finaliza explicando que “É importante notar que as radiações  causadas pela explosão inicial e fusões em Fukushima em 2011 chegaram aos EUA e ao Canadá em poucos dias e circularam o globo caindo aonde quer que as correntes marinhas, e as chuvas, as transportassem”.

FukushimaDesastre de Fukushima: testando radiação em salmões consumidos em restaurantes

Por que muitas usinas nucleares estão à beira-mar como Fukushima e as brasileiras Angra 1 e 2?

Porque seus reatores nucleares esquentam demais necessitando muita, mas muita água fria para resfriá-los. Água fria retirada do mar…Lembrando que as usinas nucleares brasileiras Angra 1 e 2 ficam em Angra dos Reis, à beira-mar, pelo mesmo motivo (em breve também Angra 3 estará em funcionamento).

Maio de 2017: Japão declara estado de Emergência – um dos reatores de Fukushima está à beira de cair no Oceano

Desastre de Fukushima, imagem de Desastre de FukushimaFoto: antinews.in

Cientistas da usina nuclear de Fukushima Daiichi no Japão declararam estado de emergência já que um dos reatores está à beira de cair no oceano. Níveis letais de radiação foram  detectados ao redor do local. Cientistas  dizem que problema  decorre de um buraco causado por combustível nuclear derretido.

A nota alarmante veio pelo site antinews.in em 28 de Maio, 2017. Segundo ela, “Os níveis de radiação de até 530 Sieverts por hora foram detectados dentro de um Reactor  no complexo nuclear de Fukushima Daiichi danificado durante o desastre 2011. A notícia original é da mídia japonesa. Saiu nesta quinta-feira, citando o operador da usina, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO). Uma dose de cerca de 8 Sieverts é considerado incurável e fatal.”

Reator de Fukushima: perigo letal à vista

Os últimos resultados foram divulgados depois que uma sonda com câmera foi colocada dentro do reator, disse a TEPCO. Usando uma câmera de controle remoto  os cientistas conseguiram obter imagens de locais de difícil acesso onde o material nuclear residual permanece. A substância  é tão tóxica que os robôs, mesmo projetados especialmente  para sondar as profundezas submarinas abaixo da usina, desintegraram-se e desligaram.

TEPCO, subsidiária da General Electric, uma das maiores empresas do mundo, ela saberia dos problemas e mesmo assim não agiu

Até agora esta informação foi pouco divulgada. O primeiro a fazê-lo foi o site http://wp.radioshiga.com, em Outubro de 2016. E afirma: “Isso poderia explicar a falta de cobertura de notícias que Fukushima recebeu nos últimos cinco anos? Há também evidências de que a GE sabia sobre o mau estado dos reatores, por décadas, e não fez nada.

Pacífico: mais radioativo que bombas nucleares dos USA causaram

O mesmo /wp.radioshiga.com informa que: “No entanto, Fukushima não terá um impacto maior apenas na costa oeste da América do Norte, cientistas estão dizendo que o Oceano Pacífico, atualmente, está de 5 a 10 vezes mais radioativo do que quando o governo dos EUA detonaram inúmeras bombas nucleares no Pacífico, durante e após a Segunda Guerra Mundial.

O Brasil pode ser atingido pela contaminação do Pacífico?

Bem, sobre isso, basta uma boa olhada nas correntes marinhas. Cedo ou tarde ela estará aqui. Resta saber se radiação ainda será capaz de provocar danos à vida marinha e ecossistemas.

imagem de mapa das correntes marinhas do Pacífico ao BrasilIlustração:oceanmotion.org

A Vida em Fukushima foi muito afetada

Apesar do tamanho da encrenca, matéria recente do Estadão (Janeiro,2018) informa que “as autoridades dizem que a radiação liberada foi pequena e nenhum morador adoeceu ou morreu.”A província de Fukushima tinha 2 milhões de habitantes. Era considerada tranquila e turística, com belas paisagens de montanhas, castelos de samurais e comida boa. Mesmo assim, apesar do governo dizer que não há mais problemas, a população encolheu para 1,8 milhões de habitantes.”

Esforço para não repetir Chernobyl

“O Japão fez grande esforço para não repetir Chernobyl, onde o governo russo simplesmente cobriu o reator com uma tampa de concreto e tocou a vida. O governo japonês prometeu desmontar a usina , descontaminar a região e trazer a população de volta. Mas ninguém sabe ao certo quando a tarefa será concluída. A descontaminação dos campos e da cidade é gigantesca. Uma camada do solo de toda a área usada para plantações foi arrancada, embalada em sacos plásticos e está empilhada em áreas de depósitos provisórios de lixo atômico. Pés de pera e pêssegos foram lavados um a um, assim como  418 mil casas e 11.500 instalações públicas, todas levaram um banho para retirar poeira radiativa.

Governo japonês gasta U$ 20 bilhões por ano para amenizar a situação na província de Fukushima

Hoje o principal desafio é como tirar o combustível nuclear derretido nos três reatores. Nunca foi feito um trabalho como esse antes. Cientistas japoneses e estrangeiros  se uniram na busca de uma solução, mas os avanços são lentos.

De 30 a 40 anos para desarmar “armadilha mortal”

O Estadão diz que “estima-se que pode levar entre 30 a 40 anos. Enquanto isso as autoridades terão que achar com a água usada para resfriar os reatores que se acumula em tanques gigantescos na área da usina. A população local não aceita que seja jogada no mar, mesmo o governos garantindo que não está mais contaminada.”

Nível de radiação no ambiente é baixo, mas estigma persiste. Economia local sofre

A matéria explica que especialistas asseguram que “hoje o nível de radiação é baixo.” O risco à saúde dos moradores diminuiu bastante, talvez só afetando os empregados da usina. O estigma porém continua forte. Antes do acidente a região exportava 152 toneladas de alimentos. Hoje, depois de grande esforço para convencer outros países, o número está em 66 toneladas.

Turismo e produção de alimentos eram o ponto forte de Fukushima

“Agora a província quer dar a volta por cima com novas indústrias. Com reatores desligados, aposta em usinas eólicas e geotérmicos para chegar a 100% de energia limpa até 2040. A província planeja instalar indústrias de alta tecnologia e campos de testes de robôs  nas cidades costeiras.”

Assista e veja a dispersão da radiação

Referências

http://www.trueactivist.com/fukushima-radiation-has-contaminated-the-entire-pacific-ocean-and-its-going-to-get-worse/

http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/japan/12189613/Fukushima-nuclear-plant-will-leak-radioactive-water-for-four-more-years.html

http://www.antinews.in/japan-declares-state-emergency-fukushima-reactor-falls-ocean/

http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,fukushima-tenta-se-reerguer-sete-anos-apos-maior-tragedia-nuclear-do-japao,70002158674

Fonte – João Lara Mesquita, Blog Mar sem Fim de 06 de fevereiro de 2018

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