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Santo Domingo declara estado de emergência por causa do lixo plástico

A cena é impressionante. Cenário dos mais catastróficos filmes de ficção científica. Mas infelizmente, é realidade. Ondas e ondas de lixo plástico chegaram às praias da República Dominicana.

As imagens são de Montesinos, na capital Santo Domingo. Foram feitas pela organização não-governamental Parley for the Oceans.

O vídeo abaixo mostra algo chocante: as ondas mal conseguem mover a água, tal a quantidade de lixo que está acumulada sobre a superfície.

A ONG está trabalhando em parceria com equipes da prefeitura, marinha e exército para fazer a limpeza do local. Até ontem (24/07), 1 mil toneladas de lixo tinham sido coletados. Ainda assim, mais plástico chega com a maré diariamente.

“Ver isso pela primeira vez é absolutamente chocante, mas o pior é que não é novidade em Santo Domingo”, afirma  Carmen Danae Chamorro, da Parley. “Essa situação acontece toda vez que chove muito, por isso é importante chamar a atenção para uma realidade que tem sido ignorada.”

A organização definiu uma estratégia de longo prazo para atuar na República Dominicana, que inclui limpezas frequentes nas praias, implementação de iniciativas educacionais e o desenvolvimento de um plano de gestão de resíduos com parceiros locais.

Parte do lixo recolhido pela Parley será usado para a produção de produtos com resíduos reciclados, que servem para conscientizar as pessoas e têm o valor de suas vendas revertido para ações de combate ao lixo marinho.

Atualmente uma quantidade absurda de plástico é jogada nos mares do planeta todos os anos. As correntes oceânicas formaram cinco ilhas gigantes destes resíduos, chamadas de Vortex, que se movem lentamente, em redemoinhos.

A localização das cinco ilhas de lixo nos oceanos

Estudo recentes revelam que cerca de 5 trilhões de resíduos plásticos, pesando mais de 250 mil toneladas, boiam pelos oceanos. Apesar de grande parte deste volume estar nos Vortexes, uma parcela significativa deste lixo é levada para a costa ou digerida por animais marinhos, que acabam morrendo sufocados por esses dejetos, como mostra o documentário chocante mais abaixo.

“No passado, enviamos cartões postais de praias paradisíacas, cheias de palmeiras. Hoje, são ondas de plástico. Se não agirmos agora, as gerações futuras não acreditarão que aqueles cartões postais eram reais. Estamos conclamando uma revolução de materiais – chega de plástico”, diz Cyrill Gutsch, fundador da Parley.

Fonte – Suzana Camargo, Conexão Planeta de 25 de julho de 2018

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