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Encerre o ano com uma festa criativa e mais econômica

As celebrações tradicionais podem ser complementadas com brincadeiras e outras inovações que trazem emoções e alegria e ajudam a diminuir o impacto negativo no meio ambiente, na sociedade e no seu próprio bolso.

A ceia, a entrega de presentes, a decoração. Tradições se repetem no final do ano, em celebrações entre amigos, familiares e colegas de trabalho. É importante participar de “rituais” que há muito tempo são praticados, que nos acolhem como parte de uma mesma família e uma mesma comunidade. Mas também pode ser positivo inovar para que as festas sejam mais consistentes com novas possibilidades e mais aderentes aos valores de cada um e, assim, mais proveitosas.

Então, que tal manter o que está bom e inovar no que pode ser mudado nas festas de fim de ano? Saia do piloto automático! O Instituto Akatu sugere que as comemorações sejam voltadas, acima de tudo, ao bem-estar e acolhimento das pessoas, com a valorização do afeto e da diversão e sem desperdícios de dinheiro e de recursos naturais. Veja a seguir alguns pontos que podem ser considerados:

Ajude o próximo (inclusive da própria família)

– Divida o trabalho no preparo, na organização e na limpeza da festa. Muitas vezes, todo o trabalho da festa recai nas mãos de uma ou poucas pessoas. Para não ficar pesado para ninguém, tente fazer uma divisão de tarefas: veja quem vai levar as bebidas, quem vai fazer as compras dos ingredientes, quem vai cuidar da limpeza do lugar, quem vai preparar ou providenciar os pratos etc. A ceia pode ser montada coletivamente, com cada prato feito por uma pessoa diferente – desse jeito não fica pesado para ninguém. Vale lembrar que essa dica serve não só para as festas do fim do ano, mas para o ano todo.

– Junte-se aos seus amigos, vizinhos e colegas e organize um mutirão que beneficie a região onde você mora ou trabalha. Certamente haverá uma entidade que procure voluntários para suas atividades. Promover esse movimento provavelmente trará uma satisfação para você e para o grupo. Consulte um centro de voluntariado da sua região, caso precise de uma indicação.

– Adote uma cartinha do Papai Noel dos Correios. Você pode atender ao pedido de alguém que escreveu uma carta ao Papai Noel. Primeiro, para escolher uma carta, você pode ir pessoalmente a uma das agências dos Correios participantes ou fazer uma adoção de carta online (disponível para moradores das regiões metropolitanas de Belém, Cuiabá, Porto Alegre, Recife e São Paulo). Depois, leva o presente até um ponto definido pelos Correios, que se encarrega de fazer a entrega para a pessoa que fez o pedido. Saiba mais no site dos Correios.

Planeje mais, desperdice menos

– “É melhor sobrar que faltar.” A frase, que costuma ser repetida na hora de planejar uma festa, deve ser usada com parcimônia, pois a produção de alimentos requer grandes quantidades de água, energia, insumos e trabalho. Segundo estimativa das Nações Unidas, a quantidade de alimentos desperdiçados no mundo seria suficiente para alimentar mais de 800 milhões de pessoas, que é quase a quantidade de pessoas que passam fome no planeta. Por isso, ao planejar a ceia, procure saber o número de convidados e estime quais serão os pratos servidos e as quantidades necessárias para que todos fiquem satisfeitos, mas sem sobras excessivas.

– Caso fique combinado que cada um leva um prato, o planejamento do cardápio é especialmente importante. Quando cada um cozinha um prato só, mas sabe que é para um grande número de pessoas, mesmo sabendo que há outros pratos sendo preparados por outras pessoas, tendemos a fazer quantidades muito maiores que o necessário, pois é difícil ter uma noção do conjunto. O resultado, muitas vezes, é que todos levam quantidades enormes do seu próprio prato, e todos eles juntos se transformam numa ceia totalmente desproporcional ao número de pessoas presentes. Por isso, é importante que a cada pessoa seja solicitado um prato para “x” pessoas, de modo a se ter suficiente comida para todos, mas não o suficiente de cada prato se todos resolverem comer desse mesmo. Só assim será possível evitar desperdícios.

– Prepare a ceia com ingredientes locais e da estação. Por que você precisa deixar a sua mesa como se fosse da realeza inglesa se você mora em um país tropical? Aproveite os alimentos que estão na sua melhor época, pois serão mais saborosos, mais frescos, durarão mais e terão um menor impacto ambiental, além de serem mais econômicos.

– Congele ou transforme as sobras em outro prato delicioso. Sobrou muito de algum prato? Use a criatividade e prepare um prato novo. Aquela carne cozida pode ser fatiada e ganhar um molho diferente para rechear um sanduíche, por exemplo.

