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Peru declara emergência climática por vazamento de petróleo

Da redação NEXUS – Derramamento foi causado por ondas geradas no sábado (15) após erupção de um vulcão subaquático em Tonga, a quase 10 mil km de distância. Petroleira espanhola Repsol pode ser multada em até R$ 187 milhões – FOTO: PILAR OLIVARES/REUTERS – 20.JAN.2022 – Derramamento de petróleio na praia do Peru.
O presidente peruano, Pedro Castillo, assinou um decreto nesta quinta-feira (20) declarando emergência climática após um enorme vazamento de petróleo atingir 21 praias na costa central do país.

O acidente foi causado por ondas geradas pela erupção de um vulcão submarino em Tonga, um arquipélago no Oceano Pacífico, a quase 10 mil km de distância.

Duas peruanas morreram afogadas nas ondas que atingiram o país no sábado (15).

O Oefa (Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental, na sigla em espanhol) disse em comunicado que até esta quinta (20) a área afetada pelo vazamento era de 1,7 milhão de m² de solo e 1,2 milhão de m² no mar, de acordo com imagens aéreas captadas por meio de drones.

“Aves sem vida foram identificadas”, acrescentou a agência.

O vazamento aconteceu enquanto um navio-tanque descarregava petróleo por meio de oleodutos para a refinaria La Pampilla, da empresa espanhola Repsol, na cidade de Ventanilla.

O governo peruano descreveu o acidente como “o pior desastre ecológico” nas proximidades de Lima nos últimos tempos e exigiu que a petroleira pague indenização pelos danos.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, há uma investigação em andamento sobre o caso e a multa pode chegar a US$ 34,5 milhões (R$ 187 milhões).

Com o decreto de emergência climática, o governo do Peru diz querer renovar seus compromissos com o Acordo de Paris e fortaceler seus objetivos para mitigar o aquecimento global.

Segundo as autoridades, o vazamento de petróleo foi o ponto de partida para tratar também de outros problemas ecológicos do país.

Entre eles, estão o desmatamento e o uso indiscriminado de aquíferos.

A Repsol detalhou as medidas que têm sido tomadas para conter o vazamento em um comunicado divulgado na quinta-feira (20).

Mais de 2.500 barreiras de contenção foram instaladas e uma equipe de mergulhadores foi designada para averiguar os danos subaquáticos, enquanto dez embarcações com brigadas de 50 pessoas fazem a recuperação do petróleo despejado no mar.

Equipes de limpeza retiram petróleo de praia na província de Callao, no Peru Foto: CARLOS MANDUJANO / AFP

O derramamento afetou também a área de pesca de cerca de 1.500 pescadores, que ficarão sem trabalho por um período de tempo ainda indeterminado, segundo informações da agência AFP.

A limpeza deve demorar ao menos dois anos, disse à AFP o cientista ambiental Marino Morikawa.

 

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