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Inauguração da CVMR – central de valorização de materiais recicláveis

As cooperativas de recicláveis de Maringá receberão, em alguns dias, a primeira Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR).

Em 19 de dezembro de 2012, a FUNVERDE conheceu o projeto em Curitiba, quando a Margareth nos apresentou o Luiz Roberto dos Santos, coordenador do projeto e secretário-executivo do SINDIBEBIDAS. À época, estávamos em plena batalha para impedir a incineração de materiais recicláveis Maringá, um crime contra a humanidade, que destrói recursos naturais, ao invés de reciclá-los. O Luiz então nos convidou para conhecermos a CVMR – Central de Valorização de Materiais Recicláveis de Pinhais em 21 de dezembro de 2012. Neste mesmo dia percebemos que Maringá precisava deste projeto e que seria uma opção ambientalmente correta à incineração. Desde então, nos empenhamos para implantar este projeto em nossa cidade, um sonho que agora se torna realidade.

Este é um projeto da SINDBEBIDAS-PR – Sindicato das Indústrias de Cerveja de Alta e Baixa Fermentação, da Cerveja e Bebidas em Geral, do Vinho e Águas Minerais do Estado do Paraná, que se juntou a outros sindicatos industriais e criaram a CVMR.  O modelo de funcionamento é o mesmo de uma cooperativa, só que é composta de cooperativas de catadores de recicláveis formando uma cooperativa de segundo grau, a COOPERCENTRAL.

Em uma cooperativa normal, o volume de produtos separados, como papelão, pet etc., é pequeno e acaba sendo comercializado com atravessadores, que ficam com grande parte do lucro. Quando se vende para uma cooperativa de segundo grau, como a CVMR, o volume aumenta muito, possibilitando que se venda diretamente para a indústria, eliminando o atravessador, melhorando o valor da comercialização e consequentemente, a renda do cooperado. Se houver sobra no final do ano contábil, existe a distribuição do lucro para as cooperativas que compõem a CVMR.

A central, inicialmente, irá receber material de cerca de 100 catadores pertencentes às sete cooperativas da cidade de Maringá. São elas, Coopermaringá, Coopernorte, Cooperpalmeiras, Coopercicla, Cooperambiental, Coopervidros especializada em vidros e a Coopercanção que é especializada em reciclagem de eletrônicos, mas a pretensão é que as cooperativas um raio de 100 quilômetros possam se juntar à CVMR.

Os investimentos são da ordem de R$ 3,1 milhões. O termo de cooperação para a CVMR foi assinado entre a prefeitura de Maringá, que está dando uma contrapartida de R$ 650 mil.

A implantação atende à lei federal de resíduos sólidos, a 12305/2010, que dispõe sobre a destinação final de materiais recicláveis pelas próprias empresas que os produzem. O projeto será dividido em duas fases em Maringá, sendo a primeira em um galpão de 800 metros que irá alojar a CVMR e na segunda fase, com previsão de sessenta dias, a implantação do processamento de plásticos em outro galpão.

Atualmente Maringá produz 400 toneladas de resíduos por dia. Da parcela composta por material reciclável, nem tudo é aproveitado. Hoje, recicla-se entre 3% a 4%. Com a CVMR, esse percentual pode aumentar significativamente.

O secretário-executivo do SINDIBEBIDAS em Curitiba, Luiz Roberto dos Santos, explica que a gestão da central é compartilhada com os catadores. “Os cooperados ganham pela produção. É um projeto pioneiro, que elimina o atravessador e vende direto para as indústrias.”

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