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Ao confundir plástico por água-viva, tartarugas encontram a morte

Foto: Creative Commons

No domingo passado (12/08), uma imensa tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), pesando 200 kg e medindo 1,8 m, foi encontrada morta, com o corpo já em decomposição, em uma praia na costa da Cornuália, na Inglaterra.

Pesquisadores da Universidade de Exeter fizeram uma autópsia no animal e descobriram plástico em seu intestino.

Assim como outras tartarugas marinhas em extinção, a espécie se alimenta basicamente de águas-vivas. Em um planeta em que os oceanos contêm 300 milhões de toneladas de plástico, ou mais precisamente, 5 trilhões de pequenas partículas plásticas boiando pela água, fica óbvio como estes animais confundem plástico por água-viva.

Tartaruga-de-couro encontrada morta em praia da Inglaterra

Segundo a equipe de veterinários ingleses, praticamente todas as tartarugas que passaram por uma necrópsia tinham plástico em seus estômagos. Eles estimam que milhares delas morram por esta razão todos os anos. E não são só elas. Até cetáceos gigantes, como baleias, são sufocados pelo lixo que jogamos nos oceanos (leia esta outra reportagem sobre cachalote encontrada com 29 kg de plástico no estômago).

Plástico do intestino da tartaruga

Todavia, o plástico não foi o único vilão no caso da tartaruga-de-couro achada na Cornuália. A causa da morte, de acordo com os cientistas, foi – provavelmente – uma hélice de um barco. O animal apresentava vários ferimentos, que confirmam a hipótese.

Neste caso, a realidade se faz ainda mais chocante. Não bastasse enfrentar o pesadelo da poluição plástica, animais marinhos de grande porte, como baleais e tartarugas, esbarram e são atropelados por embarcações. Pesquisas apontam que 80% das baleias do Atlântico Norte, espécies criticamente ameaçadas de extinção, já foram feridas por barcos e navios ou ficaram presas em redes de pesca.

Definitivamente, o mar não está pra peixes… nem para tartarugas, baleias, golfinhos…

Tartaruga tinha feridas compatíveis com hélice de barco 

Fonte – Com informações do jornal The Guardian e da University of Exeter / Suzana Camargo, Conexão Planeta de 16 de agosto de 2018

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