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Dilma se recusa a assinar acordo mundial por desmatamento zero na Cúpula do Clima 2014

Reduzir pela metade o desmatamento até 2020 e zerá-lo até 2030: este foi o compromisso que o Brasil se recusou a assumir durante a Cúpula do Clima que aconteceu nesta terça (23) na sede da ONU em Nova York.

O documento, chamado “Declaração de Nova York sobre Florestas”, prevê que países que consigam reduzir suas taxas de desmatamento podem receber até US$ 1,2 bilhão em investimentos de países europeus.

Segundo declaração da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, à Associated Press, o Brasil não foi convidado a construir a declaração e não pôde sugerir nenhuma alteração.

“Infelizmente, não fomos consultados. Mas eu acho que é impossível pensar que pode ter uma iniciativa global para florestas sem o Brasil dentro. Não faz sentido”, disse. Segundo declaração do Itamaraty ao G1, o Brasil, país que abriga a segunda maior área verde do planeta, optou não assinar o documento porque o texto precisava de modificações.

Segundo a Folha de S.Paulo, a principal discordância do governo brasileiro com a Declaração de Nova York foi o compromisso de desmatamento zero.

Como a legislação brasileira permite uma cota de manejo sustentável de florestas e a derrubada de árvores para a agricultura, o país não teria como atingir as metas, que não distinguem desmatamento legal e ilegal.

Outras reivindicações do documento, principal legado da Cúpula do Clima, contemplam a redução de emissões de carbono — entre 4,5 e 8,8 bilhões de toneladas de CO2 — e a recuperação de uma área de mata degradada equivalente ao território da Índia.

Entre os países signatários estão Peru, Colômbia, Estados Unidos e Alemanha. A grande novidade, no entanto, foi a participação de outros tipos de organizações, como empresas privadas, grupos indígenas e governos em nível regional.

É o caso do Estado do Acre que, a despeito da posição federal, assumiu o compromisso. Multinacionais como a Unilever e a gigante do agronegócio Cargill também assinaram o documento.

A respeito do posicionamento brasileiro, o conselheiro do PNUD (Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas) Charles McNeill disse que o Brasil é o país mais importante nessa questão. “Houve esforços para chegar às pessoas do governo brasileiro, mas não houve resposta”, disse o representante da ONU.

A candidata à presidência Marina Silva (PSB) criticou a postura brasileira, classificando a não-adesão como “lamentável”.

“A atitude do Brasil compromete não só a proteção das florestas… Mas principalmente o futuro da agricultura brasileira, pois as chuvas do sul e do sudeste são produzidas pela Amazônia”, disse a candidata durante coletiva concedida em Florianópolis segundo o Estadão.

Fonte – Ione Aguiar, Brasil Post de 23 de setembro de 2014

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