Setor tradicional, agronegócio vem passando por movimento de digitalização no Brasil, em buscar de atingir uma maior competitividade

A agricultura digital vem evoluindo no Brasil, com aumento da adesão pelos produtores rurais, e, em pouco tempo, deve dobrar a sua presença no país. A conclusão é de especialistas da ENGIE, que participaram da live Ao Vivo ENGIE sobre Agricultura Digital.

Charles Bispo, gerente regional e especialista em agronegócio da ENGIE, comentou que o agronegócio ainda é um setor muito tradicional e, até bem pouco tempo, tinha pouca penetração do digital.  “No entanto, para atender às novas demandas, advindas do crescimento populacional, é preciso ampliar a eficiência da produção. Foi isso que levou o agronegócio para o digital”, explicou, acrescentando que o setor, de modo geral, está bastante satisfeito com a migração para o digital pelo ganho em eficiência.

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Para Bispo, a agricultura digital é um caminho sem volta. “Foram vistos os benefícios em toda cadeia do agronegócio, tanto para a sustentabilidade, como para o ciclo de negócios”, afirmou.

Alexander Dabkiewicz, gerente comercial de consultoria e energia da ENGIE, falou sobre a importância da gestão de energia no campo e as soluções da ENGIE nesse setor. Ele lembrou que, hoje, além de obter uma fonte de energia com custo menor e com bastante disponibilidade, o produtor rural também precisa fazer administração do uso dessa energia, evitando desperdício e perdas.

“Um dos pilares da digitalização, dentro da área de energia, é o monitoramento do consumo de energia para a coleta de dados e informações que auxiliem o produtor rural a tomar as decisões acertadas para reduzir os custos”, explicou.

Dabkiewicz lembrou que a ENGIE apoia o produtor rural na gestão energética e o auxilia a construir o melhor cenário de aquisição de energia, para obter o melhor resultado de seu negócio. “A ENGIE é a maior empresa privada de energia do País e tem a expertise e as ferramentas para assessorar o produtor, para atingir mais produtividade, focando em seu core business”, afirmou.

Economia gerada com energia reverte em investimentos com equipamentos e insumos

Dentre as soluções da empresa para eficiência energética está a plataforma Follow Energy. O sistema monitora o consumo de energia elétrica, com dados e informações, que podem gerar de 6% a 20% de redução no custo e consumo de energia. “Esse é um resultado bastante expressivo. Alguns clientes tiveram economia na casa dos 30%”, disse, acrescentando que a ferramenta é utilizada, hoje, em mais de 7.400 sites.

Dabkiewicz reforçou que não é preciso ser uma gigante do agronegócio para ter uma gestão eficiente de energia. “A ENGIE tem tecnologia, custos bastante atrativos e que agregam valor e trazem benefícios para o produtor”, explicou.

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Charles Bispo citou o projeto de uma produção rural em Rio Verde (GO), que instalou uma usina fotovoltaica com a ENGIE. Com o uso do Follow Energy, monitorando o consumo de energia, proporcionou uma economia anual de R$ 228 mil. “O cliente está bastante satisfeito”, comemorou. A economia decorrente da redução do consumo da energia pode ser reinvestida dentro das fazendas, deixando o produtor rural com maior poder de compra de equipamentos e insumos.

Bispo antecipou que, em breve, o Follow Energy deverá ser adotado como equipamento default em todos os projetos de geração distribuída da ENGIE. “Todos os setores de atuação da ENGIE serão beneficiados, não só o agronegócio”, disse.

Para finalizar, os especialistas da empresa comentaram qual seria o legado da pandemia para o segmento de agronegócio. Bispo destacou as questões da sustentabilidade. “É preciso buscar o menor impacto ambiental possível, com o uso de fontes renováveis”, afirmou. Para Dabkiewicz, durante a pandemia ocorreu a valorização das empresas que souberam inovar e se adaptar. “O mundo ficou mais digital”, observou.

Centelha da retomada da economia mundial

De acordo com dados da Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio respondeu por 21,4% do PIB brasileiro em 2019. Em 2020, a projeção é de recorde na safra de grãos, com quase 269 milhões de toneladas. O valor bruto da produção, este ano, chegará a R$ 728,88 bilhões. O setor é responsável por metade das exportações brasileiras.

“O setor foi o menos impactado pela pandemia. Provavelmente, teremos uma safra recorde em 2020”, comentou Bispo, acrescentando que o setor tem potencial para ser a centelha da retomada econômica mundial.