Por Elton Alisson - Agência FAPESP - Um consórcio composto por pesquisadores de mais de…
Livro digital gratuito cataloga quase 400 espécies de plantas medicinais
Quem poderia imaginar que Minas Gerais abriga, pelo menos, 383 espécies de plantas medicinais? A farmacêutica Telma Sueli Mesquita Grandi decidiu reunir cada uma delas no livro digital ‘Tratado das plantas medicinais mineiras’ e presta um grande serviço para os adeptos dessa alternativa milenar de tratamento de doenças.
Além da descrição minuciosa dos exemplares nativos ou cultivados no estado, o livro traz informações detalhadas sobre aplicação, toxicidade, a melhor forma de preparo, a possibilidade de ser incompatível com alguns medicamentos, os nomes populares e até contraindicações. “Aponto inclusive a parte que pode ser usada, já que, em muitos casos, não é a planta toda que contém as propriedades desejadas, mas apenas a folha ou a semente, por exemplo”, acrescenta a autora.
Outra orientação importante é quanto à forma de preparo, muitas vezes equivocada. “As pessoas acham que tudo é preparado do mesmo jeito, mas não é. Se a parte medicinal está na essência, por exemplo, ao se cozinhar perde-se essa essência e, consequentemente, os benefícios”, explica Telma.
Para tirar o maior proveito de cada uma das espécies, o tratado consolidado pela farmacêutica orienta sobre os casos em que se deve usar a infusão, cocção e até se é para uso externo ou ingestão. “No caso do infuso, por exemplo, deve-se jogar água fervente sobre a planta, enquanto no decocto a planta é colocada na água fria e levada à fervura até o cozimento”, descreve a especialista, mostrando que há diferenças para extrair o melhor de cada variedade. Detalhes sobre as formas de preparo estão disponíveis para os leitores.
A obra também tem a intenção de desmistificar a máxima de que, por serem medicinais, essas plantas podem ser consumidas à vontade. “As pessoas acham que elas não são tóxicas e muitas delas são venenosas sim. A diferença entre o medicamento e o veneno muitas vezes está na dosagem”, alerta a especialista, que partiu da experiência de quase 40 anos na área para consolidar o trabalho. Com 1,2 mil páginas, o livro digital ainda traz imagens de cada uma das espécies descritas para auxiliar na identificação do exemplar.
O grande diferencial é que o registro dessas imagens foi feito por meio de aquarela e não das tradicionais fotografias. “São obras de artistas mineiros. Coletava as plantas com flor e as levava para eles desenharem e pintar”, conta. Arte que demorou cerca de três anos para ser finalizada. O início exato do levantamento completo Telma não sabe precisar com muita certeza.
Para baixar o livro você pode acessar o site: plantasmedicinaismineiras no qual existe ainda uma outra versão do livro em DVD ou simplesmente clicar aqui!
Demora um pouco – na verdade, muuuito – para carregar o pdf, mas vale a pena. O livro é fantástico!
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