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Mudanças climáticas para dummies

Por Dr. Paulo Roberto Pereira de Souza – Discursos quando recebeu o Prêmio Mérito Ambiental Adriano José Valente de 2023, que é destinado a agraciar pessoas, entidades e movimentos com reconhecida atuação em benefício e promoção da preservação do meio ambiente no Município de Maringá – Lei municipal nº 11.293/2021.

Dr. Paulo Roberto Pereira de Souza e sua esposa Márcia – Foto: FUNVERDE

Antes do século XX o homem não se preocupou em cuidar dos recursos naturais.

Foi o desenvolvimento a qualquer preço.

Os pioneiros puderam arrancar árvores, aterrar nascentes, mudar o curso de rios.

Na indústria os efluentes e resíduos sólidos e tóxicos, poderiam ser enterrados, lançados em rios. Ou seja, não havia nenhum respeito pela natureza.

A partir de meados do século XX, começaram a soar sinais de alertas até a constatação de que o ser humano defrontando com sinais de exaustão dos recursos naturais em razão do seu uso descontrolado.

No final da década de 1970, tomei conhecimento do isolamento de uma nova categoria de direitos, os direitos difusos, que iriam se efetivar por meio da tutela coletiva.

A partir de então, passei a dedicar minha vida acadêmica ao estudo e pesquisa do direito ambiental.

Pude participar de um salutar movimento pela construção e efetivação desse novo ramo do direito, como integrante da sociedade Brasileira de Direito Ambiental.

Hoje o maior desafio da humanidade é o enfrentamento das mudanças extremas no clima em particular e na natureza em geral.

Tive a alegria de participar da Rio 92, onde constatei a maior quantidade por metro quadrado de boas intenções ocorridas no mundo.

Quase duas centenas de dirigentes de países, juntamente com a sociedade civil organiza, pensando o Planeta, buscando caminhos para chegar ao tão sonhado desenvolvimento sustentável.

Da Rio 92 ao Protocolo de Kioto e, aos ODS, a ONU organizou 28 COPs, reunião de cúpula de países objetivando apenas cumprir o que foi acordado na Convenção do Clima, aprovada na Conferencia do Rio.

Infelizmente em nenhuma das COPs houve uma decisão efetiva para limitar as emissões que provocaram e vem provocando as mudanças climáticas.

A cada reunião cenas explicitas de hipocrisia mostram que os dirigentes de países vem tratando o problema com a maior irresponsabilidade, sempre prevalecendo o interesse financeiro sobre o interesse coletivo.

Já chegamos ao ponto de não retorno.

É imperativo a mobilização da sociedade mundial para fazer prevalecer o bem comum.

No Estado moderno o governante compartilha o poder com o cidadão e, nossa Constituição criou uma responsabilidade compartilhada de todos, Poder Público e coletividade de defender e preservar os recursos naturais para as presentes e futuras gerações.

A cidadania ganha nova versão. Ser cidadão. Na concepção atual, significa ser partícipe da vida política como decorrência direta e imediata do acesso efetivo aos direitos fundamentais.

É chegada a hora de cada um de nós agir para a construção de um mundo melhor.

Paulo Roberto Pereira de Souza

10 de novembro de 2023

 

 

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