– Na decoração da festa, evite os descartáveis. A decoração ajuda a animar o ambiente, que é “vestida” para uma ocasião especial. Mas não se esqueça de considerar os impactos dos enfeites que você irá usar não só no seu bolso, mas também no meio ambiente e na sociedade. Como regra geral, evite os artigos descartáveis de festa, que são baratos e práticos, mas serão usados apenas uma vez. Que tal alugar um kit de enfeite de festa, que será usado muitas vezes por várias pessoas? Lembre-se de que muitos recursos naturais foram consumidos durante o processo de produção de cada um desses artigos, que, se usados por uma só família, logo serão convertidos em “lixo” – resíduos que provavelmente serão amontoados em algum aterro sanitário ou, pior, poluirá rios ou o mar.

– Vai adornar o ambiente com flores e plantas? Evite usar as flores e plantas podadas em vasos ou arranjos; prefira as que estão íntegras na terra, de forma que elas tenham uma vida mais longa.

Mais brincadeiras, menos gastos com “lembrancinhas”

– A troca de presentes é tradicional nas festas de fim de ano, mas quando vira uma “obrigação” acaba por ser um desperdício de recursos naturais e de dinheiro. Por isso, se for possível, converse com os integrantes dos grupos das festas ao qual você pertence (familiar, profissional ou círculo de amizade) e verifique se realmente há interesse na troca de presentes. Você pode se surpreender e perceber que as pessoas não fazem questão de fazer uma troca material e talvez prefiram substituir por algo que seja uma experiência emocionada para o grupo.

– Em vez de comprar uma lembrancinha que pode não ser útil, você pode presentear um amigo com um vale-doação para uma entidade que trabalha com uma causa que você valoriza e que precisa de apoio. No site Presente Consciente, é possível comprar “felicicards” a partir de R$ 30. Quem recebe o vale-doação escolhe a instituição para a qual deseja fazer a doação – o Instituto Akatu é uma das instituições que pode ser beneficiada.

– No caso do tradicional amigo secreto, deixe as pessoas à vontade para escolher se querem participar ou não. Não force as pessoas a participar só para que não fique dúvida sobre o seu vínculo com o grupo – pode ser que elas não queiram ou não possam gastar seu dinheiro ou tempo com isso, apesar de quererem festejar.

– Caso os integrantes do seu grupo gostem de ler, pode ser interessante organizar um amigo secreto de livros. E por que não, trocar livros usados? Afinal, se você já leu, não precisa deixá-lo na estante sem uso – melhor mesmo é repassar a alguém que vá aproveitá-lo também. Assim, você dissemina cultura/conhecimento, aproveita melhor os recursos utilizados para produzir o livro e, de quebra, promove uma integração entre amigos, colegas ou familiares, sem gasto de dinheiro.

– Outra boa opção para amigo secreto é trocar presentes “usados” – a proposta é que os participantes procurem algum item que tenham em casa, e claro, que esteja em bom estado, para trocar entre si. Essa troca funciona bem no formato de amigo-secreto “ladrão” e é muito divertida. Além disso, o momento de procurar alguma coisa em casa para dar de presente provoca uma reflexão sobre o volume de coisas que temos em casa e raramente usamos.

– Que tal usar os seus talentos para preparar um presente especial para quem você gosta? Uma lembrança feita por você com carinho pode valer mais do que um presente caro e impessoal. Você pode, por exemplo, escrever uma carta, fazer um desenho ou uma pintura, preparar uma caixa de biscoitos ou docinhos. É um jeito de tocar o coração de alguém sem gastar demais.

– Promover um bingo ou um sorteio pode ser uma brincadeira divertida que evita gastos excessivos com presentes individuais. Se o bingo ou sorteio for feito durante a festa, cada pessoa pode trazer um item para ser entregue a quem ganhar. Mas tenha o cuidado de não comprar produtos que terão vida curta ou serão descartados por quem ganhá-los.

Capriche na programação de atividades e anime a turma

– Tire aquele CD antigo ou capriche na playlist. O famoso hit da canção da Simone ou o especial do Roberto Carlos são tradicionais, mas tudo que é repetitivo enjoa, né? Será que não é hora de desligar a TV ou trocar aquele CD ou DVD que todo ano é tocado durante as festas de fim de ano? Então, eleja a melhor pessoa da família ou do grupo para fazer uma nova seleção musical, conforme o gosto da maioria. Caso haja pessoas talentosas, pense se não vale a pena organizar uma apresentação ou roda musical – que pode até terminar em cantoria ou dança!

– Organize uma gincana cultural e/ou esportiva que inclua pessoas de todas as idades. Se houver espaço, você pode dividir o grupo em “times” e promover uma competição com várias brincadeiras tradicionais como o cabo-de-guerra, corrida no saco, braço-de-ferro, caça ao tesouro etc. Se o espaço for limitado, promova atividades como karaokê, charadas, jogos de tabuleiro e brincadeiras para crianças como estátua e passa anel. Todo mundo vai se divertir!

– Estude a possibilidade de substituir a festa tradicional por um passeio ou uma viagem em família. Os preços das temporadas de Natal não são tão altos quanto os do réveillon. Pode ser uma oportunidade para juntar a família e ter uma experiência juntos em um lugar diferente. Divirta-se!

Fonte – Akatu de 18 de dezembro de 2017

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