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‘É como viver numa sauna’, diz governadora de Tóquio sobre onda de calor no Japão

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, joga água no chão seguindo a tradição conhecida como Uchimizu para combater o calor – BEHROUZ MEHRI / AFP

Com 41,1 ° Celsius, temperatura bate recorde em cidade nos arredores da capital

Uma onda de calor sem precedentes está elevando a temperatura a níveis recordes no Japão, provocando mortes e gerando temores sobre a realização dos Jogos Olímpicos de 2020. Nesta segunda-feira, os termômetros marcaram 41,1 graus Celsius em Kumagaya, uma cidade nos arredores da capital, Tóquio. O recorde anterior era de 41 graus Celsius, registrada em Kochi em agosto de 2013, informou a Agência Meteorológica do Japão.

Em Tóquio, o calor foi de 40,5 graus Celsius, o primeiro registro oficial na capital acima dos 40 graus Celsius. Em todo o país 12 pessoas já morreram por causa da onda de calor desde o dia 15 de julho, segundo dados oficiais do governo, mas a imprensa aponta que ao menos outras 11 pessoas foram vítimas das altas temperaturas apenas no último sábado. Os hospitais estão lotados com milhares de pessoas afetadas pelo calor.

Na semana passada, o Comitê Olímpico Internacional divulgou a agenda da Olimpíada de Tóquio, marcando o início das provas de maratona para 7h. Para Makoto Yokohari, professor da Universidade de Tóquio que estudou o risco de estresse que os corredores enfrentarão na competição, a escolha do horário para as primeiras horas da manhã é boa, “mas longe do suficiente”.

Termômetro marca 41 graus Celsius em Kumagaya – KYODO / REUTERS

As propostas de Yokohari são radicais: colocar as provas de maratona em Hokkaido, mais ao norte, ou começar a corrida às 2h da madrugada.

— Entretanto, como a corrida vai acontecer em Tóquio no meio do verão, nenhuma medida, nem mesmo uma pilha de medidas, pode garantir a segurança — afirmou o professor, em entrevista ao “Guardian”.

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, afirmou que a província está trabalhando para minimizar os efeitos do calor para atletas e torcedores. Além da alteração do horário da maratona, as medidas incluem o desenvolvimento de pavimentação que absorva menos calor, sistemas de pulverização de névoa d’água e o plantio de árvores.

— O clima dos últimos dias em Tóquio e em todo o Japão é como estar em uma sauna — afirmou Yuriko, citando tradições japonesas de combate ao calor, como a instalação de telas de palha e molhar o chão. — Mas nosso conhecimento tradicional não é suficiente para combater um calor como esse. Então vamos usar a tecnologia de ponta.

Fonte – O Globo de 23 de julho de 2018

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