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Em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida, Santa Mariana proíbe o fracking

semlegendaVereadores de Santa Mariana (PR) aprovaram por unanimidade a proibição do fracking.

A cidade do Paraná com aproximadamente 12 mil habitantes está protegida da contaminação provocada pela exploração do gás de xisto, que inclui os testes e pesquisas

A união entre Executivo e Legislativo na proteção do meio ambiente, da produção agrícola e da qualidade de vida da população fez com que a cidade de Santa Mariana, no Norte Pioneiro do Paraná, aprovasse projeto de Lei que proíbe o fraturamento hidráulico, ou fracking, para exploração do gás de xisto.

O autor da proposição, vereador Aparecido Luquini, afirma que a “preocupação do município é proteger a água, o solo e a população contra ameaça do fracking, que danifica o meio ambiente por completo e impede a vida humana no local”.

O município com pouco mais de 12 mil habitantes tem a economia centrada na produção agrícola, como soja, milho, trigo, entre outros, e faz fronteira com o reservatório da Represa Capivara.

Diante da ameaça de contaminação e todas os impactos decorrentes da tecnologia minerária para extração do subsolo do gás de xisto, a decisão da Câmara de Vereadores foi imediatamente acatada pelo prefeito Jorge Nunes, que sancionou a Lei 1186/2016.

Segundo o prefeito, “é papel do Executivo e do Legislativo priorizar o meio ambiente em defesa da qualidade de vida dos cidadãos e da estabilidade da economia tradicional da localidade”.

Com a aprovação da legislação concebida e sugerida pela COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida – e 350.org Brasil, Santa Mariana entra para o grupo de mais de 200 municípios paranaenses que já disseram não ao fraturamento hidráulico.

O que é o fracking

O crescimento da demanda por gás na- tural, indevidamente defendido como um "mal menor" em relação aos outros combustíveis fósseis, tem levado à expansão do fracking mundo afora.

Fraturamento hidráulico, OU FRACKING, é a técnica destrutiva de extração do gás metano aprisionado em microbolhas no subsolo, num tipo de rocha chamada folhelho pirobetuminoso. Para sua extração, milhões de litros de água, misturados com areia e mais de 700 produtos químicos contaminantes, pelo menos uma dúzia deles radioativos, são injetados no subsolo sob alta pressão, fraturando a rocha.

A vida média de cada poço é de um ano e meio a três, sendo que depois resta tão somente deserto radioativo irrecuperável. Os milhões de litros de água contaminados perdem-se parte no subsolo, parte em ‘piscinas’ a céu aberto que retornam à superfície. O fluído tóxico do fracking contamina os lençóis freáticos e os aquíferos, além do solo, impedindo a produção de alimentos, o abastecimento humano, a dessedentação de animais, a pesca, a agricultura, a indústria e o lazer.

Somente parte do metano liberado pelo fracking é aproveitado, permanecendo o restante livre, tornando água e solo passíveis de incêndios, contaminando o ar e prejudicando a saúde humana e o meio ambiente.

Se não fosse o bastante, o gás liberado contribui para o aquecimento global e para as mudanças climáticas, que põe em risco a sobrevivência de todas as formas de vida, inclusive a humana. Outro efeito do fracking é a ocorrência de terremotos, seja na fase de testes, pesquisa ou durante a exploração comercial.

Para a ambientalista, professora e voluntária da COESUS, Izabel Marson, “várias cidades do Norte Pioneiro já proibiram o fraturamento hidráulico, e para 2017 vamos intensificar a campanha Não Fracking na região, divulgando informações sobre os riscos e perigos do fracking e sensibilizando os municípios a aprovar o banimento desta terrível tecnologia”.

Fonte – Silvia Calciolari, Não Fracking Brasil de 21 de dezembro de 2016

Fotos: COESUS/350Brasil

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