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Bem-me-quer discute campanha pelo não-uso de sacolas plásticas

Rose Rocha

O apelo para abolir as sacolas plásticas do nosso dia-a-dia não é novo. Se você jogar uma delas fora hoje vai poluir a cidade por pelo menos mais cem anos. O provável é que apenas seu tataraneto se livre dos seus efeitos nocivos. Com essa preocupação, a organização não-governamental Instituto Bem-me-quer estabelece em seu calendário de atividades uma campanha de conscientização ao não-uso de tais sacolas junto ao comércio e à comunidade de Atalaia, que deverá ser lançada no início de 2008.

Feitos de derivados de petróleo, os sacos plásticos têm vida útil longa no ambiente, mas não são muito resistentes. No final de junho, um teste do Inmetro divulgado pelo Fantástico reprovou as sacolas de 12 dos 18 maiores supermercados do país. Mesmo assim, elas se multiplicam em grande velocidade; estão no lixo doméstico, nas ruas e nos lixões, provenientes de milhares de fontes distribuidoras.

Para Olívia Morais, diretora de Projetos Especiais da ONG, um dos maiores entraves para esta compreensão é de ordem cultural, pois grande parte do povo brasileiro ainda vê a questão ambiental como tema secundário. Por isso, ações de conscientização exigem um tempo maior para alcançar resultados positivos.

A primeira etapa da campanha planejada pelo Instituto acontecerá junto à rede pública de ensino, envolvendo alunos, professores e a comunidade atalaiense. A concepção do projeto estabelece a socialização da informação do problema representado por uma “inocente” sacola plástica jogada no meio ambiente. Através de imagens de áreas do município de Atalaia com maior concentração de lixo, os facilitadores enfatizarão o problema com base na pergunta: o que acontece quando mais de 500 bilhões de sacolas plásticas distribuídas no mundo acabam no ambiente?

Segundo Olívia, só nas unidades de triagem de lixo das grandes cidades as sacolas representam cerca de 15% do plástico comercializado. ”Como nem sempre esse material é reaproveitado, o resultado são bueiros obstruídos e canos entupidos. Algumas sacolas podem liberar toxinas perigosas se queimadas e, quando param no mar, matam tartarugas e animais que as confundem com comida”, afirma.

Sacolas ecológicas – No Brasil, as cidades paranaenses de Curitiba e Maringá já têm leis que exigem o uso de sacolas ecológicas pelos estabelecimentos comerciais. A idéia no Sul é utilizar uma sacola com maior resistência, de modo que as pessoas possam usar direto. Os estabelecimentos comerciais podem optar por sacolas ecológicas, de plástico oxi-biodegradável.

Segundo a Funverde (funverde.wordpress.com), fundação que divulga o produto, essas sacolas são feitas de plástico convencional, mais 1% de um aditivo que as faz se degradarem em, aproximadamente, 18 meses. O custo é, no máximo, 10% maior do que o das convencionais. Aqui, enquanto não alcançamos essa sensibilização, propagaremos a ida ao supermercado com sua própria sacola, que pode ser de plástico mais resistente, pano, algodão, como nos tempos da vovó.

A idéia é que a campanha tenha duração de nove meses e dividida em três etapas: na primeira, será feita a apresentação do problema à comunidade, ação desenvolvida com palestras e exibição de filmes, de modo a chamar atenção para o problema. A segunda parte será composta de oficinas para confecção de sacolas de tecido e outros materiais, que servirão de símbolo da atividade, e, por fim, a apresentação dos resultados conquistados.

Este Post tem 7 Comentários

  1. boa noite
    meu nome é izabel de oliveira araujo
    eu trabalho com crianças a cinco anos eu vi este sait e fiquei encantada com esta sacola eu achei muito bela
    gostaria de obter mais informações sobre estes artezanatos!!
    aguardo resposta!!!
    bel

  2. Trabalho com Responsabilidade Social e tenho interesse em montar uma cooperativa de bolsas ecológicas em minha cidade. Gostaria de obter mais informações sobre o projeto…

  3. IRENE

    Estou pretendendo desenvolver um projeto na ed. infantil sobre areutilização de sacolas de tecido, lona e outros materiais, gostaria de saber se há interesse da fundação em patrociona-lo.

    sem mais agradeço

  4. Oi! Meu nome é Joseane! Estou interessada em desenvolver um trabalho com bolsas ecológicas para revenda em lojas! Gostaria de saber onde encontrar matéria prima para confeccioná-las.
    Certa da atenção, agradeço!
    Um Abraço

  5. Irene

    olá estou novamente mandando um comentário á vocês, quero comunicar-lhes que comecei a desenvolver o projeto na minha escola,recicle e vire moda,confeccionando bolsas com resto de tecido jeans , desenvolvido pelas professoras,alunos e voluntárias foi o maior sucesso!!! sendo este o presente da mamãe é o máximo!!!!!!!! preciso divulgá-lo agora mais do que nunca …

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